07/04/2016 às 14:51

Brazlândia volta a ter reforço no combate à dengue

Nesta quinta (7), equipes do SLU limparam coberturas de paradas de ônibus e recolheram entulho na região. Trabalhos envolveram outros órgãos do governo local e militares do Exército

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


Funcionários do SLU recolheram entulho e limparam locais como a cobertura de paradas de ônibus
Funcionários do SLU recolheram entulho e limparam locais como a cobertura de paradas de ônibus. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Atualizado em 7 de abril de 2016, às 14h59

A manhã desta quinta-feira (7) em Brazlândia foi de trabalho intenso, mais uma vez, para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. A força-tarefa do governo de Brasília envolveu 120 militares do Exército Brasileiro, 90 do Corpo de Bombeiros, 134 agentes da Secretaria de Saúde e 12 servidores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Em 24 de fevereiro, cinco carros fumacês aplicaram inseticida em toda a região administrativa, que apresenta o maior número de casos da doença no Distrito Federal neste ano: 1,5 mil.

O SLU também levou seis caminhões e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), cinco, para recolher lixo e entulho em vias públicas. Entre as ações para eliminar possíveis focos de proliferação de larvas do inseto constam ainda a colocação de areia em ocos de árvores, vistoria em coberturas de paradas de ônibus, em borracharias, funilarias, floriculturas, casas de material de construção e ferros-velhos. Para ajudar na inspeção das residências, utilizaram-se nove bombas de aspersão de inseticida.

Na Quadra 2 do Setor Norte, o Departamento de Trânsito (Detran) participou da ação com blitz educativa. Além de orientar os moradores sobre o uso da faixa de pedestre, que comemora 19 anos de regulamentação, dois agentes entregaram panfletos com instruções para erradicar o mosquito.

Além do Setor Norte, são alvos da ação de hoje: o Setor Sul, o Setor Veredas e a Vila São José. Segundo o chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para a Prevenção de Endemias da Secretaria de Saúde, Aílton Domicio, as áreas escolhidas foram aquelas onde se registrou a maioria dos diagnósticos positivos de dengue.

Domicio acrescenta que a partir do dia 13 outras regiões receberão a mesma operação realizada em Brazlândia.”Vamos definir as prioridades com base nos informativos epidemiológicos.”

A atividade ocorreu hoje em alusão ao Dia Mundial da Saúde — 7 de abril. O tema definido pela Organização Mundial da Saúde foi o diabetes, mas no Brasil o Ministério da Saúde considerou necessária a alteração para “O Enfrentamento ao Aedes e suas Consequências”.

Integração
O representante do Corpo de Bombeiros na sala de situação — criada em 29 de dezembro no quartel do comando-geral da corporação —, major Omar Oliveira, reforça que é fundamental a articulação entre os órgãos. “A integração do poder público mostra a sua funcionalidade desde o início, com vigilantes de outras áreas deslocados, militares cada vez mais engajados e instituições públicas conscientes do problema.”

Oliveira destaca que qualquer esforço será em vão se a população não adotar cuidados domésticos como esvaziar água de vasos de plantas, armazenar garrafas vazias de cabeça para baixo e limpar calhas do telhado. “Quinze minutos semanais na residência fazem toda a diferença para quebrar o ciclo de vida do mosquito.”

A ação desta manhã contou ainda com o apoio operacional da Administração Regional de Brazlândia e da Agência de Fiscalização, e a articulação entre os órgãos feita pela Casa Civil do governo de Brasília.

Tendas
Desde 11 de fevereiro, 7.634 pessoas foram atendidas na unidade básica de atenção à dengue montada no estacionamento do Hospital Regional de Brazlândia. Na primeira semana de abril, cerca de 700 pacientes procuraram algum tipo de atendimento.

Em São Sebastião, de 19 de março até ontem, 6.594 pacientes recorreram às tendas em frente à unidade de pronto-atendimento (UPA) da região, na Quadra 102. Moradores com sintomas de dengue e suspeita das outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti podem obter orientações, fazer o teste rápido e, dependendo do caso, serem internados para hidratação.

As unidades funcionam das 8 às 18 horas, diariamente inclusive nos fins de semana, com três a cinco médicos da atenção primária. Além deles, há enfermeiros, técnicos de enfermagem e equipe de laboratório.

Os últimos dados sobre a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya podem ser encontrados no Informativo Epidemiológico nº 14, divulgado pela pasta de Saúde na quarta-feira (6).

Veja a galeria de fotos:

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