Técnicos e autoridades de vários países conhecem e elogiam trabalho que amplia acesso da população a produtos agropecuários no Distrito Federal
    Carlos Rezende, da Agência Brasília

    Cerca de 50 autoridades de diversos países em desenvolvimento conheceram nesta sexta-feira (20) o funcionamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no Distrito Federal. O grupo foi informado sobre detalhes dos trabalhos, visitou uma das cooperativas que fornece produtos feitos a partir do leite para várias instituições sem fins lucrativos do DF e ainda conheceu a experiência de um produtor familiar beneficiado pelo programa.

    Impressionados, os visitantes não pouparam elogios ao PAA, que consiste em uma das ações do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para promover o acesso das populações mais carentes aos alimentos e a inclusão social e econômica no campo, por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

    “A compra governamental é uma ótima solução para promover a agricultura familiar”, elogiou Mezrioui-Nakhili Maha, gestora do Ministério do Desenvolvimento Social da Tunísia, na África. “O mais marcante do PAA é a quantidade de profissionais de alta qualidade que dão apoio técnico aos produtores”, acrescentou Najet Dkhil Galai, também gestora do ministério tunisiano.

    Representando o Ministério de Desenvolvimento da África do Sul, Zane Dangor afirmou que achou interessante a ligação entre as duas pontas sociais – o agricultor e as entidades carentes que recebem o produto – por parte do governo, que incentiva e garante a produção de boa qualidade. “Nós temos programas sociais parecidos, mas sem essa ligação entre duas frentes tão importantes”, informou.

    Lançado no DF em 2010, o PAA tem ampliado a cada ano o número de agricultores inscritos e já contemplou cerca de 24 mil pessoas. Em 2012, está prevista a aplicação de R$ 5,2 milhões em recursos – R$ 4 milhões a mais do que em 2011.

    O programa estimula a comercialização por meio de entidades associativas, caso da Cooperativa de São Sebastião (Copas), visitada pelos estrangeiros. A cooperativa processa leite produzido por aproximadamente 130 agropecuaristas – que é transformado em queijos, iogurtes e manteiga, entre outros laticínios. A média de produção de cada família é de 100 litros por dia e a meta da entidade para os próximos anos é aumentar essa quantidade para 500 litros por produtor.

    Para o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), José Guilherme Tollstadius Leal, o trabalho desenvolvido pela cooperativa é de grande importância. Segundo ele, a garantia da qualidade do produto final depende do contato que a Emater mantém com o produtor para definição de estratégias como alimentação do gado, manejo dos animais e do leite e ensino de técnicas de conservação e higienização, entre outras.

    Por meio do PAA, os agricultores ainda podem se livrar da variação sazonal de preços do leite, vendendo diretamente para o governo a preço fixo, o ano inteiro. “O PAA oferece condições para que se aumente a margem de lucro e se chegue a um preço mais justo”, explicou Leal.

    Aumento – Antigo trabalhador de obras da construção civil, o agropecuarista Geraldo Carlos, o Carlinhos, foi assentado em uma área de cinco hectares na cidade de São Sebastião. Trabalhando desde 2009 com o PAA, ele contou que aumentou sua produção e investiu na compra de mais vacas leiteiras. Tinha duas e, assim que entrou no programa, comprou outras cinco. Hoje, afirmou, tem 12 vacas, produz 70 litros de leite por dia e seu rendimento mensal bruto é de R$ 1.500. “Uma boa parte desse dinheiro é garantido pelo PAA”, destacou.

    Os recursos para a compra dos primeiros equipamentos para o processamento de laticínios na Copas veio de programas governamentais, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), coordenado pela Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA). Depois, a cooperativa passou a utilizar o lucro com a venda de produtos para ampliação e manutenção dos negócios. “O PAA é sustentável e trabalha com toda a cadeia produtiva do leite. Dessa maneira, o governo pode adquirir produtos a preços bem mais em conta do que na compra junto às empresas privadas e repassá-los às entidades de assistência social”, enfatizou o presidente da Emater-DF.

    Entre as entidades de assistência social beneficiadas pelo PAA estão a Obra de Assistência à Infância e à Sociedade, Ação Social Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Creche Comunitária Anjo da Guarda e Centro de Prevenção para Tratamentos de Drogas.

