14/10/2015 às 12:16

Campanha Brasília Limpa propõe união para criar uma cidade sustentável

Caminhões de coleta de lixo trazem estampado o telefone para informações sobre os dias e os horários de recolhimento de resíduos

Por Samira Pádua e Dayane Oliveira, da Agência Brasília


. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) tem o apoio de mais de 20 instituições públicas e privadas na campanha Brasília Limpa — Sua Atitude Faz a Diferença. A ação conta com projetos e programas que visam contribuir para uma cidade sustentável. O propósito também é chamar a atenção da população para a responsabilidade compartilhada na manutenção da limpeza.

“Nosso trabalho é buscar o comprometimento do cidadão, da população do Distrito Federal, com essa Brasília limpa e sustentável”, explica a diretora-geral da autarquia, Kátia Campos. “A obrigação legal de limpar a cidade é do SLU, mas mantê-la limpa é uma contribuição de todos.”

Atitudes simples podem ajudar. Uma delas é embalar corretamente materiais cortantes e pontiagudos antes de descartá-los. Não jogar lixo no chão, separar coleta convencional da seletiva e colocar os resíduos para recolhimento nos dias e nos horários corretos completam a cartilha do cidadão consciente. “Se a população não participar, a cidade não vai ficar limpa”, sustenta Kátia.

Mudança de hábitos
Dados do Relatório do Diagnóstico de Resíduos Sólidos produzido pelo SLU mostram que, em 2014, os custos relacionados a serviços de limpeza urbana no DF somaram R$ 443.347.285. Cerca de 25% desse valor são relacionados à varrição manual e mecanizada de vias. “Nosso esforço é construir hábitos saudáveis com a população, mas com o menor custo possível”, explica Kátia.

Nesse sentido, ações são executadas desde o primeiro semestre. Uma delas é o De Olho na Coleta — encontros nas administrações regionais com participação de lideranças locais. Neles, são divulgados os dias e os horários das coletas convencional e seletiva e discutidos assuntos relacionados ao tema. A ideia é que as informações sejam repassadas à população para que ela participe do processo, inclusive, opinando sobre a qualidade dos serviços prestados.

Tiago Mendes Vieira, de 73 anos, é morador do Cruzeiro e presidente do Conselho Comunitário de Segurança da região. Ele esteve na reunião promovida na administração regional em 8 de outubro e considerou o evento importante. “A limpeza da cidade deve fazer parte da cultura de cada um; as pessoas têm de ser educadas para fazer a seleção do lixo, não jogá-lo aleatoriamente. E, nós que representamos, dirigimos entidades, temos que criar uma consciência na população para fazer a coisa certa.”

Segundo Kátia Campos, o próximo ciclo de debates, a ser marcado, discutirá pontos irregulares de depósito de lixo. A Agência de Fiscalização (Agefis) se encarrega de mapear esses locais em Brasília.

Descarte irregular
Em Ceilândia, governo e comunidade conseguiram transformar uma área onde havia descarte irregular na QNN 25. Segundo o comerciante Márcio Nunes Papa, de 32 anos, depois que houve a retirada do lixo e um jardim foi criado, as pessoas começaram a frequentar o local. “Eles vêm aqui tirar foto, e até o meu comércio melhorou”, anima-se.

Outro ponto da campanha Brasília Limpa é a capacitação interna, por meio do projeto Vem Saber, e de grupos interessados em desenvolver projetos voltados à gestão adequada dos resíduos sólidos. No primeiro caso, foram ministradas 20 palestras. No segundo, haverá uma primeira reunião com integrantes de 39 escolas católicas do DF na semana que vem. Os interessados em participar podem entrar em contato com a Gerência de Gestão Ambiental da autarquia pelo número 3213-0121, das 9 às 17 horas, ou pelo e-mail ambiental.slu@gmail.com.

Outras ações
A diretora-geral do SLU, Kátia Campos, destaca outras intervenções que reforçam a campanha, como o estudo de contratos da autarquia para serem executados com mais eficiência, visando à melhoria dos serviços; à retomada das obras do Aterro Sanitário Oeste; à adoção de medidas que transformaram o Lixão do Jóquei em aterro controlado; e à posse dos membros do Conselho de Limpeza Urbana (Conlurb), que pela primeira vez foi instituído no DF, apesar de a criação ter sido aprovada em 1994.

Também foram feitas atividades como flash mob (aglomeração instantânea de pessoas para promover ação inusitada e previamente combinada) e distribuição de mudas de flores — ambas com o propósito de reforçar a importância de colaborar com a limpeza urbana.

Mais informações
Para saber os dias e os horários das coletas convencional e seletiva, o cidadão pode acessar a página do SLU ou ligar para o 3213-0153
Reclamações sobre o serviço: número 162

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