15/04/2020 às 17:07, atualizado em 15/04/2020 às 18:36

Parque do Bosque recebe manutenção geral

Serviço é executado com empenho de funcionários da Administração do Sudoeste/Octogonal, responsável pela gestão do espaço de lazer

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília

Situado entre a Primeira e a Quarta Avenidas, no Sudoeste, o parque ganha melhorias em todas as instalações, mas permanecerá fechado enquanto vigorar o período de isolamento social determinado como medida de combate ao coronavírus | Fotos: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília

O GDF tem aproveitado o período de isolamento social para fazer manutenção nos equipamentos públicos, antes sempre cheios. Desde que o governador Ibaneis Rocha determinou o fechamento dos parques no DF, em 18 de março, funcionários da Administração Regional do Sudoeste e da Octogonal trabalham em melhorias no Parque Urbano do Bosque do Sudoeste, que fica entre a Segunda e a Quarta avenidas.

Os trabalhos começaram há quase um mês e não têm data para terminar. Os bancos do parque, que eram todos de cimento, estão sendo pintados de diferentes cores que darão cara nova ao espaço de lazer. Alguns tinham encostos de madeira, que foram trocados e/ou envernizados.

Revitalização geral                                                                                  

Os três prédios onde ficam a guarita de vigilância, os banheiros/vestiários e a administração, também vão ganhar cores. As edificações estão sendo grafitadas pelo artista Elom Ceilândia, cedido pela Administração Regional de Taguatinga, da qual é funcionário. Por dentro, o edifício onde funciona a administração e o atendimento ao público também recebeu pintura nova.

O artista Elom Ceilândia foi cedido temporariamente pela Administração de Taguatinga, da qual é funcionário, para grafitar as principais instalações

As portas dos banheiros foram consertadas, e um espelho foi colocado no vestiário feminino. O único bebedouro do local, que apresentava um vazamento, também foi consertado, e o parque ganhou mais um ponto para as pessoas beberem água. O alambrado das duas quadras poliesportivas, que estava cheio de buracos, foi refeito.

“A manutenção é muito bem-vinda”, comemora a administradora Sarah Bosco, 34 anos, que mora ao lado do parque. “A água do bebedouro escorria pelo chão e deixava tudo melado, e as portas dos banheiros não trancavam.”

As árvores já estão podadas e a grama, toda roçada. “Aproveitamos que o parque está vazio para dedetizar todo o espaço e fazer o controle de pragas no gramado, que estava cheio de cupins e formigas”, relata o diretor de articulação da administração e responsável pelo parque, Rônney Ceratti. “O cronograma é longo, tem muita coisa para fazer. O parquinho infantil também será revitalizado, e as quadras de esporte serão totalmente pintadas”.

Ponto de encontro

Inaugurado em 2013, o Parque do Bosque se tornou um grande ponto de encontro dos moradores do Sudoeste. O local, que funciona diariamente, das 6h às 22h, está sempre lotado depois das 17h e durante os fins de semana. Aos domingos, a partir das 10h, uma roda de samba e chorinho atrai muitas famílias ao local. Esse movimento está suspenso durante o período de isolamento social decretado como medida de combate ao coronavírus.

O espaço de lazer possui duas quadras poliesportivas e uma de areia – usada tanto para futebol quanto para futevôlei –, anfiteatro, playground, aparelhos de ginástica, pista de cooper e ciclovia. Além disso, há uma calçada na área externa, com percurso de 1,05 km, também utilizada parra caminhadas e corridas.

População colabora

Até dezembro do ano passado, o parque era gerido pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). O administrador do Sudoeste, Luiz Eduardo Pessoa, hoje responsável pelo local, conta que a mudança de gestão partiu de uma demanda feita pela comunidade, para que os moradores pudessem ajudar na manutenção. “Eles usam muito o espaço”, explica.

As melhorias feitas até agora, conta Luiz Eduardo, não utilizaram recursos públicos. A tinta foi doada por um comerciante do Cruzeiro. O arame também veio de doação. Os serviços são executados pelos próprios funcionários da administração, que também fizeram vaquinha do próprio bolso.

“Temos um carinho muito grande pelo parque”, ressalta o administrador. “Desde janeiro estamos procurando alternativas, e o caminho é a ajuda da comunidade. Qualquer doação é bem-vinda”.