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    Foto: Pedro Ventura

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    Carlos Rezende, da Agência Brasília

    Cerca de 50 autoridades de diversos países em desenvolvimento conheceram nesta sexta-feira (20) o funcionamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no Distrito Federal. O grupo foi informado sobre detalhes dos trabalhos, visitou uma das cooperativas que fornece produtos feitos a partir do leite para várias instituições sem fins lucrativos do DF e ainda conheceu a experiência de um produtor familiar beneficiado pelo programa.

    Impressionados, os visitantes não pouparam elogios ao PAA, que consiste em uma das ações do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para promover o acesso das populações mais carentes aos alimentos e a inclusão social e econômica no campo, por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

    “A compra governamental é uma ótima solução para promover a agricultura familiar”, elogiou Mezrioui-Nakhili Maha, gestora do Ministério do Desenvolvimento Social da Tunísia, na África. “O mais marcante do PAA é a quantidade de profissionais de alta qualidade que dão apoio técnico aos produtores”, acrescentou Najet Dkhil Galai, também gestora do ministério tunisiano.

    Representando o Ministério de Desenvolvimento da África do Sul, Zane Dangor afirmou que achou interessante a ligação entre as duas pontas sociais – o agricultor e as entidades carentes que recebem o produto – por parte do governo, que incentiva e garante a produção de boa qualidade. “Nós temos programas sociais parecidos, mas sem essa ligação entre duas frentes tão importantes”, informou.

    Lançado no DF em 2010, o PAA tem ampliado a cada ano o número de agricultores inscritos e já contemplou cerca de 24 mil pessoas. Em 2012, está prevista a aplicação de R$ 5,2 milhões em recursos – R$ 4 milhões a mais do que em 2011.

    O programa estimula a comercialização por meio de entidades associativas, caso da Cooperativa de São Sebastião (Copas), visitada pelos estrangeiros. A cooperativa processa leite produzido por aproximadamente 130 agropecuaristas – que é transformado em queijos, iogurtes e manteiga, entre outros laticínios. A média de produção de cada família é de 100 litros por dia e a meta da entidade para os próximos anos é aumentar essa quantidade para 500 litros por produtor.

    Para o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), José Guilherme Tollstadius Leal, o trabalho desenvolvido pela cooperativa é de grande importância. Segundo ele, a garantia da qualidade do produto final depende do contato que a Emater mantém com o produtor para definição de estratégias como alimentação do gado, manejo dos animais e do leite e ensino de técnicas de conservação e higienização, entre outras.

    Por meio do PAA, os agricultores ainda podem se livrar da variação sazonal de preços do leite, vendendo diretamente para o governo a preço fixo, o ano inteiro. “O PAA oferece condições para que se aumente a margem de lucro e se chegue a um preço mais justo”, explicou Leal.

    Aumento – Antigo trabalhador de obras da construção civil, o agropecuarista Geraldo Carlos, o Carlinhos, foi assentado em uma área de cinco hectares na cidade de São Sebastião. Trabalhando desde 2009 com o PAA, ele contou que aumentou sua produção e investiu na compra de mais vacas leiteiras. Tinha duas e, assim que entrou no programa, comprou outras cinco. Hoje, afirmou, tem 12 vacas, produz 70 litros de leite por dia e seu rendimento mensal bruto é de R$ 1.500. “Uma boa parte desse dinheiro é garantido pelo PAA”, destacou.

    Os recursos para a compra dos primeiros equipamentos para o processamento de laticínios na Copas veio de programas governamentais, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), coordenado pela Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA). Depois, a cooperativa passou a utilizar o lucro com a venda de produtos para ampliação e manutenção dos negócios. “O PAA é sustentável e trabalha com toda a cadeia produtiva do leite. Dessa maneira, o governo pode adquirir produtos a preços bem mais em conta do que na compra junto às empresas privadas e repassá-los às entidades de assistência social”, enfatizou o presidente da Emater-DF.

    Entre as entidades de assistência social beneficiadas pelo PAA estão a Obra de Assistência à Infância e à Sociedade, Ação Social Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Creche Comunitária Anjo da Guarda e Centro de Prevenção para Tratamentos de Drogas.

