Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, o governador Agnelo Queiroz avalia o primeiro ano de governo e traça os objetivos para 2012 em áreas como Educação, Saúde, Transporte e Segurança Pública. Ele também destaca o trabalho do GDF no combate à miséria e os preparativos para os grandes eventos esportivos que serão realizados em Brasília

Quando assumiu o Governo do Distrito Federal (GDF), há exatamente um ano, o governador Agnelo Queiroz encontrou Brasília em situação alarmante. Por todo o DF, havia canteiros com mato alto, buracos nas ruas e lixo sem recolher. A Saúde Pública estava em estado de calamidade, com hospitais sem condições de uso e falta de profissionais, equipamentos e materiais. Os convênios estavam sem prestação de contas. Inadimplente, o Distrito Federal não podia fazer novos convenios com a União.

Devido à situação, 2011 foi, como diz o governador Agnelo Queiroz, um ano de organizar e arrumar a casa. Já 2012, com a cidade organizada e as contas equilibradas, será de conquistas e realizações. O governador aposta que Brasília dará este ano um grande salto econômico e também humano. Estão previstas ações nas mais diversas áreas. O governo também segue firme nos preparativos para sediar os grandes eventos esportivos internacionais que começam em 2013, com a abertura da Copa das Confederações.

Nesta entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, o governador Agnelo Queiroz avalia os primeiros doze meses de gestão e destaca as principais ações que serão realizadas pelo Governo do Distrito Federal em 2012.

Como o senhor avalia o primeiro ano de governo? Quais as dificuldades enfrentadas?

Sem dúvida, 2011 foi um ano de muito trabalho e muita luta. Foi um ano difícil, que demandou muita dedicação de todos que integram o Governo do Distrito Federal, uma média de 17, 18 horas de trabalho por dia. Foi um período em que organizamos e arrumamos a casa, uma etapa que considero superada, mas que foi de extrema importância para darmos prosseguimento ao trabalho que está sendo feito. Quando chegamos ao governo, encontramos uma situação alarmante: canteiros com mato alto, buracos nas ruas e lixo sem recolher. Os convênios estavam sem prestação de contas e, por causa da inadimplência, não podíamos fazer novos convenios com a União. O CNPJ do GDF só foi liberado no fim do ano, após grande esforço de todas as áreas. Foi uma situação extremamente difícil, porque tivemos que manter o sistema de saúde funcionando e as escolas também. Reformamos 300 escolas para o início do ano letivo. Entrando no segundo ano de governo, podemos dizer que superamos uma fase e iniciamos outra, a de construção e de resultados. Lançamos as bases, organizamos o governo, as finanças e a parte de pessoal. Vamos continuar plantando, mas já vamos colher alguns frutos do nosso trabalho neste ano que começa. Agora, com a casa mais arrumada e as contas equilibradas, estamos implantando muitos dos nossos programas de governo.

Qual a sua expectativa para o GDF neste novo ano?

Podemos esperar que o ano de 2012 será de muitas conquistas e realizações. Brasília vai dar um grande salto econômico e também humano. Vamos começar um novo ciclo, o de realizações. Vamos entregar aquilo que prometemos para a população. Isso exige maior eficiência, mais agilidade na máquina pública. Não dá mais para alegar desconhecimento, desaparelhamento.

Como médico e gestor público, como o senhor avalia a saúde pública no DF? Quais são as ações planejadas para 2012?

Quando assumimos o Governo do Distrito Federal nos deparamos com uma situação muito grave, pior até do que imaginávamos. Chovia dentro do centro cirúrgico do Hospital do Gama e o centro cirúrgico do Hospital de Ceilândia estava fechado por causa de contaminação de piolho de pombo. A precariedade das instalações físicas, a falta de medicamentos e de profissionais compunham um quadro dramático. Para iniciar a reversão desse quadro, contratamos 4,5 mil novos profissionais de saúde, compramos equipamentos e ambulâncias de alto padrão, reformamos a rede de saúde, realizamos mutirões de cirurgia e entregamos 100 novos leitos de UTI para a comunidade, provocando uma redução de 60% no número de pedidos judiciais para internações. Inauguramos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia e os pronto-socorros do Hospital de Planaltina e de Taguatinga, considerado hoje um dos melhores do Brasil. Tive o grande prazer e orgulho de entregar o Hospital da Criança, um sonho antigo da comunidade de Brasília para crianças e adolescentes com câncer e doenças graves. Promovemos a reforma de vários centros de saúde e hospitais. A inauguração da primeira Clínica da Família do DF, localizada em Samambaia, com um investimento de R$ 2,8 milhões, mostra a mudança significativa no modelo de gestão da saúde pública. Esse modelo prioriza a prevenção e o controle de doenças, com visitas de equipes médicas na casa de moradores. Até o final de 2014, o DF terá 42 Clínicas da Família. O ano de 2012 será dedicado à Atenção Básica da Saúde, à ampliação das equipes do Saúde da Família e à ampliação da rede de urgência e emergência, as UPAs. Com essa rede, o melhor funcionamento dos centros de saúde e mais equipes do Saúde da Família fazendo o trabalho da atenção básica, tenho certeza que no final de 2012 a população já vai sentir a melhoria do sistema público de saúde.

Outra área importante e que ainda recebe muitas críticas da população do DF é o transporte público. Que projetos o governo pretende realizar na área em 2012? Essa é uma prioridade do GDF?

Transporte público de qualidade é uma das prioridades do governo. Logo de início nós reassumimos a gestão do Sistema de Bilhetagem Automática (Fácil). Esse foi o primeiro passo para consolidar o novo modelo para o transporte público coletivo que queremos, com monitoramento eletrônico, câmara de compensação, corredores exclusivos e bilhete único. Em 2011, também fizemos a primeira grande manutenção do metrô em 10 anos, com 42,5km de via revisados. Acredito que a mobilidade urbana será uma grande novidade para os moradores do DF. No entanto, para estimular o uso do transporte coletivo, temos que criar as condições e melhorar o sistema para que ele tenha qualidade. Vamos implantar um sistema de mobilidade urbana de qualidade, a partir de um grande investimento, com vias exclusivas nas principais artérias e a ampliação do metrô. O GDF se credenciou junto à União para participar do Programa de Aceleracao do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana, que prevê R$ 2,4 bilhões em investimentos. Espero que até o final de janeiro a nossa presidenta anuncie as outras obras de mobilidade urbana no DF. Já estamos iniciando todo o processo de licitação para a compra dos aparelhos de GPS para os ônibus. É um aparelho para monitorar e garantir que os coletivos cumpram o horário e também façam o seu itinerário da forma correta. Não pode haver atraso. Além disso, vamos instalar corredores exclusivos de ônibus em áreas importantes. A primeira faixa exclusiva para ônibus de Brasília, na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPBN), entrou em funcionamento em 27 de dezembro e já reduziu o tempo que os passageiros levam para cruzar a via.

