02/06/2015 às 20:43

Governo inaugura Casa da Mulher Brasileira no DF

Segunda no País, unidade oferece, em um único espaço, serviços para atender mulheres em situação de violência e vulnerabilidade

Por Gabriela Moll, da Agência Brasília


. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Atualizado em 2 de junho de 2015, às 18h54

Líderes do Executivo nacional e local uniram-se na tarde desta terça-feira (2), na Quadra 601 da Asa Norte, para abrir as portas da segunda unidade da Casa da Mulher Brasileira no País. “Estamos muito felizes por receber essa iniciativa”, exclamou o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. “É essencial somarmos esforços em torno dos interesses de Brasília e do Brasil”, acrescentou.

A iniciativa é parte do programa Mulher, Viver sem Violência, do governo federal, e a gestão ficará por conta do governo distrital, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

“Aqui, as mulheres vão encontrar proteção contra a violência, além de abrigo e apoio para recomeçar a vida”, defendeu a presidente da República, Dilma Rousseff, na solenidade de inauguração. Ela lembrou o contexto histórico do patriarcalismo e ressaltou a importância de uma política de governo que defenda as mulheres.

A ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, disse que um dos objetivos da casa é fazer valer a Lei Maria da Penha, punindo os agressores e acolhendo as vítimas. “Infelizmente, não há multa nem cesta básica que apague a violência.”

“Espero que as casas nas capitais sirvam de exemplo para os municípios menores adotarem medidas parecidas”, disse Maria da Penha. A diretora do instituto de proteção à mulher que leva seu nome lembrou que, além de implantar a política pública protetiva, é importante que o Estado invista em educação. “É essencial cuidarmos de nossas crianças para que elas não reproduzam comportamentos violentos no futuro.”

Também estiveram no local a secretária de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF, Marise Nogueira, e a mãe e a esposa do governador, Teresa Rollemberg e Márcia Rollemberg, respectivamente.

Representantes dos serviços da unidade de Brasília, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios Carmelita Brasil, o defensor público-geral do Distrito Federal, Ricardo Batista Sousa, e o procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Bessa, participaram do descerramento da placa de inauguração.

A solenidade, que lotou a área externa da Casa da Mulher Brasileira, reuniu ministros, secretários de Estado, parlamentares, administradores regionais, servidores, membros de movimentos sociais e sociedade civil.

Serviços concentrados
Com o objetivo de combater a violência contra as mulheres e acolher aquelas em situação de vulnerabilidade, o espaço reúne todos os serviços necessários para proteger as vítimas, como atendimento do Ministério Público e da Defensoria Pública, apoio psicossocial, alojamento de passagem e orientação para a promoção da autonomia econômica. A primeira das 27 unidades previstas nas capitais brasileiras foi inaugurada em 3 de fevereiro, em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

Casa da Mulher Brasileira abre as portas nesta terça (2) na 601 Norte

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