19/08/2015 às 01:46, atualizado em 12/05/2016 às 17:52

Cidadãos do Gama e de regiões vizinhas compartilham ideias para o Plano Plurianual

Evento reuniu 550 pessoas e serviu para ajudar o governador e sua equipe a planejar os próximos quatro anos

Por Saulo Araújo, da Agência Brasília


. Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Atualizado em 18 de agosto, às 23h01

Na terceira edição do projeto Voz Ativa no Planejamento, o governador Rodrigo Rollemberg recebeu dezenas de sugestões para o Plano Plurianual (PPA), que vai vigorar de 2016 a 2019. Realizado na noite desta terça-feira (18), no Centro Poliesportivo do Gama, no Setor Central, o evento reuniu cerca de 550 pessoas, segundo estimativas do Corpo de Bombeiros. Demandas nas áreas de educação, saúde e habitação, entre outras, foram encaminhadas ao chefe do Executivo local, que estudará a viabilidade de cada uma delas dentro do PPA.

Além dos moradores da localidade anfitriã, puderam se inscrever para falar diretamente ao governador residentes de outras quatro regiões administrativas: Recanto das Emas, Santa Maria, Riacho Fundo I e Riacho Fundo II. A Orquestra de Cordas do Gama deu as boas-vindas ao público com uma apresentação que durou aproximadamente 30 minutos.

Professor de educação física da rede pública e sargento da Polícia Militar reformado, Castro Barreira de Carvalho, de 58 anos, pediu mais atenção do poder público aos três parques do Gama. Segundo ele, os locais carecem de melhorias, pois estão entre os espaços de lazer mais usados. “São áreas com potencial incrível, mas que padecem de cuidados”, disse. Rollemberg garantiu que os parques da localidade, assim como os outros 76 espalhados por todo o Distrito Federal, “serão contemplados com uma política efetiva de revitalização”.

Já a técnica em enfermagem Cirene Silveira, de 55 anos, cobrou avanços em mobilidade. “Ter a nossa rodoviária é um grande sonho para quem anda de ônibus, assim como ter um asfalto melhor.” O governador respondeu que o programa para recuperar o pavimento em toda a capital destinará R$ 5 milhões somente ao Gama. “Além disso, em breve vamos inaugurar um terminal rodoviário aqui”, afirmou.

Morador de Santa Maria, o aposentado Enoque Rocha demonstrou preocupação com a saúde pública na região e em todo o DF. Rollemberg admitiu os graves problemas na área, mas destacou os esforços para minimizar os transtornos nos hospitais, nos centros de saúde e nas unidades de pronto atendimento (UPAs). “Realmente, a situação é angustiante, mas, aos poucos, vamos avançando. Contratamos 705 profissionais desde o início do ano e estamos trabalhando para descentralizar a gestão e fortalecer os conselhos de saúde.”

Participaram da conversa no Gama os secretários de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos; de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas; de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, Jane Klebia Reis; de Educação, Júlio Gregório Filho; do Esporte e Lazer, Leila Barros; e de Desenvolvimento Humano e Social, Marcos Pacco; os administradores regionais do Gama, Maria Antônia Rodrigues Magalhães; do Riacho Fundo II, Francisco Medeiros; do Recanto das Emas, Fábio Viana Ávila; e de Santa Maria, Nery Moreira da Silva; além de representantes de outras unidades do governo.

Quatro encontros
O projeto Voz Ativa no Planejamento terá quatro audiências públicas. A próxima e última será no Plano Piloto, em 27 de agosto. A primeira ocorreu em Samambaia, com moradores de Águas Claras, Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga e Vicente Pires. Sobradinho II sediou a segunda reunião, que contou com representantes da Fercal, do Itapoã, de Planaltina, do Paranoá, de Sobradinho I e II e dos condomínios da região norte.

No evento de hoje, os 25 primeiros inscritos fizeram sugestões diretamente a Rodrigo Rollemberg. As outras propostas foram encaminhadas para análise. Quem não pôde comparecer ao encontro tem a oportunidade de participar com ideias por meio de um formulário eletrônico disponível no site da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão.

O PPA estabelece metas a serem alcançadas pela administração pública nos próximos quatro anos. O objetivo é alinhar os projetos do Executivo à realidade orçamentária, tendo a participação popular como elemento fundamental no processo. A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que pelo menos uma audiência pública seja feita durante a elaboração do plano, mas, para o próximo quadriênio, a orientação do governador é ampliar a participação dos cidadãos nas decisões governamentais. Até 15 de setembro, o PPA deve ser entregue para apreciação na Câmara Legislativa.

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