Em 2011, Brasília passou a ter uma maior visibilidade internacional. Podemos afirmar que essa presença se deve ao fato da cidade ter garantido sua participação em eventos internacionais importantes como a Copa do Mundo e a Copa das Confederações?

Sem dúvida. Essa foi uma conquista maravilhosa que, com certeza, vai dar uma grande visibilidade à nossa cidade, tanto no plano nacional como internacional. Quem vai abrir o circuito da Copa do Mundo será Brasília, a partir da abertura da Copa das Confederações, em 2013. A obra do Estádio Nacional de Brasília é a mais adiantada do país, com 45% já realizada, e vai ser entregue em 31 de dezembro de 2012. O mundo inteiro vai conhecer Brasília e isso vai gerar oportunidade para o povo do Distrito Federal, além de gerar emprego e renda. Um exemplo disso são os filhos das famílias que recebem o , que estão fazendo curso de qualificação para a Copa e estão inscritos no programa de empreendedorismo individual. Vamos oferecer em 2012 quase 5 mil vagas para os filhos dessas famílias. A expectativa do GDF é que sejam capacitados, até 2014, 10 mil trabalhadores por ano no setor de prestação de serviços. Temos um grande projeto de inclusão social por meio do esporte. Colocamos em funcionamento cinco novos Centros Olímpicos Brazlândia, Gama, Recanto das Emas, Santa Maria e Estrutural que se juntaram ao de Samambaia, que já funcionava no governo anterior, e aos de Ceilândia e São Sebastião, que passaram por melhorias e ajustes e foram entregues pelo nosso governo à população. Ao todo, as oito unidades atendem hoje 10 mil alunos e, até o final de janeiro, serão 25 mil alunos, entre adultos e crianças. Também estamos trabalhando para transformar o autódromo Nelson Piquet em referência nacional. A ideia é que o autódromo seja uma arena Multiuso, nos moldes do Estádio Nacional de Brasília.

O Combate à Pobreza foi um assunto que entrou de vez na pauta do Governo do Distrito Federal. Segundo pesquisa do Dieese, são 93 mil famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. Quais as ações do seu governo para combater esse quadro?

A determinação do meu governo é reduzir essa situação de desigualdade no DF e estamos nos empenhando muito para isso. Em junho, lançamos o Plano pela Superação da Extrema Pobreza DF Sem Miséria, com o objetivo de instituir políticas de transferência de renda, formação de mão de obra qualificada e garantia de acesso da população a serviços públicos de qualidade, para erradicar a pobreza extrema no Distrito Federal. Esse plano segue a diretriz do que já é feito pelo governo federal no plano Brasil sem Miséria. Queremos que o Distrito Federal ofereça oportunidades iguais para todos, incluindo, a partir de agora, os segmentos mais excluídos da nossa população. Para isso, o GDF também quer contar com a participação de entidades da sociedade civil, movimentos sociais e outras organizações para o cumprimento desse plano. As pessoas interessadas em participar desse programa poderão solicitar o cadastramento pelo telefone 156, agendando visita da equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda. Hoje, no DF, são 93 mil pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. O nosso governo vai completar com R$ 30 o teto do benefício federal, fixado em R$ 70. Ou seja, as famílias do DF irão receber R$ 100 do Bolsa Família. Até 2014 vamos erradicar a pobreza extrema do DF.

O senhor fez do compromisso com a transparência uma das prioridades do seu governo. Criou, inclusive, uma secretaria dedicada ao tema. O que levou o senhor a tomar essa atitude?

Encontrei o governo em uma situação muito grave. O GDF estava com grandes dívidas, com contratos vencidos e sem prestação de contas. Essa situação demonstrou a importância da criação da Secretaria de Transparência, que surgiu com o objetivo de acompanhar a gestão dos recursos públicos, divulgar as informações sobre contratos e licitações, possibilitar denúncias a partir de um telefone gratuito, monitorar os gastos e investimentos, coibir a impunidade e prevenir e combater irregularidades. Com isso, demos início a auditorias em contratos e licitações. Somente no primeiro ano de criação, a secretaria fez 14 mil auditorias. Dentre as inovações para ampliar o controle sobre os gastos públicos, estão a criação de uma central de atendimento a partir de um telefone 0800, para receber denúncias de corrupção, e a reformulação do Portal de Transparência do GDF. Além disso, já entramos com ação para que o dinheiro desviado seja devolvido aos cofres do governo. Estamos cobrando R$ 750 milhões que vão voltar aos cofres públicos. Implantamos o Orçamento Participativo, para que o cidadão participe de fato do planejamento da sua cidade. Construímos uma base diferente do que encontramos e com certeza agora vamos avançar e colher resultados desse trabalho.

Qual será o plano do GDF para a educação em 2012?

O nosso governo está focado na contratação e formação dos profissionais da educação. Uma conquista importante do setor foi a lei que estabelece a gestão democrática nas escolas públicas do DF, que vai garantir a participação da comunidade na escolha, por eleição direta, dos diretores de escolas. Professores e servidores poderão candidatar-se às vagas. Realizamos reformas e reparos em 300 escolas e, logo no início do ano, convocamos e contratamos, de forma imediata, 400 professores, preenchendo a totalidade das vagas. Na área de ensino especial, contratamos 100 técnicos de Gestão Educacional. Na área de capacitação, o GDF ofereceu cerca de 16 mil vagas em 130 cursos de formação continuada para professores e profissionais da Assistência à Educação, uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) e a União. Em 2012, teremos, entre outras ações, a gestão democrática, a educação integral e a ampliação das escolas técnicas. Em 2012, a educação é a área que tem mais recursos previstos pela Lei Orçamentária, o que reforça o compromisso do meu governo em oferecer educação pública de qualidade.

No campo da Ciência e Tecnologia, o GDF tem alguns planos audaciosos, como a instalação do Parque Capital Digital. Como está esse projeto?

O projeto de criação do Parque Tecnológico Cidade Digital está a todo vapor e as obras já estão em andamento. Concedemos na última semana de 2011 o primeiro alvará de construção na Cidade Digital, destinado ao Banco do Brasil, que construirá um Datacenter no local. A expectativa é de que a iniciativa crie 80 mil vagas de empregos, 20 mil até 2014, e transforme Brasília em referência mundial. A Secretaria de Fazenda já está trabalhando na elaboração de um pacote de créditos e incentivos fiscais e tributários para facilitar a instalação de indústrias limpas voltadas para os setores de Ciência, Tecnologia e Inovação. Também estamos empenhados em oferecer para a população do DF a internet banda larga gratuita, por meio do programa Conecta DF. A iniciativa já está em fase de testes na região central de Brasília. O próximo passo é testá-la em mais três cidades, localizadas nas regiões mais carentes do DF.

O projeto Brasília, Cidade Parque foi um dos destaques do seu primeiro ano como governador. Com qual objetivo essa iniciativa foi pensada?

