21/03/2012 às 17:38

2ª Copa Solidária Operários da Bola

Evento teve a inscrição de 64 equipes masculinas e quatro femininas. Governador Agnelo Queiroz deu o pontapé da primeira partida

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Foto: Pedro Ventura
Foto: Pedro Ventura. Foto: Pedro Ventura

Da Redação

Começou neste sábado (17) a 2ª Copa Solidária Operários da Bola, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. A abertura do campeonato disputado entre os trabalhadores da obra contou com a presença do governador Agnelo Queiroz, que deu o chute inicial da primeira partida, após execução do Hino Nacional.
 
“Os operários são os responsáveis por colocar cada tijolo no estádio. Então nada mais justo que o primeiro jogo seja deles. Esse campeonato simboliza a integração entre os trabalhadores da obra. Nossa intenção é valorizar aqueles que estão fazendo história com a construção da primeira de uma série de obras que vão melhorar a qualidade de vida dos brasilienses”, destacou o governador. “Mais que uma obra, o estádio é um legado. Ele será o primeiro a receber o selo Leed Platinum, certificado máximo de sustentabilidade”, completou.
 
A Copa terá duração de cinco rodadas, que serão realizadas somente aos sábados. Participam do torneio 64 equipes masculinas e quatro femininas, com 12 e 15 jogadores, respectivamente. Dezesseis times se classificam para as oitavas de final. A primeira rodada teve a participação de 20 equipes, que disputaram a classificação em 10 vagas.
 
Para entrar no clima da Copa, cada uma das equipes foi batizada com nomes de países. A primeira partida foi disputada por Estados Unidos e Nicarágua. O primeiro gol do Estádio Nacional saiu às 16h03, dos pés do camisa 10 do time Estados Unidos, Hélio Pereira dos Santos.
 
O carpinteiro de 25 anos dedicou o gol aos amigos e familiares, que deixou em Araripina (PE), há sete meses, quando veio para Brasília trabalhar na construção do estádio. “Agora posso tirar onda de ser o primeiro a fazer um gol no Estádio Nacional. Recebi um passe maravilhoso e só converti. Com certeza é uma emoção muito grande”, disse o operário.
 
Para o secretário executivo do Comitê Organizador Brasília 2014, Cláudio Monteiro, o torneio é um momento de comemoração em meio ao esforço dos operários e do Governo do Distrito Federal para oferecer um estádio de ponta à cidade. “Esse é um evento digno para que os trabalhadores possam desfrutar hoje de um campo onde, no futuro, pisarão os maiores craques do futebol mundial”, afirmou.
 
Doação – O torneio dos operários do Estádio Nacional recebeu esse nome porque, além das partidas de futebol, os trabalhadores se uniram em uma ação solidária. Na manhã de quinta-feira, um grupo deles realizou a entrega de uma tonelada de alimentos recolhida por todos os trabalhadores inscritos na competição. Os alimentos foram distribuídos à Casa da Criança Ana Maria Ribeiro (Criamar) e ao Abrigo dos Excepcionais de Ceilândia (Abrigoaec).
 
Assim como o gesto dos operários, toda a obra do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha é planejada e executada para estimular o desenvolvimento social e econômico da cidade. O estádio é uma Ecoarena. Na construção são usados materiais recicláveis ou reciclados. Tudo o que saiu do antigo estádio foi reaproveitado na própria obra ou em cooperativas de reciclagem do DF. Com a derrubada da última arquibancada, por exemplo, o entulho foi transformado em brita para ser reutilizado na concretagem do piso da arena.
 
Depois de pronto, o estádio terá captação de energia solar e de água de chuva. A arena será capaz de gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de mil residências por dia.
 
Hoje, 52% da obra está concluída. A arquibancada inferior está finalizada e a intermediária, em estágio avançado. Atualmente, cerca de 3,2 mil operários atuam no canteiro, em três turnos. A arena será entregue em 31 de dezembro de 2012.
 
O estádio será uma arena multiuso adequada para receber eventos e shows de grande porte, e não apenas partidas de futebol. Antes mesmo da Copa do Mundo de 2014, o estádio passará por uma licitação internacional para que uma empresa especializada em entretenimento o administre e potencialize o desenvolvimento econômico da capital federal, gerando emprego e renda, além de pagar o aluguel da arena. A empresa vencedora ficará responsável por inserir Brasília em um calendário de eventos e shows nacionais e internacionais, mantendo a economia da capital federal aquecida.
 
Obras de infraestrutura e investimentos na qualificação profissional e no desenvolvimento do turismo, com geração de emprego e renda, serão os principais legados que os grandes eventos esportivos deixarão à capital federal.