Grupo formado pelo Corpo de Bombeiros reúne centenas de militares e conta com aviões, helicópteros, carros e caminhões

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11/09/2011 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:55

Força-tarefa contra incêndios

 

Grupo formado pelo Corpo de Bombeiros reúne centenas de militares e conta com aviões, helicópteros, carros e caminhões

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. Foto: Pedro Ventura

Ailane Silva, da Agência Brasília

O Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) montou uma força-tarefa para combater os incêndios florestais no Distrito Federal, que atingem principalmente o Jardim Botânico, a Floresta Nacional e na Reserva da Aeronáutica. Além do quantitativo normal dos grupamentos, cerca de 600 militares, três aviões, dois helicópteros, 29 viaturas, carros-pipa e o avião Air Tractor AT-802F, aeronave que entrou em ação na sexta-feira (9/9), são utilizados para combater o fogo.

 
A corporação, integrada por militares com curso de especialização em prevenção e combate à incendios florestais, ministrada pelo  próprio CBMDF,  conta com auxílio de outros órgãos – como a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap),  Força Aérea Brasileira (que cedeu um avião para reforçar o trabalho), Coordenadoria das Cidades, Defesa Civil, Caesb e Serviço de Limpeza Urbana. A atuação acontece durante 24 horas em 13 Centros de Socorro Florestal, distribuídos em vários pontos do DF. Após receber o chamado, o tempo-resposta para chegar ao local é de 8 a 15 minutos.

 
De acordo com o tenente-coronel do CBMDF, Toni Monteiro, mais de 10 mil hectares do Distrito Federal já foram consumidos pelas chamas desde o início do ano. A quantidade representa cerca de 2.500 focos de incêndio em todo o território. “A baixa umidade do ar, que desidrata a vegetação, aliada a temperatura muito alta fizeram com que, nestes dois últimos meses, o número de focos de incêndio aumentasse e também, que a propagação do fogo seja mais rápida”, explicou.
 
Flona –  Na sexta-feira, um dos pontos mais críticos atingido pelas chamas era a Floresta Nacional (Flona), onde foram identificados três focos de incêndio. O maior estava na Flona 1, que abriga o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), o viveiro e a administração do parque, o que  permitia facilmente que as chamas se deslocassem para o Parque Nacional. Cerca de 70% da área foi queimada.

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Após ter esse foco sob controle, cerca de 90 bombeiros com o apoio do avião da Força Aérea, quatro carros-pipa e três carros de água se dirigiram para a Flona 2 e 3 para combater outros dois focos. “Além dos animais mortos e da vegetação queimada, um evento como esse prejudica também pequenas nascentes da região, que chegam a desaparecer, e, pode causar sérios danos a barragem do Rio Descoberto. Ela abastece 65% da população do DF”, revelou a chefe da Flona, Miriam Onorato.

 
Além da Flona, outros pontos que estão sendo monitorados pelos bombeiros são a Reserva Ecológica Águas Emendadas, áreas próximas ao Aeroporto, Jardim Botânico e o Parque Nacional de Brasília.

 
Ainda de acordo com o tenente-coronel Toni Monteiro,  93% das causas de incêndio estão ligadas direta ou indiretamente à ação humana. A ação direta é quando um indivíduo ateia fogo intencionalmente no local. A ação indireta se dá, principalmente, em propriedades particulares, quando o cidadão deixa de fazer um bom acero, não mantém a vegetação roçada e não cuida do seu lixo. Com isso, o fogo tende a se propagar mais rápido.

 
O Corpo de Bombeiros alerta  para outros cuidados a fim de evitar as queimadas: não fazer fogueiras em pequeniques ou acampamentos, evitar soltar fogos de artifício, não jogar pontas de cigarro na vegetação e tomar cuidado com quaisquer tipo de material combustível. “O clima seco também pode propiciar que determinadas situações como, por exemplo, possíveis faíscas oriundas de redes elétricas possam chegar às árvores ou vegetação desitratada, causando um incêndio”, ressaltou o major Mauro Sérgio de Oliveira.

 
Prevenção
 

O CBMDF atua com diversas ações para conscientizar a população da prevenção de queimadas. Uma delas é a visita feita pelos militares às chacarás e comunidades rurais para ensinar técnicas para fazer fogueiras ou queimadas quando necessário. Essa preocupação é gerada em função do incêndio florestal se propagar mais rapidamente do que aqueles que acontecem na área urbana. “Além  da vegetação, que é um agravante, o vento também faz com que as chamas mudem de direção a todo momento”, explicou o major Oliveira.

 
Escolas na área urbana e rural também são visitadas pela equipe, que ensina aos estudantes como prevenir queimadas e proteger o meio ambiente. Outro trabalho, que é feito quando solicitado pelo telefone 193, são as orientaçõs para realizar qualquer tipo de queimada. A pessoa liga e os militares podem passar a informação e orientação por telefone ou ir ao local, se necessário.

 
Em caso de incêndio

 
Ao identificar um foco de incêndios, tanto em área urbana quanto rural, o cidadão deve ligar para a Central de Atendimento do Corpo de Bombeiros 193. A ligação é gratuita.