GDF quer identificar linhas de cooperação técnica em áreas específicas da Saúde, Educação e Esporte, em que Cuba tem reconhecimento mundial

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14/02/2012 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:55

Comitiva cubana visita o DF

GDF quer identificar linhas de cooperação técnica em áreas específicas da Saúde, Educação e Esporte, em que Cuba tem reconhecimento mundial

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Carlos Rezende, da Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) recebe, até a próxima sexta-feira (17), visita de comitiva de especialistas cubanos dos setores da Saúde, Educação e Esporte. O objetivo, segundo a Assessoria de Relações Internacionais do DF, é identificar oportunidades de intercâmbios em áreas específicas das três pastas em que a ilha tem reconhecimento internacional.

O grupo é formado pelas técnicas Janet Cotarelo Rosales, representante do Ministério da Educação de Cuba; Josefina Ileana Alfonso Valdez, que representa o Instituto de Esporte, Educação Física e Recreação daquele país; e Maria Elena Soto Entenza, integrante da comitiva em nome do Ministério de Saúde Pública de Cuba. As três cumprem agenda com as secretarias de Educação, Saúde e Esporte do DF desde a última segunda (13). 

Conhecimento – No primeiro dia, as técnicas cubanas participaram de reunião conjunta com as três pastas, ocasião em que puderam conhecer os principais programas do GDF. A partir desta terça-feira, passaram a acompanhar, no local, as políticas públicas em andamento, bem como instalações e infraestrutura existentes nas cidades do DF, nas três áreas.

As três cubanas estão no Brasil há aproximadamente três semanas e já passaram pelos estados do Amapá, Paraíba e Bahia. A vinda das especialistas foi articulada pelo GDF junto à embaixada de Cuba. “Queremos identificar linhas de cooperação técnica em áreas específicas onde os cubanos têm knowhow reconhecido no mundo todo”, enfatizou o coordenador-adjunto da Assessoria Internacional do DF, Cláudio Heckmann. 

Bons indicadores – De acordo com Heckmann, índices específicos como mortalidade infantil e analfabetismo são muito baixos em Cuba, que possui números semelhantes aos de nações desenvolvidas. Outros exemplos de bons resultados observados naquele país são os avanços nas áreas médicas, como a saúde da família e medicina preventiva, e em modalidades esportivas de alto rendimento. Motivo pelo qual o GDF tem interesse em compartilhar esses conhecimentos.

Oportunidade – Para a diretora de Educação Física, Esporte e Lazer da Secretaria de Esporte do DF (SEL), Elizabeth Ribeiro, este intercâmbio com Cuba será muito importante para todas as áreas, em especial, para o Esporte. “Será uma grande oportunidade de trocar experiências com um país que, apesar dos poucos recursos materiais, é exemplo no trabalho com atletas olímpicos”, afirmou.

Segundo Elizabeth, Brasília deverá contratar profissionais cubanos para dar suporte nas ações da SEL. Ela esclareceu que é comum equipes olímpicas dos Estados Unidos terem profissionais do país trabalhando lá. “Diria que 30% dos técnicos dos EUA são cubanos. Há cubanos espalhados pelo mundo inteiro, pois eles são especialistas em esporte”, destacou.

Relações Brasil/ Cuba – Durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil se tornou o segundo sócio comercial de Cuba na América Latina, atrás da Venezuela.  Brasil e Cuba possuem acordos de cooperação para produção de vacinas para a África e, inclusive, na especialização de médicos do Timor Leste formados em Cuba. Estes profissionais, após cumprirem as respectivas matérias acadêmicas, são obrigados a passar por um período de experiência na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, antes de concluírem o curso.

A cooperação Brasil-Cuba é considerada estratégica, segundo especialistas, para muitos povos. Os dois países também possuem acordos de cooperação para melhoria do sistema de saúde do Haiti – que recebeu, por parte do governo brasileiro, financiamento de US$ 80 milhões.