Nosso projeto é transformar Brasília em uma cidade-parque. Para isso, vamos recuperar 68 parques e 22 unidades de preservação ambiental até 2014. Esse programa foi inspirado nos ideais de Lucio Costa e concebido pela Secretaria de Meio Ambiente, com o apoio de instituições públicas e privadas. O decreto de criação do programa traduz a visão da nossa concepção do que é Brasília: uma cidade moderna, futurista, que tem desenvolvimento, mas que é sustentável e que respeita o meio ambiente. O Parque de Uso Múltiplo da Asa Sul, o Parque Ecológico Águas Claras e o Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará, já estão passando por reformas e melhorias.

A programação cultural também foi um destaque em 2011. Como o senhor avalia o cenário cultural da cidade e o que tem de novidade para 2012?

Este ano, em outubro, realizamos a 44ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com novidades como o fim de critérios como ineditismo na exibição dos filmes. Além disso, o evento não se restringiu ao Cine Brasília. Os filmes também foram exibidos no Museu da República e em espaços culturais de Taguatinga, Ceilândia e Sobradinho, com público de mais de 26 mil expectadores. Palco da mostra há anos, o Cine Brasília começou a ser reformado pelo GDF. No primeiro semestre de 2011, foram realizadas a impermeabilização do teto e o sistema de para-raios. A segunda etapa prevê melhorias nos sistemas hidráulico, elétrico, de ar condicionado e de acessibilidade. Ao todo, serão gastos R$ 3 milhões na reforma. Também tivemos o prazer de realizar, em junho, o 1º Festival de Ópera de Brasília. Artistas locais e convidados de outros estados e até do exterior realizaram seis apresentações gratuitas. Em agosto, anunciei o investimento de R$ 55,5 milhões para o fomento de atividades culturais e para a preservação e valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural do DF. Já no início de 2012, a cidade vai receber o 1º Festival Internacional de Arte de Brasília, que será realizado de 4 de janeiro a 10 de fevereiro. Esse festival vai estimular o mercado cultural da cidade e vai ampliar as opções de cultura e lazer. Teremos apresentações de Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, Vanessa da Mata, Circo da China e do mexicano Jorge Fernández. O evento vai ser gratuito e em diversos pontos do Distrito Federal, como o Teatro Nacional, Centro de Convenções, Biblioteca Nacional, Museu da República, Cine Brasília e Regiões Administrativas.

O crack é um problema de segurança e saúde pública que preocupa cada vez mais a sociedade. Como o GDF pretende lidar com essa situação tão preocupante?

Para combater esse problema tão sério que aflige a nossa sociedade, lançamos um plano estratégico de combate ao uso e tráfico de crack e outras drogas. Esse plano segue os preceitos do Programa Nacional de combate ao crack do governo federal. Estamos ampliando a rede de atendimento às pessoas com dependência química e oferecendo alternativas de esporte e lazer para retirar as crianças e os jovens das ruas e dos riscos que isso representa. Também estamos agindo com forte presença da polícia na repressão aos crimes e ao tráfico e retomando tradicionais áreas de uso e venda de drogas e entregando de volta à comunidade. Ou seja, o Estado se faz presente para vencermos essa guerra contra as drogas. É claro que precisamos investir mais, mas já temos resultados muito positivos. Fechamos 2011 com redução de 34% nos índices de criminalidade no DF. Não temos dúvidas de que muito se deve à Operação Março Zero, que realizou monitoramento constante de 64 pontos de uso e tráfico de drogas no Plano Piloto, Taguatinga e Ceilândia.

Qual o balanço que o senhor faz da segurança no Distrito Federal em 2011?

Como já disse, chegamos ao final do ano comemorando o fato de que a criminalidade no DF foi reduzida em 34% este ano, em comparação com o ano passado. Podemos dizer que essa redução é resultado da política de Segurança Pública da atual gestão, com policiamento inteligente que integra o trabalho das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Detran. Estamos investindo em inteligência, na capacitação das equipes, na valorização de nossos servidores e na compra de equipamentos. Fizemos investimentos físicos e em equipamentos para as Polícias Militar. Compramos 600 novas viaturas para operações normais e especiais de batalhões como o Bope, oito barcos para a segurança do Lago Paranoá, dois novos helicópteros para o Batalhão de Aviação Operacional e 24 motocicletas para o 3º Batalhão de Trânsito). Para a Polícia Civil, compramos 203 viaturas, 1.425 coletes à prova de balas, equipamentos de rádio, de comunicação e de informática. Além disso, adquirimos seis ônibus equipados com acessórios de alta tecnologia que garantem mais eficiência e rapidez nas ações da Polícia Militar. Também está em andamento licitação para compra de 40 câmeras de segurança que serão instaladas na região central de Brasília (Rodoviária e setores Hoteleiro e Comercial, entre outros). Não tenho dúvida de que chegaremos a 2014 com um sistema de segurança invejável.

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Quando assumiu o Governo do Distrito Federal (GDF), há exatamente um ano, o governador Agnelo Queiroz encontrou Brasília em situação alarmante. Por todo o DF, havia canteiros com mato alto, buracos nas ruas e lixo sem recolher. A Saúde Pública estava em estado de calamidade, com hospitais sem condições de uso e falta de profissionais, equipamentos e materiais. Os convênios estavam sem prestação de contas. Inadimplente, o Distrito Federal não podia fazer novos convenios com a União.

Devido à situação, 2011 foi, como diz o governador Agnelo Queiroz, um ano de organizar e arrumar a casa. Já 2012, com a cidade organizada e as contas equilibradas, será de conquistas e realizações. O governador aposta que Brasília dará este ano um grande salto econômico e também humano. Estão previstas ações nas mais diversas áreas. O governo também segue firme nos preparativos para sediar os grandes eventos esportivos internacionais que começam em 2013, com a abertura da Copa das Confederações.

Nesta entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, o governador Agnelo Queiroz avalia os primeiros doze meses de gestão e destaca as principais ações que serão realizadas pelo Governo do Distrito Federal em 2012.

Como o senhor avalia o primeiro ano de governo? Quais as dificuldades enfrentadas?

Sem dúvida, 2011 foi um ano de muito trabalho e muita luta. Foi um ano difícil, que demandou muita dedicação de todos que integram o Governo do Distrito Federal, uma média de 17, 18 horas de trabalho por dia. Foi um período em que organizamos e arrumamos a casa, uma etapa que considero superada, mas que foi de extrema importância para darmos prosseguimento ao trabalho que está sendo feito. Quando chegamos ao governo, encontramos uma situação alarmante: canteiros com mato alto, buracos nas ruas e lixo sem recolher. Os convênios estavam sem prestação de contas e, por causa da inadimplência, não podíamos fazer novos convenios com a União. O CNPJ do GDF só foi liberado no fim do ano, após grande esforço de todas as áreas. Foi uma situação extremamente difícil, porque tivemos que manter o sistema de saúde funcionando e as escolas também. Reformamos 300 escolas para o início do ano letivo. Entrando no segundo ano de governo, podemos dizer que superamos uma fase e iniciamos outra, a de construção e de resultados. Lançamos as bases, organizamos o governo, as finanças e a parte de pessoal. Vamos continuar plantando, mas já vamos colher alguns frutos do nosso trabalho neste ano que começa. Agora, com a casa mais arrumada e as contas equilibradas, estamos implantando muitos dos nossos programas de governo.

