05/06/2016 às 15:28, atualizado em 17/06/2016 às 15:19

Concluída a inversão das Avenidas Samdu e Comercial, em Taguatinga

Departamento de Trânsito do DF terminou na manhã deste domingo (5) ajustes em sinalizações das vias

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

A inversão do fluxo de veículos na Samdu e na Comercial, em Taguatinga, foi concluída. Com isso, as duas avenidas passam a ter sentido único. A primeira seguirá para o norte da região administrativa e dará acesso a quem quiser ir ao Taguacenter ou à Avenida Hélio Prates; e a segunda, para o sul, com destino ao centro e à Elmo Serejo, por exemplo. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) terminou na manhã deste domingo (5) ajustes na sinalização.

A mudança é um dos passos para preparar Taguatinga à implementação do Corredor Eixo Oeste, que ligará Taguatinga e Ceilândia ao Plano Piloto. Além disso, a medida facilitará o trânsito e deverá evitar acidentes, acredita o diretor-geral do Detran, Jayme Amorim de Sousa. Futuramente, ainda será possível criar ciclovias.

Inversão de trânsito nas Avenidades Comercial e Samdu, em Taguatinga

Agentes da autarquia permanecerão em Taguatinga até que os motoristas se acostumem com as alterações. Além disso, desde 31 de maio, painéis eletrônicos informam sobre as modificações, que foram aceleradas pelo Detran para garantir a segurança dos condutores e dos pedestres.  Com essa mesma finalidade, na sexta-feira (3), foram mobilizados 36 agentes de trânsito, 16 viaturas, quatro motos e o apoio do helicóptero do departamento, além de policiais militares.

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O trabalho de sinalização das avenidas começou às 21 horas de quinta-feira (2). O Detran alterou os semáforos dos 39 cruzamentos, instalou 364 placas e pintou o asfalto.  As pistas adjacentes não precisaram passar por mudanças.

Transporte público

A quantidade de linhas de ônibus que circula pela Samdu e pela Comercial também não foi alterada. Segundo o diretor-técnico do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Marcio Antonio Ricardo de Jesus, servidores da autarquia estarão distribuídos pelas paradas para auxiliar os passageiros na hora do embarque. “A população só deverá ficar atenta ao sentido da via na hora de pegar o transporte.”

Por enquanto, de acordo com o diretor, nenhum ponto de ônibus será retirado. Cento e seis linhas transitam pelas duas avenidas, levando cerca de 200 mil passageiros por dia. Por hora — em horário de pico —, passam 140 ônibus nelas, e 68 mil veículos, diariamente.

Preparação

O governo chegou a prever a inversão para julho, mas constatou a necessidade de intervenções prévias. As obras ficaram a cargo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e foram executadas por duas empresas escolhidas por meio de licitação. As contratadas asfaltaram 6,2 quilômetros e fizeram reparos, como troca de postes de lugar, substituição de meios-fios quebrados e adequação de bueiros.

A Comercial já havia recebido as obras em 2014, e, como ainda estão na garantia — de cinco anos —, alguns reparos não tiveram custo adicional. O investimento foi de R$ 5,7 milhões, recurso de financiamento fechado no início de 2015 com o Banco do Brasil.

A alça de acesso da Samdu ao centro de Taguatinga, próximo ao 2° Batalhão de Polícia Militar, foi ampliada com mais uma faixa, assim como a pista central que passa por baixo do viaduto.

As intervenções da Novacap começaram em junho do ano passado e terminaram em maio. Segundo a Vice-Governadoria, os estudos técnicos para que fosse feita a inversão ocorreram há cerca de quatro anos, como parte do projeto para as obras do Corredor Eixo Oeste. Em uma segunda etapa, haverá a construção de calçadas e o aterramento de toda a rede elétrica e telefônica nas duas avenidas. As novidades só serão implementadas depois da conclusão do túnel sob a Avenida Central, que ligará a Elmo Serejo à Estrada Parque Taguatinga.

Opinião

A equipe da Vice-Governadoria entrevistou 3.612 pessoas, em junho e julho de 2015, para saber a opinião da comunidade local sobre a inversão. Dos que responderam, 77% foram a favor; 17%, contra; e 6% disseram ser indiferentes.

Edição: Raquel Flores