20/05/2018 às 09:20, atualizado em 20/05/2018 às 10:36

Hran é a unidade de referência para tratar lesões da lagarta Lonomia obliqua

Contato com o bicho pode alterar a coagulação do sangue, propiciando hemorragias. Recomendação é lavar com água fria e sabão e procurar tratamento imediatamente

Por Guilherme Pera, da Agência Brasília

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é a unidade da rede pública de saúde do Distrito Federal referência no tratamento de lesões causadas pelo veneno da Lonomia obliqua. Colônias da lagarta têm sido encontradas em algumas regiões do Distrito Federal, como Brazlândia, Lago Sul e Park Way.

O Hran é a unidade de referência no DF para cuidados em pacientes que tiveram contato com Lonomia obliqua. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O Hran é a unidade de referência no DF para cuidados em pacientes que tiveram contato com a Lonomia obliqua. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

A contaminação ocorre quando há contato físico com o bicho. Nesses casos, a indicação é lavar o local com água fria e sabão e procurar tratamento imediatamente. A rede pública está equipada com o soro antilonômico.

Os sintomas pós-contato incluem inchaço, queimação, vermelhidão, náusea, além de dores de cabeça e abdominal. A consequência mais grave é a mudança na coagulação do sangue, que pode resultar em hemorragia e em insuficiência renal.

A Secretaria de Saúde conta com atendimento por telefone para orientações em caso de acidentes por meio do Centro de Informações Toxicológicas, que funciona 24 horas por dia por meio do telefone (61) 99288-9358.

Apesar da incidência em diversas regiões, a lagarta nunca havia sido detectada pela Saúde. “É importante que quem a ache traga para cá ou pelo menos envie uma imagem e diga onde encontraram”, indica Israel Martins, biólogo da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival).

Quem for recolhê-la deve usar luvas grossas para não ter contato direto com a pele. A dica se estende a quem trabalha com jardinagem.

Para inspeção, a Dival pode ser contatada no telefone (61) 99287-6635 e nos e-mails dir.dival@saude.df.gov.br, gevac.dival@saude.df.gov.br e gevapac.dival@gmail.com. A unidade fica no SHCNW 4, no Noroeste, ao lado dos Hospitais de Apoio e da Criança de Brasília José Alencar.

O Hran é a unidade de referência no DF para cuidados em pacientes que tiveram contato com Lonomia obliqua. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Como é e como vive a Lonomia obliqua

Também conhecida como taturana oblíqua, a Lonomia obliqua vive em colônias e pode ser encontrada perto de residências. A lagarta habita árvores, com preferência para frutíferas. Deixa rastros de fezes no tronco, o que, assim como folhas comidas, pode indicar a presença dela.

As cerdas parecem pinheiros minúsculos e são esverdeadas. Com cerca de 6 centímetros de comprimento, ela tem manchas brancas em forma de U, contorno branco, faixas marrons e linhas pretas. Todas essas características ficam na parte de cima da Lonomia, onde o contato deve ser evitado.

Edição: Paula Oliveira