01/01/2016 às 08:07, atualizado em 12/05/2016 às 17:51

Réveillon na Prainha reforça a diversidade do povo brasileiro

Cerca de 20 mil pessoas comemoraram a chegada de 2016 às margens do Lago Paranoá

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Atualizado em 1º de janeiro de 2016, às 13h15

Na Praça dos Orixás, mais conhecida como Prainha, os pedidos, os agradecimentos e as promessas para o novo ano foram feitos às margens do Lago Paranoá. Faltando dez minutos para a meia-noite, barquinhos com oferendas foram levados até a beira d’água. Assim que o relógio marcou a chegada de 2016, uma chuva de fogos de artifício coloriu, por 5 minutos, o céu de Brasília e se misturou a tantos outros em vários pontos da região.

“Nesse balaio eu não peço apenas por mim ou por minha família, mas por todos nós. Eu peço mais união entre os povos”, disse o aposentado Wesley Marconi Lemos, de 55 anos, morador de Valparaíso, que há quatro anos frequenta a praça.

De acordo com o tenente Daniel Bessa, da Polícia Militar do Distrito Federal, cerca de 20 mil pessoas passaram pelo evento. Desde as 20 horas, atrações musicais — como o grupo Surdodum, o percussionista Nãnam Matos, a cantora Emília Monteiro e a banda Filhos de Dona Maria — e celebrações de religiões de matrizes africanas encantavam o público. O ponto alto da festa, que teve também a presença do secretário de Cultura, Guilherme Reis, foi o show da maranhense Rita Benneditto. Com o que ela chama de tecnomacumba, o som não deixou ninguém ficar parado. 

Quando Rita cantava a música É d’Oxum, do compositor baiano Gerônimo Santana, por volta da 1h10, o governador Rodrigo Rollemberg, chegou ao local acompanhado da esposa, Márcia Rollemberg. Após o show, ele fez questão de falar da importância de um evento como esse. “Minha presença aqui significa uma convocação à generosidade, à tolerância e ao respeito. O réveillon na Prainha mostra o quanto a diversidade compõe a formação do povo brasileiro”, destacou o chefe do Executivo, que lamentou o fato ocorrido na segunda-feira (29), quando destruíram parte da estátua de Oxalá.

Para Pai Francisco de Ogum, do movimento umbandista no Distrito Federal, o momento da virada serve para pedir paz e união para o novo período que se apresenta. Ele citou os regentes de 2016: Oxalá, Iemanjá e Oxum. “Eu vejo um ano de mudanças no Brasil. Será uma época para buscarmos novas possibilidades no lado profissional, no financeiro, no amor e na política.”

Trânsito e segurança
A Diretoria de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito (Detran) interrompeu o fluxo de veículos na Ponte Honestino Guimarães das 23h30 à 1 hora. Os acessos à via L4 Sul em frente à Praça dos Orixás foram fechados durante o evento, mas o Detran terminou a operação por volta das 6 horas e liberou o local.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal atendeu apenas um homem de identidade não divulgada que machucou o ombro após tropeçar e cair no chão. A Polícia Militar relatou furtos a veículos, uma vez que havia mais dois eventos particulares nas proximidades e isso elevou consideravelmente a quantidade de carros estacionada na região.

Além desses casos, uma arma de fogo de calibre 22 foi apreendida, mas o dono não foi identificado. No Setor Bancário Sul, por volta da 0h05, um revólver calibre 38 foi encontrado abandonado próximo a uma área onde estavam alguns ambulantes, o objeto foi apreendido após denúncia anônima.    

Leia também:

6 mil pessoas celebram a chegada do novo ano no Museu da República

Veja a galeria de fotos:

https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/albums/72157660693244384″ title=”Réveillon na Prainha reforça a diversidade do povo brasileiro”>https://farm2.staticflickr.com/1700/23731914249_5b3d8f3220_c.jpg”width=”800″ height=”534″ alt=”Réveillon na Prainha reforça a diversidade do povo brasileiro”>