Protótipo em exposição no Aeroporto JK tem 25m², iluminação em led e pesa quase uma tonelada

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18/04/2012 às 18:30

Maquete interativa do novo estádio

Protótipo em exposição no Aeroporto JK tem 25m², iluminação em led e pesa quase uma tonelada

Por

Thais Antonio, da Agência Brasília

Desde ontem, o protótipo do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha está exposto para apreciação na área de desembarque internacional do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. A maquete de 25 m², montada em escala de 1 pra 100, é interativa e conta com um sistema de som com sete opções de gritos de torcida, além de uma narração detalhada sobre a construção do novo estádio.
 
Idealizada pelo Consórcio Brasília 2014, responsável pela obra da nova arena, a peça foi fabricada em Florianópolis (SC) e trazida a Brasília de caminhão, dividida em dois módulos que pesam, juntos, quase uma tonelada.

Por sugestão do Comitê Organizador Brasília 2014, do Governo do Distrito Federal, a maquete foi instalada no Aeroporto JK. “O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha será um ícone na economia e no turismo da capital federal. A maquete terá uma função estratégica de aproximar o projeto dos turistas e do povo do Distrito Federal que transita diariamente pelo aeroporto. Queremos criar essa identificação com o público”, destacou o coordenador do Comitê, Sérgio Graça.
 
A iluminação da maquete é toda em led e grande parte das 70 mil cadeirinhas das arquibancadas inferior, intermediária e superior foi pintada à mão. A maquete levou 75 dias para ficar pronta.
 
Além dos cerca de 70 mil lugares, o estádio terá 74 camarotes e sala de imprensa com capacidade para 2.850 jornalistas. Uma área de lazer contará com bares e restaurantes. As entradas foram projetadas especialmente para facilitar o acesso do público.
 
Com 54% da obra concluída e 3,6 mil operários trabalhando no canteiro, em três turnos, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha é um dos mais adiantados do país para a Copa do Mundo de 2014.
 
O novo estádio terá captação de energia solar e de água da chuva e será capaz de gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de mil residências por dia.

O conceito de arena verde começou ainda na fase de projeto do novo estádio. Tudo o que saiu do antigo estádio foi reaproveitado na obra ou doado a cooperativas de reciclagem do DF. Por conta da preocupação ecológica, o Estádio Nacional de Brasília pode ser o primeiro na história a receber o selo Leed Platinum, que é reconhecido internacionalmente e garante que a construção é altamente sustentável. Ainda não há nenhum estádio de futebol no mundo com essa certificação.
 
A preocupação sustentável da construção chamou a atenção do israelense Nadav Grunwald, que está no Brasil em uma viagem de negócios. Enquanto esperava o embarque para o Rio de Janeiro, parou para admirar a maquete. Ele contou que no país dele não há nenhum estádio como o de Brasília. “Parece que o estádio vai ser incrível”, disse.
 
Depois de fazer o check-in para Porto Velho (RO), o advogado gaúcho Luciano Prestes foi ver a maquete e aproveitou para tirar fotos. “O sistema que está sendo implantado é muito arrojado. Em uma análise superficial, eu diria que a performance do novo estádio vai ser bem superior à de muitos outros no país”, afirmou.
 
João Vítor Loureto, funcionário de uma companhia aérea em Boa Vista (RR), estava em Brasília para fazer um curso e chegou a passar de carro próximo ao canteiro de obras do novo estádio. A construção o impressionou tanto, que ficou com vontade de vir a Brasília durante a Copa para assistir a um dos jogos. “Se ficar como a maquete, vai ser um dos estádios mais bonitos. Vai ser até mais bonito do que o Soccer City, na África do Sul”, declarou, referindo-se ao principal estádio da Copa do Mundo de 2010.
 
A maquete do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha pode ser visitada a qualquer hora do dia ou da noite.