25/10/2016 às 17:35, atualizado em 02/01/2017 às 20:00

Videomonitoramento na área central do Plano Piloto direciona atuação da PM

Em parceria com shopping da região, 6º Batalhão da Polícia Militar acompanha imagens de quatro câmeras de segurança em áreas estratégicas para a corporação

Por Mariana Damaceno, da Agência Brasília

Quem passa pela área central do Plano Piloto talvez não imagine o quanto ela é vigiada. Com câmeras de vídeo espalhadas por locais estratégicos, como a Rodoviária do Plano Piloto, o 6° Batalhão de Polícia Militar consegue acompanhar a movimentação nas áreas mais sensíveis de sua jurisdição. Segundo a estimativa da corporação, cerca de 65% das ocorrências que chegam à unidade são por meio do videomonitoramento.

Policial militar monitora câmeras de segurança que ficam fixadas nos quatro extremos da área externa do Conjunto Nacional.

Policial militar monitora câmeras de segurança que ficam fixadas nos quatro extremos da área externa do Conjunto Nacional. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Quatro câmeras fixadas em cada extremidade externa do centro comercial Conjunto Nacional mostram alguns dos principais pontos monitorados, onde a quantidade de registros é mais expressiva. Em uma sala dentro do prédio, policiais militares acompanham diariamente o que ocorre no Setor Bancário Norte, no Setor de Diversões Sul e na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, por exemplo. Com uma aproximação de até 2 quilômetros e rotação de 360 graus, também é possível ver um pedaço da Esplanada dos Ministérios e do Setor de Autarquias Norte.

[Numeralha titulo_grande=”65%” texto=”Porcentagem de ocorrências atendidas pelo 6º Batalhão da PM que chegam à unidade por meio de videomonitoramento” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

As câmeras são do próprio shopping center e não tiveram custo para o governo, assim como a sala que a Polícia Militar ocupa para o monitoramento. A parceria teve início há cerca de cinco anos, foi interrompida em 2013 e retomada em fevereiro deste ano. Desde então, segundo o batalhão, foram atendidas 204 ocorrências com o auxílio da tecnologia, e houve declínio no número de registros.

Além de auxiliar no combate a crimes como roubo, tráfico e furto, a iniciativa auxilia na organização do trânsito e até na investigação de casos de pessoas desaparecidas. “A Polícia Militar tem buscado ações que demandem menos recursos, mas que garantam mais eficiência, e isso tem se aplicado na procura de parcerias com o setor privado”, resume o capitão Michello Bueno, do Centro de Comunicação Social.

As imagens são acompanhadas por três militares por turno, que, além de acionarem o policiamento no batalhão quando necessário, acompanham o atendimento das ocorrências. “Eles dão suporte aos policiais”, diz o coordenador de policiamento da unidade, tenente Gleymann. Segundo ele, no monitoramento é possível saber com antecedência informações relevantes para a hora da abordagem. “Nós já vamos para a ocorrência sabendo quem abordar, como abordar e até o que vamos encontrar.”

[Olho texto='”Nós já vamos para a ocorrência sabendo quem abordar, como abordar e até o que vamos encontrar”‘ assinatura=”Tenente Gleymann, coordenador de Policiamento do 6º Batalhão da PM” esquerda_direita_centro=”direita”]

A medida também auxilia no planejamento, visto que fica mais fácil checar quais são as áreas exatas com maior número de atitudes suspeitas. Para o tenente, as abordagens ficam mais precisas. “A gente ainda poupa recurso humano, pois um policial consegue acompanhar mais de um lugar ao mesmo tempo e deslocamos os militares apenas para áreas preestabelecidas.”

Outro ganho na visão do coordenador é o fator surpresa. “Muitos imaginam que não estão sendo monitorados, porque não veem a polícia e, quando menos esperam, são abordados.” As imagens registradas também servem de auxílio para outros órgãos, como para a Polícia Civil e o Ministério Público como prova para alguma investigação e para a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) na ordem pública.

Edição: Paula Oliveira