04/05/2015 às 17:28

Campanha de vacinação antigripal começa nesta segunda-feira

Todos os postos de imunização do DF abrirão das 8 h às 17 h durante a semana. No sábado (9), haverá mobilização nacional contra a doença

Por Kelly Crosara e Samira Pádua, da Agência Brasília


O subsecretário de Vigilância à Saúde, José Carlos Valença, o secretário de Saúde, João Batista de Sousa, e a diretora de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Secretaria de Saúde, Cristina Segatto, durante coletiva na tarde de hoje (4)
O subsecretário de Vigilância à Saúde, José Carlos Valença, o secretário de Saúde, João Batista de Sousa, e a diretora de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Secretaria de Saúde, Cristina Segatto, durante coletiva na tarde de hoje (4). Foto: Tony Winston/Agência Brasília

Atualizado em 4 de maio, às 17h30

A campanha de vacinação contra a gripe no Distrito Federal começa nesta segunda-feira (4) e vai até 22 de maio. No período, todas as 116 salas de vacinação das regionais de saúde ficarão abertas durante a semana, das 8 às 17 horas. No sábado (9), no mesmo horário, está marcada a mobilização nacional contra a doença, e 153 postos em Brasília vão atender a população. A vacina tem validade de um ano.

“Às vezes, a gente pensa que a gripe é muito simples, mas é uma doença grave, com risco de complicações, até de mortalidade, principalmente para a população-alvo”, lembrou o secretário de Saúde do DF, João Batista de Sousa, em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (4).

O público-alvo da campanha é formado, majoritariamente, por idosos — com 60 anos ou mais —, crianças entre 6 meses e 5 anos de idade, gestantes, mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias e portadores de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, poderão receber a imunização pessoas com outras condições clínicas especiais, presos e funcionários do sistema prisional, trabalhadores da área de saúde e povos indígenas. A vacinação ocorre em um período de transmissão do vírus. Por isso, quanto antes o público-alvo procurar a imunização, melhor.

Quem não tem condições físicas para se deslocar ao posto pode entrar em contato com o Disque Saúde do governo de Brasília, pelo número 160, para agendar a vacinação em domicílio. Asilos e instituições para idosos receberão a campanha, de acordo com calendário definido pela Secretaria de Saúde. Nas regionais de saúde onde não há posto de vacinação, haverá atendimento por agendamento.

De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Secretaria de Saúde, Cristina Segatto, as crianças do grupo que nunca foram vacinadas contra a gripe tomarão duas doses. Aquelas que receberam uma dose em 2014 tomarão a segunda neste ano. “Por isso, é importante levar a caderneta de vacinação.”

A meta da pasta é imunizar pelo menos 80% do público-alvo, aproximadamente 600 mil pessoas. No ano passado, foram 92,3%. A expectativa do governo federal é a mesma, totalizando 39,7 milhões de pessoas.

Outros grupos
De acordo com Cristina Segatto, a imunização é contraindicada para quem tem alergia severa a ovo, doença neurológica ativa ou histórico de reação negativa a componentes da vacina. “Essas pessoas precisam buscar primeiro um médico e fazer uma avaliação”, explicou. Ainda segundo ela, quem está fora do público-alvo não poderá ser vacinado, já que as doses vêm de acordo com a população indicada pelo Ministério da Saúde.

Campanha
De acordo com a Secretaria de Saúde, a campanha anual, promovida desde 1999, entre os meses de abril e maio, contribui ao longo dos anos para a prevenção da gripe nos grupos vacinados, além de apresentar impacto na redução das internações hospitalares e nos gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias.

A gripe (ou influenza) é uma doença respiratória infecciosa de origem viral. A patologia pode levar a complicações graves e ao óbito. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 1,2 bilhão de pessoas apresentam risco elevado para complicações da influenza. Alguns estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, e de 39% a 75% a mortalidade global.

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