06/03/2017 às 12:34, atualizado em 10/03/2017 às 14:10

DFTrans faz campanha de conscientização sobre Lei Antifumo

Ação foi lançada nesta segunda-feira (6) na Rodoviária do Plano Piloto. Programação vai se estender por todo o ano

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília

Durante 1 ano, as cerca de 850 mil pessoas que passam diariamente pela Rodoviária do Plano Piloto poderão participar da campanha DFTrans pelo Direito de Respirar. A ação do Transporte Urbano do Distrito Federal foi lançada nesta segunda-feira (6) e visa conscientizar a população sobre a Lei Antifumo — nº 12.546 de 14 de dezembro de 2011.

O lançamento da campanha DFTrans pelo Direito de Respirar contou com esquete em diferentes pontos da rodoviária, distribuição de panfletos e cartazes

O lançamento da campanha DFTrans pelo Direito de Respirar contou com esquete em diferentes pontos da rodoviária, distribuição de panfletos e cartazes. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

A ideia, segundo o diretor-geral do órgão, Léo Carlos Cruz, é mostrar que a rodoviária e os terminais de ônibus se enquadram na categoria dos lugares onde não é permitido fumar. “Queremos difundir exatamente o que estabelece a lei”, destaca. A legislação proíbe o uso do cigarro em ambientes totalmente ou parcialmente fechados em todo o território nacional. Os fumódromos também estão proibidos.

“A pessoa tem o direito de fumar, porém, em alguns lugares, ela transforma os não usuários em fumantes passivos”, completa o diretor. Foi o que aconteceu com a mãe da auxiliar de serviços gerais Conceição Cardoso, de 56 anos. Ela nunca fumou, porém, após passar mais de 40 anos casada com um fumante, acabou por adquirir graves problemas respiratórios que comprometeram os pulmões.

[Olho texto=”A legislação proíbe o uso do cigarro em ambientes totalmente ou parcialmente fechados em todo o território nacional. Os fumódromos também estão proibidos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“O próprio médico já disse que são doenças relacionadas ao cigarro, somente por causa do convívio”, explica a filha, que mora em Samambaia Sul. Já Conceição fumou por 14 anos e hoje está livre do vício.

Campanha também vai orientar sobre tratamento

O lançamento hoje contou com esquete em diferentes pontos da rodoviária, distribuição de panfletos e cartazes, além de veiculação de informações no telão de acesso ao metrô. Está prevista ainda, até o fim da semana, a veiculação da campanha nas TVs dos ônibus e nos tótens do terminal. Também estão previstas intervenções especiais no Dia Mundial Sem Tabaco, em 31 de maio; no Dia Nacional de Combate ao Fumo, em 29 de agosto; e no Dia Nacional de Combate ao Câncer, em 27 de novembro.

A campanha também visa dar informação sobre locais de tratamento do tabagismo. “Vamos retirar objetos que podem ser entendidos como cinzeiros, como vasos de plantas e caixas de areia, além de fazer limpeza constante”, reforça Cruz. O cotidiano dos locais de responsabilidade do DFTrans contará com constante fiscalização.

A iniciativa conta ainda com a parceria da Secretaria de Saúde, dos comerciantes locais e dos operadores do Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal.

Tabagismo passivo está entre maiores causas de morte evitável no mundo

Conforme aponta o Ministério da Saúde, o fumo passivo ocorre quando as pessoas não fazem uso do tabaco, mas são submetidas à fumaça do cigarro e outros derivados. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo. Perde para o ativo e o consumo excessivo de álcool.

[Numeralha titulo_grande=”46,6%” texto=”Queda no número de fumantes em ambientes de trabalho no DF, desde 2011″ esquerda_direita_centro=”direita”]

Quem não fuma pode ter problemas de saúde ao inalar a fumaça do tabaco, porque ela causa irritação no nariz, nos olhos e na garganta, além de dor de cabeça, vertigem, náusea, tosse e dificuldades respiratórias.

Sobre o fumo passivo, o ministério destacou o ambiente de trabalho como um dos principais locais de incidência. De acordo com a pasta federal, desde 2011, caiu em 34% o número de fumantes nesses locais em todo o Brasil. No Distrito Federal, a queda foi de 46,6%.

Edição: Paula Oliveira