Sugestões da Secretaria de Transportes incluem a licitação pelo sistema de regiões e a implantação de uma malha de transportes inteligente, integrada e com tarifa única

" /> Sugestões da Secretaria de Transportes incluem a licitação pelo sistema de regiões e a implantação de uma malha de transportes inteligente, integrada e com tarifa única

">

14/12/2011 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:51

População discute transporte público

Sugestões da Secretaria de Transportes incluem a licitação pelo sistema de regiões e a implantação de uma malha de transportes inteligente, integrada e com tarifa única

Por


. Foto: Brito

Carlos Rezende, da Agência Brasília

Um novo modelo de concessão para o sistema de transporte coletivo da Capital Federal foi assunto de debate, nesta quarta-feira (14/12), em audiência aberta à população, que lotou o auditório do Ministério Público do Distrito Federal. Os principais pontos do projeto sugerido pela Secretaria de Transportes e discutidos foram: a licitação pelo sistema de bacias e não mais por frota; a regularização dos ônibus que estão operando sem contrato; a retirada de circulação de veículos com mais de sete anos de uso; e a implantação de uma malha de transportes inteligente, integrada e com tarifa única. Segundo a Secretaria, o edital deve ser lançado até fevereiro e, em setembro, a nova frota deverá estar rodando.
 
“O sistema de transportes do DF, que conta com décadas de problemas, não poderia ser resolvido com bravatas ou ações pontuais. O sistema chegou a esse ponto exatamente porque não se parou para reavaliá-lo. Ao contrário, jogaram linha em cima de linha e chegou-se a esse emaranhado que hoje nós vivemos”, observou o secretário de Transportes, José Walter Vazquez Filho. “Por isso, estamos tentando, junto com a sociedade e especialistas, moldar a proposta que nós trouxemos. Vamos fazer uma concorrência pública para trocar os operadores”, completou.
 
Sistema de bacias – O secretário explicou que o sistema de bacias divide as operações em bacias (ou regiões) e não mais por linhas. “Dessa maneira, cada área é licitada para um grupo de empresas que vão operar linhas superavitárias e deficitárias que se compensam entre si. Esse sistema é utilizado em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia, Rio de Janeiro e Curitiba, que é considerado modelo de transporte público.
 
Segundo Vazquez Filho, serão definidas entre quatro e sete bacias para todo o Distrito Federal. “Vamos definir em função da audiência. Os operadores dentro das bacias terão responsabilidade total, mas sob controle do governo”, destacou.
 
A presidente da Associação de Usuários de Transportes Coletivos do DF, Lidiane Mendes, estava confiante na importância da audiência. “Há quatro anos que nós da associação estamos brigando por um transporte coletivo de qualidade para Brasília e toda a área metropolitana. Uma de nossas maiores reivindicações é a criação do bilhete único”, disse.