25/05/2016 às 12:11, atualizado em 05/07/2016 às 14:41

Taxa de desemprego no DF em abril fica em 18,6%

Índice teve aumento de 0,5 ponto porcentual em relação ao mês anterior, de acordo com pesquisa divulgada hoje

Por Maryna Lacerda, da Agência Brasília

Coletiva para divulgar os números da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF).

Os números da PED-DF foram apresentados nesta quarta-feira (25) na sede da Codeplan. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

A taxa de desemprego total em Brasília passou de 18,1%, em março, para 18,6%, em abril. Os números são da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Distrito Federal (PED-DF), apresentada nesta quarta-feira (25) na sede da Companhia de Planejamento (Codeplan). A pesquisa é feita pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, em parceria com a Codeplan e com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em números absolutos, a taxa representa 290 mil desempregados em abril. São 8 mil a mais em relação ao mês anterior, quando 282 mil trabalhadores estavam nessa condição.

O grupo mais afetado foi o de menor renda, de até dois salários mínimos. A partir desse recorte, é possível regionalizar onde o desemprego é maior. A PED mostrou que moradores de Brazlândia, de Ceilândia, de Samambaia, do Paranoá, de São Sebastião, de Santa Maria e do Recanto das Emas foram os mais atingidos. Isso se deve ao fato de as regiões concentrarem a maior parte dos trabalhadores menos qualificados profissionalmente, acredita o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno Cruz. “As pessoas com escolaridade menor, renda menor, são mais vulneráveis aos efeitos da crise.”

Outro motivo elencado para o aumento na taxa de desemprego é a redução do número de inativos, em especial entre os jovens. De março a abril, a população inativa passou de 986 mil para 981 mil. Pessoas de 18 a 24 anos optaram por entrar no mercado de trabalho principalmente para ajudar na renda em casa. “Com isso, eles passam a pressionar o mercado por vagas e ocorre um aumento da população economicamente ativa”, destaca a coordenadora do Dieese, Adalgisa Lara.

Autônomos

O número de pessoas com carteira assinada diminuiu, de março para abril, em 37 mil pessoas. O índice passou de 596 mil para 559 mil. Em compensação, houve crescimento na quantidade de autônomos no período: de 146 mil para 156 mil. “São pessoas com escolaridade maior e renda média considerável”, avalia o presidente da Codeplan, Lucio Rennó.

Qualificação profissional

Uma forma de favorecer a inserção no mercado de trabalho é ampliar a formação das pessoas, analisa o secretário-adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour. “Uma das grandes reclamações do setor produtivo é a baixa qualificação profissional dos trabalhadores. Nesse sentido, temos investido, desde o ano passado, em projetos e programas de qualificação.” Ele deu destaque ao recurso de educação a distância oferecido pelo Portal da Qualificação Profissional, lançado em 21 de março. O serviço oferece 21 cursos não presenciais e gratuitos.

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Acesse a íntegra da pesquisa.

Edição: Marina Mercante