02/04/2014 às 18:51

Pró-Vítima dará assistência jurídica e psicológica à família de Yorrally

Adolescente foi assassinada pelo namorado em março; caso chamou a atenção para a questão da maioridade penal

Por Da Redação, com informações da Sejus


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (2/4/14) – A equipe multidisciplinar da Subsecretaria de Proteção às Vítimas de Violência (Pró-vítima), da Secretaria de Justiça Direitos Humanos e Cidadania (Sejus-DF), dará assistência jurídica e psicólogica à família da adolescente Yorrally Ferreira, 14 anos, morta com um tiro no rosto.

 

Nesta quarta-feira (2), a equipe e os familiares da adolescente têm um encontro com a deputada federal Keiko Ota para falar sobre os direitos das vítimas e as reivindicações da família, entre elas a lei da redução da maioridade penal.

 

“Eu espero justiça. Quero que ele pague pelo que fez. Acabou com a nossa família. Já morri por dentro, só falta morrer por fora. Meu marido não tem ânimo nem para trabalhar”, declarou a mãe da vítima, a dona de casa Rosemary Dias da Silva.

 

O crime aconteceu em 9 de março, na região conhecida como Prainha, no Gama. O namorado da vítima postou na internet uma foto de Yorrally morta, na cena do crime. Ele a matou dois dias antes de atingir a maioridade penal, 18 anos, o que o livrou de responder como adulto pelo ato.

 

A família da adolescente está há dias acampada em frente ao Palácio do Planalto para chamar a atenção das autoridades para o caso. A mãe da vítima quer a aprovação do projeto que reduz a maioridade penal. Para Ota, é preciso revisar urgentemente o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no que se refere a essa questão.

 

PIONEIRISMO – A assistência da equipe da Subsecretaria de Proteção às Vítimas – um projeto pioneiro no Brasil – é voltada para vítimas de diferentes situações, tais como homicídio, latrocínio, violência sexual e doméstica, acidente de trânsito e sequestro-relâmpago.

 

Com média de mil atendimentos mensais, o Pró-vítima tem como missão avaliar as condições socioeconômicas das famílias, como desemprego, violência, dependência química, entre outras, para fazer possíveis encaminhamentos ou intervenções; orienta ainda sobre garantia de direitos, como Benefícios de Prestação Continuada (BPC), auxílio-natalidade, auxílio-funeral, Bolsa Família etc.

 

Atualmente, o Pró-vítima atende em cinco unidades: na sede, localizada na Sejus, na Estação Rodoferroviária; nos núcleos Paranoá, Ceilândia, Plano Piloto (na Estação 114 Sul do Metrô) e Guará (QELC Alpendre dos Jovens, no Lucio Costa).

 

(C.C.*)