Qual a sua expectativa para o GDF neste novo ano?

Podemos esperar que o ano de 2012 será de muitas conquistas e realizações. Brasília vai dar um grande salto econômico e também humano. Vamos começar um novo ciclo, o de realizações. Vamos entregar aquilo que prometemos para a população. Isso exige maior eficiência, mais agilidade na máquina pública. Não dá mais para alegar desconhecimento, desaparelhamento.

Como médico e gestor público, como o senhor avalia a saúde pública no DF? Quais são as ações planejadas para 2012?

Quando assumimos o Governo do Distrito Federal nos deparamos com uma situação muito grave, pior até do que imaginávamos. Chovia dentro do centro cirúrgico do Hospital do Gama e o centro cirúrgico do Hospital de Ceilândia estava fechado por causa de contaminação de piolho de pombo. A precariedade das instalações físicas, a falta de medicamentos e de profissionais compunham um quadro dramático. Para iniciar a reversão desse quadro, contratamos 4,5 mil novos profissionais de saúde, compramos equipamentos e ambulâncias de alto padrão, reformamos a rede de saúde, realizamos mutirões de cirurgia e entregamos 100 novos leitos de UTI para a comunidade, provocando uma redução de 60% no número de pedidos judiciais para internações. Inauguramos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia e os pronto-socorros do Hospital de Planaltina e de Taguatinga, considerado hoje um dos melhores do Brasil. Tive o grande prazer e orgulho de entregar o Hospital da Criança, um sonho antigo da comunidade de Brasília para crianças e adolescentes com câncer e doenças graves. Promovemos a reforma de vários centros de saúde e hospitais. A inauguração da primeira Clínica da Família do DF, localizada em Samambaia, com um investimento de R$ 2,8 milhões, mostra a mudança significativa no modelo de gestão da saúde pública. Esse modelo prioriza a prevenção e o controle de doenças, com visitas de equipes médicas na casa de moradores. Até o final de 2014, o DF terá 42 Clínicas da Família. O ano de 2012 será dedicado à Atenção Básica da Saúde, à ampliação das equipes do Saúde da Família e à ampliação da rede de urgência e emergência, as UPAs. Com essa rede, o melhor funcionamento dos centros de saúde e mais equipes do Saúde da Família fazendo o trabalho da atenção básica, tenho certeza que no final de 2012 a população já vai sentir a melhoria do sistema público de saúde.

Outra área importante e que ainda recebe muitas críticas da população do DF é o transporte público. Que projetos o governo pretende realizar na área em 2012? Essa é uma prioridade do GDF?

Transporte público de qualidade é uma das prioridades do governo. Logo de início nós reassumimos a gestão do Sistema de Bilhetagem Automática (Fácil). Esse foi o primeiro passo para consolidar o novo modelo para o transporte público coletivo que queremos, com monitoramento eletrônico, câmara de compensação, corredores exclusivos e bilhete único. Em 2011, também fizemos a primeira grande manutenção do metrô em 10 anos, com 42,5km de via revisados. Acredito que a mobilidade urbana será uma grande novidade para os moradores do DF. No entanto, para estimular o uso do transporte coletivo, temos que criar as condições e melhorar o sistema para que ele tenha qualidade. Vamos implantar um sistema de mobilidade urbana de qualidade, a partir de um grande investimento, com vias exclusivas nas principais artérias e a ampliação do metrô. O GDF se credenciou junto à União para participar do Programa de Aceleracao do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana, que prevê R$ 2,4 bilhões em investimentos. Espero que até o final de janeiro a nossa presidenta anuncie as outras obras de mobilidade urbana no DF. Já estamos iniciando todo o processo de licitação para a compra dos aparelhos de GPS para os ônibus. É um aparelho para monitorar e garantir que os coletivos cumpram o horário e também façam o seu itinerário da forma correta. Não pode haver atraso. Além disso, vamos instalar corredores exclusivos de ônibus em áreas importantes. A primeira faixa exclusiva para ônibus de Brasília, na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPBN), entrou em funcionamento em 27 de dezembro e já reduziu o tempo que os passageiros levam para cruzar a via.

Em 2011, Brasília passou a ter uma maior visibilidade internacional. Podemos afirmar que essa presença se deve ao fato da cidade ter garantido sua participação em eventos internacionais importantes como a Copa do Mundo e a Copa das Confederações?

Sem dúvida. Essa foi uma conquista maravilhosa que, com certeza, vai dar uma grande visibilidade à nossa cidade, tanto no plano nacional como internacional. Quem vai abrir o circuito da Copa do Mundo será Brasília, a partir da abertura da Copa das Confederações, em 2013. A obra do Estádio Nacional de Brasília é a mais adiantada do país, com 45% já realizada, e vai ser entregue em 31 de dezembro de 2012. O mundo inteiro vai conhecer Brasília e isso vai gerar oportunidade para o povo do Distrito Federal, além de gerar emprego e renda. Um exemplo disso são os filhos das famílias que recebem o , que estão fazendo curso de qualificação para a Copa e estão inscritos no programa de empreendedorismo individual. Vamos oferecer em 2012 quase 5 mil vagas para os filhos dessas famílias. A expectativa do GDF é que sejam capacitados, até 2014, 10 mil trabalhadores por ano no setor de prestação de serviços. Temos um grande projeto de inclusão social por meio do esporte. Colocamos em funcionamento cinco novos Centros Olímpicos Brazlândia, Gama, Recanto das Emas, Santa Maria e Estrutural que se juntaram ao de Samambaia, que já funcionava no governo anterior, e aos de Ceilândia e São Sebastião, que passaram por melhorias e ajustes e foram entregues pelo nosso governo à população. Ao todo, as oito unidades atendem hoje 10 mil alunos e, até o final de janeiro, serão 25 mil alunos, entre adultos e crianças. Também estamos trabalhando para transformar o autódromo Nelson Piquet em referência nacional. A ideia é que o autódromo seja uma arena Multiuso, nos moldes do Estádio Nacional de Brasília.

O Combate à Pobreza foi um assunto que entrou de vez na pauta do Governo do Distrito Federal. Segundo pesquisa do Dieese, são 93 mil famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. Quais as ações do seu governo para combater esse quadro?