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    Foto: Pedro Ventura

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20/01/2012 às 03:00

Programa de Aquisição de Alimentos

Técnicos e autoridades de vários países conhecem e elogiam trabalho que amplia acesso da população a produtos agropecuários no Distrito Federal
    Carlos Rezende, da Agência Brasília

    Cerca de 50 autoridades de diversos países em desenvolvimento conheceram nesta sexta-feira (20) o funcionamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) no Distrito Federal. O grupo foi informado sobre detalhes dos trabalhos, visitou uma das cooperativas que fornece produtos feitos a partir do leite para várias instituições sem fins lucrativos do DF e ainda conheceu a experiência de um produtor familiar beneficiado pelo programa.

    Impressionados, os visitantes não pouparam elogios ao PAA, que consiste em uma das ações do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para promover o acesso das populações mais carentes aos alimentos e a inclusão social e econômica no campo, por meio do fortalecimento da agricultura familiar.

    “A compra governamental é uma ótima solução para promover a agricultura familiar”, elogiou Mezrioui-Nakhili Maha, gestora do Ministério do Desenvolvimento Social da Tunísia, na África. “O mais marcante do PAA é a quantidade de profissionais de alta qualidade que dão apoio técnico aos produtores”, acrescentou Najet Dkhil Galai, também gestora do ministério tunisiano.

    Representando o Ministério de Desenvolvimento da África do Sul, Zane Dangor afirmou que achou interessante a ligação entre as duas pontas sociais – o agricultor e as entidades carentes que recebem o produto – por parte do governo, que incentiva e garante a produção de boa qualidade. “Nós temos programas sociais parecidos, mas sem essa ligação entre duas frentes tão importantes”, informou.

    Lançado no DF em 2010, o PAA tem ampliado a cada ano o número de agricultores inscritos e já contemplou cerca de 24 mil pessoas. Em 2012, está prevista a aplicação de R$ 5,2 milhões em recursos – R$ 4 milhões a mais do que em 2011.

    O programa estimula a comercialização por meio de entidades associativas, caso da Cooperativa de São Sebastião (Copas), visitada pelos estrangeiros. A cooperativa processa leite produzido por aproximadamente 130 agropecuaristas – que é transformado em queijos, iogurtes e manteiga, entre outros laticínios. A média de produção de cada família é de 100 litros por dia e a meta da entidade para os próximos anos é aumentar essa quantidade para 500 litros por produtor.

    Para o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), José Guilherme Tollstadius Leal, o trabalho desenvolvido pela cooperativa é de grande importância. Segundo ele, a garantia da qualidade do produto final depende do contato que a Emater mantém com o produtor para definição de estratégias como alimentação do gado, manejo dos animais e do leite e ensino de técnicas de conservação e higienização, entre outras.

    Por meio do PAA, os agricultores ainda podem se livrar da variação sazonal de preços do leite, vendendo diretamente para o governo a preço fixo, o ano inteiro. “O PAA oferece condições para que se aumente a margem de lucro e se chegue a um preço mais justo”, explicou Leal.

    Aumento – Antigo trabalhador de obras da construção civil, o agropecuarista Geraldo Carlos, o Carlinhos, foi assentado em uma área de cinco hectares na cidade de São Sebastião. Trabalhando desde 2009 com o PAA, ele contou que aumentou sua produção e investiu na compra de mais vacas leiteiras. Tinha duas e, assim que entrou no programa, comprou outras cinco. Hoje, afirmou, tem 12 vacas, produz 70 litros de leite por dia e seu rendimento mensal bruto é de R$ 1.500. “Uma boa parte desse dinheiro é garantido pelo PAA”, destacou.

    Os recursos para a compra dos primeiros equipamentos para o processamento de laticínios na Copas veio de programas governamentais, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), coordenado pela Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA). Depois, a cooperativa passou a utilizar o lucro com a venda de produtos para ampliação e manutenção dos negócios. “O PAA é sustentável e trabalha com toda a cadeia produtiva do leite. Dessa maneira, o governo pode adquirir produtos a preços bem mais em conta do que na compra junto às empresas privadas e repassá-los às entidades de assistência social”, enfatizou o presidente da Emater-DF.

    Entre as entidades de assistência social beneficiadas pelo PAA estão a Obra de Assistência à Infância e à Sociedade, Ação Social Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Creche Comunitária Anjo da Guarda e Centro de Prevenção para Tratamentos de Drogas.

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    Foto: Pedro Ventura

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