15/02/2017 às 15:30, atualizado em 16/02/2017 às 09:08

Projeto de repatriação será votado na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15)

Promessa foi feita pelo presidente Rodrigo Maia em reunião do Fórum Permanente dos Governadores. Matéria abre novo prazo para trazer de volta ativos enviados ao exterior

Por Guilherme Pera, da Agência Brasília

O projeto de lei que abre novo prazo para repatriação de recursos do exterior será votado na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15). O acordo foi fechado em almoço do Fórum Permanente de Governadores, com a presença de nove chefes de Executivos estaduais e o do DF, Rodrigo Rollemberg, e quatro vices; do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Antonio Imbassahy; e de líderes partidários. O encontro ocorreu na Residência Oficial de Águas Claras.

O Projeto de Lei nº 6.568/2016 estabelece prazo de 120 dias para os contribuintes aderirem ao regime de repatriação, a contar após 30 dias da publicação da lei. De acordo com o texto, 54% do montante arrecadado vai para a União e 46% serão divididos entre outros entes da Federação.

O projeto aprovado no Senado ainda estabelece que, para regularizar os bens, o contribuinte terá de pagar alíquotas de 17,5% de multa e 17,5% de Imposto de Renda — um total de 35%, e não mais 30%. Na Câmara, a proposta do relator, deputado Alexandre Baldy (Podemos-GO), é aumentar para 20% a alíquota da multa e reduzir para 15% a do imposto. “O porcentual final seria o mesmo. São pequenos ajustes que não mudam o conteúdo importante do projeto, mas que dão segurança jurídica”, defendeu Rollemberg.

Como começou a repatriação de recursos não declarados no exterior

A repatriação começou com a Lei Federal nº 13.254, de 2016. A norma criou o chamado Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária. O prazo para adesão ficou aberto de abril a outubro do ano passado.

Além de Rollemberg, participaram da reunião com Rodrigo Maia os governadores do Amapá, Waldez Góes; de Goiás, Marconi Perillo; de Mato Grosso, Pedro Taques; de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja; de Pernambuco, Paulo Câmara; do Piauí, Wellington Dias; do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori; do Tocantins, Marcelo Miranda; e os vices do Amazonas, José Henrique Oliveira; do Espírito Santo, César Colnago; do Maranhão, Carlos Brandão; e de São Paulo, Márcio França.

Edição: Marina Mercante