05/08/2015 às 15:55

Número de mortes violentas em Brasília cai 16% nos primeiros sete meses do ano

Resultado faz parte das políticas de segurança pública adotadas pelo governo com o programa Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida

Por Kelly Crosara, da Agência Brasília


Houve redução significativa no número de mortes violentas
Houve redução significativa no número de mortes violentas. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Atualizada em 5 de agosto, às 15h04

Brasília registrou 114 mortes a menos de janeiro a julho deste ano em comparação ao mesmo período de 2014. A redução de óbitos por causas violentas representa 16,3%. Os dados envolvem os homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e acidentes de trânsito. O balanço dos primeiros sete meses de 2015 foi divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, nesta quarta-feira (5).

Dos crimes violentos letais não intencionais, apenas o latrocínio aumentou em três casos no mês de julho em relação ao mesmo mês de 2014 — período em que não se registrou nenhuma ocorrência. “Esse é um crime que nos preocupa, mas que combatemos desde o início do ano. Se levarmos em consideração os primeiros sete meses, houve a redução de um caso”, explica o secretário Arthur Trindade.

Das 15 principais ocorrências policiais que fazem parte do estudo, apenas quatro não sofreram queda no mês passado, além do latrocínio: roubo em residência, tráfico e uso e porte de drogas — os dois últimos são números positivos porque se referem a apreensões. “Poupamos 114 famílias e não apenas os cidadãos”, diz o diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Eric Seba, ao ressaltar a importância das políticas de segurança aplicadas na capital com o programa Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida.

A ação e o aumento do efetivo policial nas ruas são a ferramenta principal desse novo processo adotado pelo governo. De acordo com ele, a conscientização da população é determinante.

Em julho, foram registrados 18 assassinatos — homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte — a menos que no mesmo período do ano passado, uma queda de 30%. Os homicídios sofreram redução de 33,9%, ou seja, menos 20 casos. Lesão corporal seguida de morte também diminuiu em um caso e latrocínio aumentou em três ocorrências.

Os cinco crimes contra o patrimônio — roubo e furto em veículo, roubos a transeunte, de veículo, em transporte coletivo e em comércio — tiveram redução de 19,3% no mês.

O roubo a transeunte merece destaque, de acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Florisvaldo Ferreira Cesar. O crime ostentava índice alto ao longo do ano e regrediu 10,9% em julho. Houve 288 casos a menos em comparação com o mesmo período de 2014. “Essa modalidade reflete na sensação de segurança do cidadão e será tema, ao lado da violência escolar, da reunião do Comitê Gestor do Viva Brasília.”

Objeto de debate do comitê em 29 de julho, o roubo em transporte coletivo sofreu queda de 20,1% em julho, 38 registros a menos do que em 2014. Nessa reunião, o governador Rodrigo Rollemberg determinou que as administrações regionais fiscalizassem o estado das paradas de ônibus como medida auxiliar na prevenção de crimes.

Nesta quarta-feira, a Secretaria da Segurança informou que a ação começou a ser aplicada em Samambaia, onde 67 árvores perto de pontos de coletivos foram podadas. A iluminação ainda passa por vistoria.

Trânsito
Houve 15 mortes a menos em julho deste ano no trânsito em comparação a igual período de 2014, o que significa redução de 40,5%. Nos primeiros sete meses, a queda foi de 21%. “Revitalizamos as faixas de pedestres e reforçamos as ações de educação e de fiscalização para que tenhamos sempre números positivos como esses”, informou o diretor-geral do Detran, Jayme Amorim de Sousa.

Sousa ressalta que o condutor é peça primordial para a redução dos índices. “Além de falar ao celular, o motorista agora quer também mandar mensagem de texto, atitude que coloca em risco a vida dele e das demais pessoas.”

Seca
Em julho, o Corpo de Bombeiros Militar do DF atendeu 709 ocorrências de incêndios florestais. A área total queimada, em hectares, foi 24,24% inferior em comparação ao ano passado, quando 1.134,61 hectares acabaram consumidos pelo fogo. “Com nossos recursos e nova metodologia de trabalho, podemos atender com mais eficácia”, afirma o comandante-geral do órgão, Hamilton Santos. Segundo ele, dois aviões de combate a incêndio sobrevoam diariamente as regiões de Brasília para detectar focos de fogo.

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