Secretaria de Saúde
A Fundação de Ensino e Pesquisas em Ciências da Saúde (Fepecs) promove, nesta terça (22/11) e no dia 29/11, oficinas para definir as linhas prioritárias de pesquisa no Distrito Federal para o Sistema Único de Saúde em 2012, no âmbito do Programa de Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS). A primeira oficina será para o público interno da Secretaria de Saúde (SES), Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) e Fepecs. A segunda terá participação da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), do Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), de pesquisadores locais, de representantes de universidades, de institutos de pesquisa e de agências de fomento, entre outros.
Segundo o coordenador de Pesquisa e Comunicação Científica da Fepecs, professor Karlo Quadros, as discussões nas oficinas terão como base as 19 linhas de pesquisa do Programa QualiSus, do Ministério da Saúde, que se encontram organizadas em cinco blocos temáticos: regionalização, redes e planejamento; assistência; recursos humanos; monitoramento e avaliação; e financiamento.
O coordenador informou ainda que o Ministério da Saúde destinou mais de R$ 3 milhões para o PPSUS. A recomendação do Ministério, segundo Quadros, é que os projetos aprovados tenham potencial para gerar impacto no setor e, consequentemente, contribuir para transformar a realidade da saúde pública no Brasil. No Distrito Federal, serão priorizados projetos voltados, principalmente, para a melhoria dos serviços de saúde relacionados à gestão administrativa e a temas considerados estratégicos para o setor. O objetivo também é evitar que ocorra pulverização de verbas entre projetos de pouco ou nenhum impacto, o que traduz uma mudança estratégica na linha do programa.
Segundo Quadros, as linhas de pesquisa podem ser definidas a partir de um levantamento das necessidades existentes nas Subsecretarias de Saúde, tanto para a realização de pesquisas operacionais quanto para a estruturação de redes de atenção à saúde. Mas para a estruturação de redes é necessário que haja uma organização no sistema de saúde no âmbito dos três níveis: prevenção (atenção primária), complexidade intermediária (atenção secundária) e atendimento especializado e de maior complexidade tecnológica (atenção terciária). Na opinião do professor, a atenção primária é o elemento organizador do sistema de saúde, devendo por isso ser fortalecido. Ele afirmou também que o Brasil é o único país com população acima de 100 milhões de habitantes entre os que possuem sistemas universais de saúde.
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