22/05/2012 às 19:20

Maquete virtual apresenta futuro Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha

Brasília é famosa por seus traços desde o seu plano urbanístico até sua moderna arquitetura. Por isso, mais que um estádio, a capital federal está vendo surgir um monumento que será palco da abertura da Copa das Confederações, em 2013, e do número máximo de partidas de futebol, sete ao todo, da Copa do Mundo de 2014. A nova maquete virtual do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, disponível no final deste texto, convida a um passeio pela futura arena multiuso da capital.

A maquete mostra detalhes do estádio que terá capacidade para pouco mais de 70 mil pessoas, com assentos marcados e retráteis, a uma distância inicial de apenas 7,5m do campo de futebol, que por sua vez foi rebaixado 4,8m de sua altura original, permitindo maior visibilidade a todo o público. Todos os assentos estarão protegidos do sol e da chuva por uma moderna cobertura.

As áreas do público serão dividas entre arquibancada inferior, intermediária e superior. Haverá também 74 camarotes e área especial para 2.850 jornalistas, com toda a tecnologia necessária.

Os acessos ao estádio também foram projetados pensando em praticidade, segurança e rapidez. A arena contará, ainda, com área social de passeio e lazer, com bares e restaurantes, garantindo fluxo e aproveitamento da arena também após o Mundial.

O Governo do Distrito Federal também está finalizando o projeto que fará a ligação subterrânea entre o estádio e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Mais facilidade para os jornalistas, que utilizarão o espaço como Centro de Mídia durante os eventos – alternativa adotada pelo governo local para diminuir custos, já que em outras capitais os Centros de Mídia serão improvisados com onerosas tendas. Após o Mundial, o público do Centro de Convenções poderá utilizar a ligação subterrânea para ter acesso a estacionamentos.

Uma das vantagens da capital federal, Patrimônio Cultural da Humanidade, é que o estádio está localizado na parte central da cidade, preservada do avanço imobiliário, e em um raio de 3km dos setores hoteleiros, hospitalar, shoppings, do Centro de Convenções, entre outros, o que facilita e incentiva o acesso a pé.

Vale frisar que Brasília também se coloca entre as poucas sedes que não precisarão realizar as polêmicas e onerosas desapropriações para a execução de obras do Mundial.

Andamento das obras – A obra do estádio está dentro do cronograma estabelecido pelo Governo do Distrito Federal e avança a cada dia. Atualmente, 58% de sua execução estão concluídos. A arquibancada inferior está finalizada, o setor intermediário (camarotes e arquibancada) está 90% pronto e a montagem da arquibancada superior está em andamento, por meio da instalação de peças pré-moldadas de concreto.

A solução dos pré-moldados agiliza a execução da obra e não gera custos adicionais. Além disso, garante melhor acabamento das peças e, consequentemente, aumenta a vida útil do concreto.

No último mês, foram iniciadas ainda as instalações prediais (tubulações de água, de esgoto, parte elétrica, de telefonia e de combate a incêndio) e especiais (específicas para um estádio, como telecomunicações e controle de acesso), além dos acabamentos (alvenarias, execução de piso, entre outros).

Os pilares com mais de 36m de altura livre e o grande anel da esplanada (área de acesso, formada por pilares que circundam as arquibancadas), com 300m de diâmetro, estão sendo executados para receber a cobertura metálica.

Legado – A meta do GDF é aproveitar a oportunidade única de realizar esses grandes eventos para potencializar investimentos em infraestrutura, em qualificação profissional e no desenvolvimento do turismo, com geração de emprego e renda e melhoria na qualidade de vida da população.

Com o advento da Copa do Mundo, apenas o governo federal investirá no DF cerca de R$ 3,1 bilhões em obras de mobilidade urbana, infraestrutura e segurança, o que comprova o poder transformador dessas competições. O GDF estima que a obra do estádio custará, com todos os itens incluídos e com os benefícios do Recopa, aproximadamente R$ 800 milhões.

E, antes mesmo da Copa do Mundo de 2014, o estádio passará por concorrência pública para que uma empresa especializada em entretenimento o administre e potencialize o desenvolvimento econômico de Brasília, gerando renda e emprego, além de pagar o aluguel da arena. A empresa vencedora ficará responsável por inserir a capital em um calendário de eventos e shows nacionais e internacionais, o que manterá o setor de serviços (bares, restaurantes, hotéis etc.) aquecido.

Ecoarena – O estádio também caminha para ser o primeiro na história a receber o certificado máximo de sustentabilidade. O selo Leed Platinum ― entregue após a conclusão da obra ― é reconhecido internacionalmente e garante que a construção é altamente sustentável. Hoje, não existe nenhum estádio de futebol no mundo com o selo Platinum.

O conceito de arena verde começou ainda na criação do projeto do novo estádio. São usados materiais recicláveis ou reciclados na construção. Depois de pronto, por exemplo, haverá captação de energia solar e de água da chuva. A arena será capaz de gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de mil residências por dia.

Por conta da responsabilidade social com os operários, o estádio obteve, este ano, o certificado SA 8000 (Social Account Ability 8000), que atesta a aplicação de práticas sociais do emprego. Criado com base nas normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Declaração Universal dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), o selo garante que estão sendo cumpridos requisitos como: proibição do trabalho infantil e forçado, segurança e saúde no trabalho, liberdade de associação e direitos coletivos, proibição de discriminação, remuneração e carga horária de trabalho adequadas, entre outros.

Por Secretaria de Comunicação Social