22/07/2016 às 12:16, atualizado em 22/08/2016 às 20:05

Mais 108 casos de caxumba são registrados em residentes do DF

Do início de janeiro até 16 de julho, foram 1.036 ocorrências em moradores de Brasília

Por Samira Pádua, da Agência Brasília

O Distrito Federal registrou, na última semana, 108 novos casos de caxumba em residentes do DF, de acordo com a Secretaria de Saúde. Do início de janeiro até 16 de julho, foram notificadas 1.062 ocorrências, sendo 1.036 de residentes locais, o que equivale a 97,6%. Os dados constam do Boletim Epidemiológico nº 5, divulgado nessa quinta-feira (21).

A maioria das 1.036 ocorrências — 628 — é em pessoas do sexo masculino. A faixa etária de 20 a 49 anos permanece com a maior proporção de casos: 470 (45,4%). No grupo de 15 a 19 anos, os números somam 279 (26,9%). O aumento, de acordo com a Secretaria de Saúde, provavelmente relaciona-se ao incremento das notificações nas últimas semanas de surtos em instituições de ensino. As regiões administrativas mais afetadas são Ceilândia (193), Taguatinga (135) e São Sebastião (107).

As maiores incidências a cada 100 mil habitantes acumuladas permanecem no Setor de Indústria e Abastecimento (889,8); no Varjão (341) e São Sebastião (110,8). Os casos no SIA podem estar relacionados às ocorrências no Centro de Progressão de Pena, aliado ao fato de ser a região administrativa com a menor população.

Até 16 de julho, de acordo com o Boletim Epidemiológico nº 5, foram notificados 30 surtos da doença no DF — a maioria em escolas, com 19 casos (63,3%).

Como prevenir a transmissão da caxumba

Quanto há surto, a secretaria alerta para a necessidade de isolamento social dos pacientes de, no mínimo, dez a 15 dias — contados a partir dos primeiros sinais e dos sintomas da doença. Como a contaminação ocorre por meio de gotículas de salivas, evite ambientes aglomerados e fechados e não compartilhe copos e talheres. Também é importante ingerir líquidos.

Não existe um tratamento específico para a doença. O combate é feito pela vacinação ainda na infância. Na rede pública de saúde, a vacina tríplice viral (que protege contra caxumba, sarampo e rubéola) pode ser aplicada no primeiro ano de vida; a vacina tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela) é dada a partir dos 15 meses de idade.

Para crianças e adolescentes até 19 anos, são duas doses do medicamento e, para pessoas de 20 a 49 anos, é apenas uma dose da vacina tríplice viral. A prevenção pode ser feita durante todo o ano nos centros de saúde.

Saiba quais são os sintomas da caxumba

Febre, calafrios, dores de cabeça, musculares — ao mastigar ou engolir — e fraqueza são os sintomas mais comuns da caxumba. A doença também é caracterizada pelo aumento de glândulas salivares, que fazem o rosto inchar.

A incubação do vírus (período de contaminação até aparecer os primeiros sintomas) pode variar de 12 a 25 dias. Em média, aparece por volta dos 16 a 18 dias.

Edição: Paula Oliveira