A determinação do meu governo é reduzir essa situação de desigualdade no DF e estamos nos empenhando muito para isso. Em junho, lançamos o Plano pela Superação da Extrema Pobreza DF Sem Miséria, com o objetivo de instituir políticas de transferência de renda, formação de mão de obra qualificada e garantia de acesso da população a serviços públicos de qualidade, para erradicar a pobreza extrema no Distrito Federal. Esse plano segue a diretriz do que já é feito pelo governo federal no plano Brasil sem Miséria. Queremos que o Distrito Federal ofereça oportunidades iguais para todos, incluindo, a partir de agora, os segmentos mais excluídos da nossa população. Para isso, o GDF também quer contar com a participação de entidades da sociedade civil, movimentos sociais e outras organizações para o cumprimento desse plano. As pessoas interessadas em participar desse programa poderão solicitar o cadastramento pelo telefone 156, agendando visita da equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda. Hoje, no DF, são 93 mil pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. O nosso governo vai completar com R$ 30 o teto do benefício federal, fixado em R$ 70. Ou seja, as famílias do DF irão receber R$ 100 do Bolsa Família. Até 2014 vamos erradicar a pobreza extrema do DF.

O senhor fez do compromisso com a transparência uma das prioridades do seu governo. Criou, inclusive, uma secretaria dedicada ao tema. O que levou o senhor a tomar essa atitude?

Encontrei o governo em uma situação muito grave. O GDF estava com grandes dívidas, com contratos vencidos e sem prestação de contas. Essa situação demonstrou a importância da criação da Secretaria de Transparência, que surgiu com o objetivo de acompanhar a gestão dos recursos públicos, divulgar as informações sobre contratos e licitações, possibilitar denúncias a partir de um telefone gratuito, monitorar os gastos e investimentos, coibir a impunidade e prevenir e combater irregularidades. Com isso, demos início a auditorias em contratos e licitações. Somente no primeiro ano de criação, a secretaria fez 14 mil auditorias. Dentre as inovações para ampliar o controle sobre os gastos públicos, estão a criação de uma central de atendimento a partir de um telefone 0800, para receber denúncias de corrupção, e a reformulação do Portal de Transparência do GDF. Além disso, já entramos com ação para que o dinheiro desviado seja devolvido aos cofres do governo. Estamos cobrando R$ 750 milhões que vão voltar aos cofres públicos. Implantamos o Orçamento Participativo, para que o cidadão participe de fato do planejamento da sua cidade. Construímos uma base diferente do que encontramos e com certeza agora vamos avançar e colher resultados desse trabalho.

Qual será o plano do GDF para a educação em 2012?

O nosso governo está focado na contratação e formação dos profissionais da educação. Uma conquista importante do setor foi a lei que estabelece a gestão democrática nas escolas públicas do DF, que vai garantir a participação da comunidade na escolha, por eleição direta, dos diretores de escolas. Professores e servidores poderão candidatar-se às vagas. Realizamos reformas e reparos em 300 escolas e, logo no início do ano, convocamos e contratamos, de forma imediata, 400 professores, preenchendo a totalidade das vagas. Na área de ensino especial, contratamos 100 técnicos de Gestão Educacional. Na área de capacitação, o GDF ofereceu cerca de 16 mil vagas em 130 cursos de formação continuada para professores e profissionais da Assistência à Educação, uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) e a União. Em 2012, teremos, entre outras ações, a gestão democrática, a educação integral e a ampliação das escolas técnicas. Em 2012, a educação é a área que tem mais recursos previstos pela Lei Orçamentária, o que reforça o compromisso do meu governo em oferecer educação pública de qualidade.

No campo da Ciência e Tecnologia, o GDF tem alguns planos audaciosos, como a instalação do Parque Capital Digital. Como está esse projeto?

O projeto de criação do Parque Tecnológico Cidade Digital está a todo vapor e as obras já estão em andamento. Concedemos na última semana de 2011 o primeiro alvará de construção na Cidade Digital, destinado ao Banco do Brasil, que construirá um Datacenter no local. A expectativa é de que a iniciativa crie 80 mil vagas de empregos, 20 mil até 2014, e transforme Brasília em referência mundial. A Secretaria de Fazenda já está trabalhando na elaboração de um pacote de créditos e incentivos fiscais e tributários para facilitar a instalação de indústrias limpas voltadas para os setores de Ciência, Tecnologia e Inovação. Também estamos empenhados em oferecer para a população do DF a internet banda larga gratuita, por meio do programa Conecta DF. A iniciativa já está em fase de testes na região central de Brasília. O próximo passo é testá-la em mais três cidades, localizadas nas regiões mais carentes do DF.

O projeto Brasília, Cidade Parque foi um dos destaques do seu primeiro ano como governador. Com qual objetivo essa iniciativa foi pensada?

Nosso projeto é transformar Brasília em uma cidade-parque. Para isso, vamos recuperar 68 parques e 22 unidades de preservação ambiental até 2014. Esse programa foi inspirado nos ideais de Lucio Costa e concebido pela Secretaria de Meio Ambiente, com o apoio de instituições públicas e privadas. O decreto de criação do programa traduz a visão da nossa concepção do que é Brasília: uma cidade moderna, futurista, que tem desenvolvimento, mas que é sustentável e que respeita o meio ambiente. O Parque de Uso Múltiplo da Asa Sul, o Parque Ecológico Águas Claras e o Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará, já estão passando por reformas e melhorias.

A programação cultural também foi um destaque em 2011. Como o senhor avalia o cenário cultural da cidade e o que tem de novidade para 2012?

Este ano, em outubro, realizamos a 44ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com novidades como o fim de critérios como ineditismo na exibição dos filmes. Além disso, o evento não se restringiu ao Cine Brasília. Os filmes também foram exibidos no Museu da República e em espaços culturais de Taguatinga, Ceilândia e Sobradinho, com público de mais de 26 mil expectadores. Palco da mostra há anos, o Cine Brasília começou a ser reformado pelo GDF. No primeiro semestre de 2011, foram realizadas a impermeabilização do teto e o sistema de para-raios. A segunda etapa prevê melhorias nos sistemas hidráulico, elétrico, de ar condicionado e de acessibilidade. Ao todo, serão gastos R$ 3 milhões na reforma. Também tivemos o prazer de realizar, em junho, o 1º Festival de Ópera de Brasília. Artistas locais e convidados de outros estados e até do exterior realizaram seis apresentações gratuitas. Em agosto, anunciei o investimento de R$ 55,5 milhões para o fomento de atividades culturais e para a preservação e valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural do DF. Já no início de 2012, a cidade vai receber o 1º Festival Internacional de Arte de Brasília, que será realizado de 4 de janeiro a 10 de fevereiro. Esse festival vai estimular o mercado cultural da cidade e vai ampliar as opções de cultura e lazer. Teremos apresentações de Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, Vanessa da Mata, Circo da China e do mexicano Jorge Fernández. O evento vai ser gratuito e em diversos pontos do Distrito Federal, como o Teatro Nacional, Centro de Convenções, Biblioteca Nacional, Museu da República, Cine Brasília e Regiões Administrativas.

O crack é um problema de segurança e saúde pública que preocupa cada vez mais a sociedade. Como o GDF pretende lidar com essa situação tão preocupante?

