26/09/2016 às 07:59, atualizado em 24/05/2017 às 10:01

Longa-metragem do Distrito Federal estreia no Festival de Brasília

Único representante local na mostra competitiva, Malícia, de Jimi Figueiredo, foi uma das cinco obras concorrentes exibidas nesse domingo

Por Ádamo Araujo e Gabriela Moll, da Agência Brasília

Único filme de Brasília na mostra competitiva do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Malícia, do diretor Jimi Figueiredo, foi exibido na noite de domingo (25) no Cine Brasília. As cenas foram gravadas em Ceilândia, no Plano Piloto e em Sobradinho, e a produção captou R$ 900 mil de edital do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). A obra brasiliense, que aborda a privacidade das relações pessoais, fechou a noite do quinto dia da disputa – a premiação é na terça-feira (27). Outras cinco produções integraram a programação da noite.

O diretor de Malícia, Jimi Figueiredo, e a atriz Viviane Pasmanter.

O diretor de Malícia, Jimi Figueiredo, e a atriz Viviane Pasmanter. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Ao ser anunciado, Malícia foi muito bem acolhido pelo público local. A produção candanga contou, entre outros artistas, com a atriz Viviane Pasmanter. “Foi um trabalho em que pude experimentar e improvisar, no qual tive uma liberdade plena para atuar”, destacou a estrela. De acordo com o diretor, o longa retrata um pouco da relação doentia do homem com a internet e as redes sociais. Jimi Figueiredo também destacou o apoio dado pela Secretaria de Cultura para a realização da obra. “Foi fundamental para deixar de ser uma ideia e se tornar uma realidade.”

Às 19 horas, na primeira sessão da noite, foram exibidos o curta fluminense Confidente, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes, e o média paulista Procura-se Irenice, de Marco Escrivão e Thiago Mendonça. “Trata-se de um filme com a proposta de trabalhar com imagens de arquivo para falar de memórias”, explicou Akerman. “Nosso filme é uma forma de retratar nossas batalhas de vida por meio das lutas cotidianas da personagem principal”, destacou Marco Escrivão.

Exibição do curta fluminense Confidente, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes.

Exibição do curta fluminense Confidente, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Filmado ao longo de 20 anos, a coprodução entre Rio de Janeiro e Costa Rica Vinte Anos, de Alice de Andrade, levou ao público três histórias de amor em Cuba, no encerramento da primeira sessão. “A gente fala do amor a Cuba. É uma viagem no tempo. Como se fosse uma via de contramão aos tempos de intolerância que vivemos”, frisou Alice de Andrade.

Na segunda sessão da noite, as películas Bodas de papel, de Keyci Martins e Breno Nina, do Maranhão, e Demônia – melodrama em 3 atos, de Cainan Baladez e Fernanda Chicolet, representando São Paulo, antecederam a exibição do longa-metragem brasiliense.

As equipes dos filmes O delírio é a redenção dos aflitos, Estado itinerante, Elon não acredita na morte, Abigail e Antes o tempo não acabava participaram de debates durante o quarto dia de programação no Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco A). O dia no hotel ainda contou com os seminários O legado de Francisco Sérgio Moreir,  A relevância do cinema agora!, e Bernardet 80 anos: o impacto de seu pensamento no cinema brasileiro. No Cine Brasília, antes da mostra competitiva, foram exibidos seis filmes no segundo e último dia da Mostra Brasília.

Programação do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Até esta segunda-feira (26), serão exibidos diariamente no Cine Brasília obras concorrentes de curtas, médias e longas-metragens. Os ingressos custam R$ 12 (inteira). No dia seguinte à exibição, haverá reprise gratuita dessas produções, às 15 horas, na Sala 4 do Cine Cultura Liberty Mall (SCN, Quadra 2, Bloco D).

EDIÇÃO: GUSTAVO MARCONDES

Programação do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro