03/09/2015 às 14:44

Número de homicídios em agosto é o menor dos últimos 8 anos no DF

Crimes contra o patrimônio também apresentaram redução de 13,7%, em comparação ao mesmo período do ano passado

Por Rafael Alves, da Agência Brasília


O diretor-geral do Detran, Jayme Amorim de Sousa, o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Arthur Trindade, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Florisvaldo Ferreira Cesar, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos
O diretor-geral do Detran, Jayme Amorim de Sousa, o diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, o secretário da Segurança Pública e da Paz Social, Arthur Trindade, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Florisvaldo Ferreira Cesar, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Atualizado em 3 de setembro de 2015, às 15h50

Agosto de 2015 registrou o menor número de homicídios do Distrito Federal dos últimos 97 meses. De acordo com o balanço mensal sobre criminalidade, divulgado nesta quinta-feira (3) pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, foram registradas 35 mortes no oitavo mês do ano contra 27 em junho de 2007.

A quantidade de crimes violentos — homicídio, latrocínio, sequestro-relâmpago e estupro — também caiu nos oito primeiros meses do ano e está 13,2% abaixo das ocorrências no mesmo período de 2014. Houve ainda queda de 13,7% nos delitos contra o patrimônio. A maior redução se deu no roubo a comércio, seguido de roubos e furtos a veículos. O índice de roubo a residências, porém, subiu e chegou a 432 casos em 2015, 13,4% acima do registrado de janeiro a agosto do ano passado.

O secretário da Segurança e da Paz Social, Arthur Trindade, destacou que a queda nas estatísticas é reflexo do planejamento das ações policiais e da integração das forças, parte do programa Viva Brasília — Nosso Pacto pela Vida. “Temos que caminhar muito ainda, mas é seguro dizer que a violência está caindo no DF.” Quanto ao roubo a residência, o gestor explicou que houve uma migração dos tipos de crime e que está em andamento um estudo específico sobre esse delito.

Para o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Florisvaldo Ferreira Cesar, as ações integradas e a retirada de armas de fogo das ruas possibilitaram a melhoria nos números. “São mais viaturas e policiais trabalhando efetivamente, além do emprego inteligente do efetivo.” Desde abril, 1.734 servidores da PM reforçaram o policiamento nas ruas do DF. Diariamente, 2.080 atuam em atendimentos emergenciais e outros 690 em operações e atividades diversas.

Até o mês passado, a Polícia Civil cumpriu 5.923 mandados de prisão, 2,4% a mais que no mesmo período de 2014. Sobre a greve dos agentes, iniciada na terça (1º), o diretor-geral da corporação, Eric Seba, informou que o atendimento mínimo necessário está sendo cumprido e que aguarda um desfecho favorável nos próximos dias. “Existe uma defasagem salarial há anos na categoria. O pleito foi repassado para o governo, e estamos fazendo diversas reuniões para equacionar as demandas do sindicato e da polícia”, completou.

Queimadas
A intensificação da seca levou a mais incêndios florestais em agosto. Foram 1.522 atendimentos. A área total queimada, em hectares, é 3,78% maior que a do mesmo mês do ano passado. O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Hamilton Santos Esteves Junior, informou que diariamente são feitos sobrevoos e ações de monitoramento e prevenção nos parques e áreas de risco de Brasília. Ele ressalta que muitos casos ocorrem por falta de cuidados da população. “A maioria das causas de incêndios tem ação humana; então a gente pede para que as pessoas evitem queimadas em terrenos.”

Acesse o balanço da Segurança Pública referente a agosto.

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