Para combater esse problema tão sério que aflige a nossa sociedade, lançamos um plano estratégico de combate ao uso e tráfico de crack e outras drogas. Esse plano segue os preceitos do Programa Nacional de combate ao crack do governo federal. Estamos ampliando a rede de atendimento às pessoas com dependência química e oferecendo alternativas de esporte e lazer para retirar as crianças e os jovens das ruas e dos riscos que isso representa. Também estamos agindo com forte presença da polícia na repressão aos crimes e ao tráfico e retomando tradicionais áreas de uso e venda de drogas e entregando de volta à comunidade. Ou seja, o Estado se faz presente para vencermos essa guerra contra as drogas. É claro que precisamos investir mais, mas já temos resultados muito positivos. Fechamos 2011 com redução de 34% nos índices de criminalidade no DF. Não temos dúvidas de que muito se deve à Operação Março Zero, que realizou monitoramento constante de 64 pontos de uso e tráfico de drogas no Plano Piloto, Taguatinga e Ceilândia.

Qual o balanço que o senhor faz da segurança no Distrito Federal em 2011?

Como já disse, chegamos ao final do ano comemorando o fato de que a criminalidade no DF foi reduzida em 34% este ano, em comparação com o ano passado. Podemos dizer que essa redução é resultado da política de Segurança Pública da atual gestão, com policiamento inteligente que integra o trabalho das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Detran. Estamos investindo em inteligência, na capacitação das equipes, na valorização de nossos servidores e na compra de equipamentos. Fizemos investimentos físicos e em equipamentos para as Polícias Militar. Compramos 600 novas viaturas para operações normais e especiais de batalhões como o Bope, oito barcos para a segurança do Lago Paranoá, dois novos helicópteros para o Batalhão de Aviação Operacional e 24 motocicletas para o 3º Batalhão de Trânsito). Para a Polícia Civil, compramos 203 viaturas, 1.425 coletes à prova de balas, equipamentos de rádio, de comunicação e de informática. Além disso, adquirimos seis ônibus equipados com acessórios de alta tecnologia que garantem mais eficiência e rapidez nas ações da Polícia Militar. Também está em andamento licitação para compra de 40 câmeras de segurança que serão instaladas na região central de Brasília (Rodoviária e setores Hoteleiro e Comercial, entre outros). Não tenho dúvida de que chegaremos a 2014 com um sistema de segurança invejável.

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01/01/2012 às 08:25

2012: um ano de conquistas e realizações

Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, o governador Agnelo Queiroz avalia o primeiro ano de governo e traça os objetivos para 2012 em áreas como Educação, Saúde, Transporte e Segurança Pública. Ele também destaca o trabalho do GDF no combate à miséria e os preparativos para os grandes eventos esportivos que serão realizados em Brasília

Quando assumiu o Governo do Distrito Federal (GDF), há exatamente um ano, o governador Agnelo Queiroz encontrou Brasília em situação alarmante. Por todo o DF, havia canteiros com mato alto, buracos nas ruas e lixo sem recolher. A Saúde Pública estava em estado de calamidade, com hospitais sem condições de uso e falta de profissionais, equipamentos e materiais. Os convênios estavam sem prestação de contas. Inadimplente, o Distrito Federal não podia fazer novos convenios com a União.

Devido à situação, 2011 foi, como diz o governador Agnelo Queiroz, um ano de organizar e arrumar a casa. Já 2012, com a cidade organizada e as contas equilibradas, será de conquistas e realizações. O governador aposta que Brasília dará este ano um grande salto econômico e também humano. Estão previstas ações nas mais diversas áreas. O governo também segue firme nos preparativos para sediar os grandes eventos esportivos internacionais que começam em 2013, com a abertura da Copa das Confederações.

Nesta entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, o governador Agnelo Queiroz avalia os primeiros doze meses de gestão e destaca as principais ações que serão realizadas pelo Governo do Distrito Federal em 2012.

Como o senhor avalia o primeiro ano de governo? Quais as dificuldades enfrentadas?

Sem dúvida, 2011 foi um ano de muito trabalho e muita luta. Foi um ano difícil, que demandou muita dedicação de todos que integram o Governo do Distrito Federal, uma média de 17, 18 horas de trabalho por dia. Foi um período em que organizamos e arrumamos a casa, uma etapa que considero superada, mas que foi de extrema importância para darmos prosseguimento ao trabalho que está sendo feito. Quando chegamos ao governo, encontramos uma situação alarmante: canteiros com mato alto, buracos nas ruas e lixo sem recolher. Os convênios estavam sem prestação de contas e, por causa da inadimplência, não podíamos fazer novos convenios com a União. O CNPJ do GDF só foi liberado no fim do ano, após grande esforço de todas as áreas. Foi uma situação extremamente difícil, porque tivemos que manter o sistema de saúde funcionando e as escolas também. Reformamos 300 escolas para o início do ano letivo. Entrando no segundo ano de governo, podemos dizer que superamos uma fase e iniciamos outra, a de construção e de resultados. Lançamos as bases, organizamos o governo, as finanças e a parte de pessoal. Vamos continuar plantando, mas já vamos colher alguns frutos do nosso trabalho neste ano que começa. Agora, com a casa mais arrumada e as contas equilibradas, estamos implantando muitos dos nossos programas de governo.

Qual a sua expectativa para o GDF neste novo ano?

Podemos esperar que o ano de 2012 será de muitas conquistas e realizações. Brasília vai dar um grande salto econômico e também humano. Vamos começar um novo ciclo, o de realizações. Vamos entregar aquilo que prometemos para a população. Isso exige maior eficiência, mais agilidade na máquina pública. Não dá mais para alegar desconhecimento, desaparelhamento.

Como médico e gestor público, como o senhor avalia a saúde pública no DF? Quais são as ações planejadas para 2012?

Quando assumimos o Governo do Distrito Federal nos deparamos com uma situação muito grave, pior até do que imaginávamos. Chovia dentro do centro cirúrgico do Hospital do Gama e o centro cirúrgico do Hospital de Ceilândia estava fechado por causa de contaminação de piolho de pombo. A precariedade das instalações físicas, a falta de medicamentos e de profissionais compunham um quadro dramático. Para iniciar a reversão desse quadro, contratamos 4,5 mil novos profissionais de saúde, compramos equipamentos e ambulâncias de alto padrão, reformamos a rede de saúde, realizamos mutirões de cirurgia e entregamos 100 novos leitos de UTI para a comunidade, provocando uma redução de 60% no número de pedidos judiciais para internações. Inauguramos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia e os pronto-socorros do Hospital de Planaltina e de Taguatinga, considerado hoje um dos melhores do Brasil. Tive o grande prazer e orgulho de entregar o Hospital da Criança, um sonho antigo da comunidade de Brasília para crianças e adolescentes com câncer e doenças graves. Promovemos a reforma de vários centros de saúde e hospitais. A inauguração da primeira Clínica da Família do DF, localizada em Samambaia, com um investimento de R$ 2,8 milhões, mostra a mudança significativa no modelo de gestão da saúde pública. Esse modelo prioriza a prevenção e o controle de doenças, com visitas de equipes médicas na casa de moradores. Até o final de 2014, o DF terá 42 Clínicas da Família. O ano de 2012 será dedicado à Atenção Básica da Saúde, à ampliação das equipes do Saúde da Família e à ampliação da rede de urgência e emergência, as UPAs. Com essa rede, o melhor funcionamento dos centros de saúde e mais equipes do Saúde da Família fazendo o trabalho da atenção básica, tenho certeza que no final de 2012 a população já vai sentir a melhoria do sistema público de saúde.

Outra área importante e que ainda recebe muitas críticas da população do DF é o transporte público. Que projetos o governo pretende realizar na área em 2012? Essa é uma prioridade do GDF?

Transporte público de qualidade é uma das prioridades do governo. Logo de início nós reassumimos a gestão do Sistema de Bilhetagem Automática (Fácil). Esse foi o primeiro passo para consolidar o novo modelo para o transporte público coletivo que queremos, com monitoramento eletrônico, câmara de compensação, corredores exclusivos e bilhete único. Em 2011, também fizemos a primeira grande manutenção do metrô em 10 anos, com 42,5km de via revisados. Acredito que a mobilidade urbana será uma grande novidade para os moradores do DF. No entanto, para estimular o uso do transporte coletivo, temos que criar as condições e melhorar o sistema para que ele tenha qualidade. Vamos implantar um sistema de mobilidade urbana de qualidade, a partir de um grande investimento, com vias exclusivas nas principais artérias e a ampliação do metrô. O GDF se credenciou junto à União para participar do Programa de Aceleracao do Crescimento (PAC) da Mobilidade Urbana, que prevê R$ 2,4 bilhões em investimentos. Espero que até o final de janeiro a nossa presidenta anuncie as outras obras de mobilidade urbana no DF. Já estamos iniciando todo o processo de licitação para a compra dos aparelhos de GPS para os ônibus. É um aparelho para monitorar e garantir que os coletivos cumpram o horário e também façam o seu itinerário da forma correta. Não pode haver atraso. Além disso, vamos instalar corredores exclusivos de ônibus em áreas importantes. A primeira faixa exclusiva para ônibus de Brasília, na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPBN), entrou em funcionamento em 27 de dezembro e já reduziu o tempo que os passageiros levam para cruzar a via.

Em 2011, Brasília passou a ter uma maior visibilidade internacional. Podemos afirmar que essa presença se deve ao fato da cidade ter garantido sua participação em eventos internacionais importantes como a Copa do Mundo e a Copa das Confederações?

Sem dúvida. Essa foi uma conquista maravilhosa que, com certeza, vai dar uma grande visibilidade à nossa cidade, tanto no plano nacional como internacional. Quem vai abrir o circuito da Copa do Mundo será Brasília, a partir da abertura da Copa das Confederações, em 2013. A obra do Estádio Nacional de Brasília é a mais adiantada do país, com 45% já realizada, e vai ser entregue em 31 de dezembro de 2012. O mundo inteiro vai conhecer Brasília e isso vai gerar oportunidade para o povo do Distrito Federal, além de gerar emprego e renda. Um exemplo disso são os filhos das famílias que recebem o , que estão fazendo curso de qualificação para a Copa e estão inscritos no programa de empreendedorismo individual. Vamos oferecer em 2012 quase 5 mil vagas para os filhos dessas famílias. A expectativa do GDF é que sejam capacitados, até 2014, 10 mil trabalhadores por ano no setor de prestação de serviços. Temos um grande projeto de inclusão social por meio do esporte. Colocamos em funcionamento cinco novos Centros Olímpicos Brazlândia, Gama, Recanto das Emas, Santa Maria e Estrutural que se juntaram ao de Samambaia, que já funcionava no governo anterior, e aos de Ceilândia e São Sebastião, que passaram por melhorias e ajustes e foram entregues pelo nosso governo à população. Ao todo, as oito unidades atendem hoje 10 mil alunos e, até o final de janeiro, serão 25 mil alunos, entre adultos e crianças. Também estamos trabalhando para transformar o autódromo Nelson Piquet em referência nacional. A ideia é que o autódromo seja uma arena Multiuso, nos moldes do Estádio Nacional de Brasília.

O Combate à Pobreza foi um assunto que entrou de vez na pauta do Governo do Distrito Federal. Segundo pesquisa do Dieese, são 93 mil famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. Quais as ações do seu governo para combater esse quadro?

A determinação do meu governo é reduzir essa situação de desigualdade no DF e estamos nos empenhando muito para isso. Em junho, lançamos o Plano pela Superação da Extrema Pobreza DF Sem Miséria, com o objetivo de instituir políticas de transferência de renda, formação de mão de obra qualificada e garantia de acesso da população a serviços públicos de qualidade, para erradicar a pobreza extrema no Distrito Federal. Esse plano segue a diretriz do que já é feito pelo governo federal no plano Brasil sem Miséria. Queremos que o Distrito Federal ofereça oportunidades iguais para todos, incluindo, a partir de agora, os segmentos mais excluídos da nossa população. Para isso, o GDF também quer contar com a participação de entidades da sociedade civil, movimentos sociais e outras organizações para o cumprimento desse plano. As pessoas interessadas em participar desse programa poderão solicitar o cadastramento pelo telefone 156, agendando visita da equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda. Hoje, no DF, são 93 mil pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. O nosso governo vai completar com R$ 30 o teto do benefício federal, fixado em R$ 70. Ou seja, as famílias do DF irão receber R$ 100 do Bolsa Família. Até 2014 vamos erradicar a pobreza extrema do DF.

O senhor fez do compromisso com a transparência uma das prioridades do seu governo. Criou, inclusive, uma secretaria dedicada ao tema. O que levou o senhor a tomar essa atitude?

Encontrei o governo em uma situação muito grave. O GDF estava com grandes dívidas, com contratos vencidos e sem prestação de contas. Essa situação demonstrou a importância da criação da Secretaria de Transparência, que surgiu com o objetivo de acompanhar a gestão dos recursos públicos, divulgar as informações sobre contratos e licitações, possibilitar denúncias a partir de um telefone gratuito, monitorar os gastos e investimentos, coibir a impunidade e prevenir e combater irregularidades. Com isso, demos início a auditorias em contratos e licitações. Somente no primeiro ano de criação, a secretaria fez 14 mil auditorias. Dentre as inovações para ampliar o controle sobre os gastos públicos, estão a criação de uma central de atendimento a partir de um telefone 0800, para receber denúncias de corrupção, e a reformulação do Portal de Transparência do GDF. Além disso, já entramos com ação para que o dinheiro desviado seja devolvido aos cofres do governo. Estamos cobrando R$ 750 milhões que vão voltar aos cofres públicos. Implantamos o Orçamento Participativo, para que o cidadão participe de fato do planejamento da sua cidade. Construímos uma base diferente do que encontramos e com certeza agora vamos avançar e colher resultados desse trabalho.

Qual será o plano do GDF para a educação em 2012?

O nosso governo está focado na contratação e formação dos profissionais da educação. Uma conquista importante do setor foi a lei que estabelece a gestão democrática nas escolas públicas do DF, que vai garantir a participação da comunidade na escolha, por eleição direta, dos diretores de escolas. Professores e servidores poderão candidatar-se às vagas. Realizamos reformas e reparos em 300 escolas e, logo no início do ano, convocamos e contratamos, de forma imediata, 400 professores, preenchendo a totalidade das vagas. Na área de ensino especial, contratamos 100 técnicos de Gestão Educacional. Na área de capacitação, o GDF ofereceu cerca de 16 mil vagas em 130 cursos de formação continuada para professores e profissionais da Assistência à Educação, uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) e a União. Em 2012, teremos, entre outras ações, a gestão democrática, a educação integral e a ampliação das escolas técnicas. Em 2012, a educação é a área que tem mais recursos previstos pela Lei Orçamentária, o que reforça o compromisso do meu governo em oferecer educação pública de qualidade.

No campo da Ciência e Tecnologia, o GDF tem alguns planos audaciosos, como a instalação do Parque Capital Digital. Como está esse projeto?

O projeto de criação do Parque Tecnológico Cidade Digital está a todo vapor e as obras já estão em andamento. Concedemos na última semana de 2011 o primeiro alvará de construção na Cidade Digital, destinado ao Banco do Brasil, que construirá um Datacenter no local. A expectativa é de que a iniciativa crie 80 mil vagas de empregos, 20 mil até 2014, e transforme Brasília em referência mundial. A Secretaria de Fazenda já está trabalhando na elaboração de um pacote de créditos e incentivos fiscais e tributários para facilitar a instalação de indústrias limpas voltadas para os setores de Ciência, Tecnologia e Inovação. Também estamos empenhados em oferecer para a população do DF a internet banda larga gratuita, por meio do programa Conecta DF. A iniciativa já está em fase de testes na região central de Brasília. O próximo passo é testá-la em mais três cidades, localizadas nas regiões mais carentes do DF.

O projeto Brasília, Cidade Parque foi um dos destaques do seu primeiro ano como governador. Com qual objetivo essa iniciativa foi pensada?

Nosso projeto é transformar Brasília em uma cidade-parque. Para isso, vamos recuperar 68 parques e 22 unidades de preservação ambiental até 2014. Esse programa foi inspirado nos ideais de Lucio Costa e concebido pela Secretaria de Meio Ambiente, com o apoio de instituições públicas e privadas. O decreto de criação do programa traduz a visão da nossa concepção do que é Brasília: uma cidade moderna, futurista, que tem desenvolvimento, mas que é sustentável e que respeita o meio ambiente. O Parque de Uso Múltiplo da Asa Sul, o Parque Ecológico Águas Claras e o Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará, já estão passando por reformas e melhorias.

A programação cultural também foi um destaque em 2011. Como o senhor avalia o cenário cultural da cidade e o que tem de novidade para 2012?

Este ano, em outubro, realizamos a 44ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com novidades como o fim de critérios como ineditismo na exibição dos filmes. Além disso, o evento não se restringiu ao Cine Brasília. Os filmes também foram exibidos no Museu da República e em espaços culturais de Taguatinga, Ceilândia e Sobradinho, com público de mais de 26 mil expectadores. Palco da mostra há anos, o Cine Brasília começou a ser reformado pelo GDF. No primeiro semestre de 2011, foram realizadas a impermeabilização do teto e o sistema de para-raios. A segunda etapa prevê melhorias nos sistemas hidráulico, elétrico, de ar condicionado e de acessibilidade. Ao todo, serão gastos R$ 3 milhões na reforma. Também tivemos o prazer de realizar, em junho, o 1º Festival de Ópera de Brasília. Artistas locais e convidados de outros estados e até do exterior realizaram seis apresentações gratuitas. Em agosto, anunciei o investimento de R$ 55,5 milhões para o fomento de atividades culturais e para a preservação e valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural do DF. Já no início de 2012, a cidade vai receber o 1º Festival Internacional de Arte de Brasília, que será realizado de 4 de janeiro a 10 de fevereiro. Esse festival vai estimular o mercado cultural da cidade e vai ampliar as opções de cultura e lazer. Teremos apresentações de Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Paulinho da Viola, Vanessa da Mata, Circo da China e do mexicano Jorge Fernández. O evento vai ser gratuito e em diversos pontos do Distrito Federal, como o Teatro Nacional, Centro de Convenções, Biblioteca Nacional, Museu da República, Cine Brasília e Regiões Administrativas.

O crack é um problema de segurança e saúde pública que preocupa cada vez mais a sociedade. Como o GDF pretende lidar com essa situação tão preocupante?

Para combater esse problema tão sério que aflige a nossa sociedade, lançamos um plano estratégico de combate ao uso e tráfico de crack e outras drogas. Esse plano segue os preceitos do Programa Nacional de combate ao crack do governo federal. Estamos ampliando a rede de atendimento às pessoas com dependência química e oferecendo alternativas de esporte e lazer para retirar as crianças e os jovens das ruas e dos riscos que isso representa. Também estamos agindo com forte presença da polícia na repressão aos crimes e ao tráfico e retomando tradicionais áreas de uso e venda de drogas e entregando de volta à comunidade. Ou seja, o Estado se faz presente para vencermos essa guerra contra as drogas. É claro que precisamos investir mais, mas já temos resultados muito positivos. Fechamos 2011 com redução de 34% nos índices de criminalidade no DF. Não temos dúvidas de que muito se deve à Operação Março Zero, que realizou monitoramento constante de 64 pontos de uso e tráfico de drogas no Plano Piloto, Taguatinga e Ceilândia.

Qual o balanço que o senhor faz da segurança no Distrito Federal em 2011?

Como já disse, chegamos ao final do ano comemorando o fato de que a criminalidade no DF foi reduzida em 34% este ano, em comparação com o ano passado. Podemos dizer que essa redução é resultado da política de Segurança Pública da atual gestão, com policiamento inteligente que integra o trabalho das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e Detran. Estamos investindo em inteligência, na capacitação das equipes, na valorização de nossos servidores e na compra de equipamentos. Fizemos investimentos físicos e em equipamentos para as Polícias Militar. Compramos 600 novas viaturas para operações normais e especiais de batalhões como o Bope, oito barcos para a segurança do Lago Paranoá, dois novos helicópteros para o Batalhão de Aviação Operacional e 24 motocicletas para o 3º Batalhão de Trânsito). Para a Polícia Civil, compramos 203 viaturas, 1.425 coletes à prova de balas, equipamentos de rádio, de comunicação e de informática. Além disso, adquirimos seis ônibus equipados com acessórios de alta tecnologia que garantem mais eficiência e rapidez nas ações da Polícia Militar. Também está em andamento licitação para compra de 40 câmeras de segurança que serão instaladas na região central de Brasília (Rodoviária e setores Hoteleiro e Comercial, entre outros). Não tenho dúvida de que chegaremos a 2014 com um sistema de segurança invejável.

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