23/04/2015 às 20:53, atualizado em 11/07/2017 às 17:36

Pessoas com deficiência têm atendimento especializado no Metrô-DF

O serviço funciona em duas estações da Asa Sul e oferece banco de currículos e informações sobre programas habitacionais do governo

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília

 

. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Nas estações do metrô da 112 e da 114 Sul, a Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos implantou sistema especializado de atendimento à pessoa com deficiência. Nos locais, o cidadão pode obter facilidades, como cadastrar habilidades em um banco de currículos, requisitar intérprete de libras e buscar orientação em programas habitacionais do governo de Brasília.

A Coordenação de Promoção de Direitos de Pessoas com Deficiência faz em média 7,8 mil atendimentos mensais. São nove departamentos internos. “Depois de uma conversa com membros de nossa equipe, buscamos dar o encaminhamento devido ao cidadão e verificamos outras demandas”, explica o coordenador Paulo Beck. “Nosso foco é encaminhar o deficiente e orientá-lo no acesso aos serviços e aos equipamentos públicos.”

Sem o movimento das pernas há um ano e meio após incidente com arma de fogo, Rafael Toledo, de 22 anos, usa cadeira de rodas fornecida pelo Departamento de Órteses e Próteses. “Receber essa cadeira foi importante para recuperar minha autonomia”, diz o jovem morador do Gama. O irmão gêmeo, Renato, acrescenta: “Agora Rafael consegue sair de casa sozinho. O custo do equipamento chega a R$ 2 mil, e nós não teríamos condições de comprar uma, seria impossível.”

Mercado de trabalho
Há uma gerência especializada em encaminhar o candidato para o mercado de trabalho. Nesse caso, o candidato precisa levar currículo e documentos pessoais. Nos três primeiros meses do ano, 1.096 indicações de serviço foram feitas a várias empresas, o que resultaram em 190 contratações. “Os números deveriam ser maiores, mas existem entraves como dificuldade para superar barreiras físicas de acesso e conseguir alocar o trabalhador em lugar condizente com sua capacidade laboral”, explica Beck.

O local oferece também setores voltados para atendimentos específicos: avaliação médica, análise de laudos para atestado da condição física e central de libras — na qual são designados intérpretes para ajudar pessoas com deficiência auditiva. É possível cadastrar-se para concessão de Passe Livre no transporte público urbano.

A Gerência de Acesso à Cidade realiza e acompanha vistorias a locais com problemas de acessibilidade, requisitadas por órgão de fiscalização. Existe ainda um departamento para cuidar de políticas habitacionais com a função de coletar e cadastrar dados de pessoas em programas do governo de Brasília.

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