O músico brindou população de Brasília com clássicos de sua carreira

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23/04/2012 às 20:34

Caetano emociona público no último show da Bienal

O músico brindou população de Brasília com clássicos de sua carreira

Por

Thais Antonio, da Agência Brasília

No último grande show da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, neste domingo (22), o cantor Caetano Veloso embalou a população que compareceu à Esplanada dos Ministérios com clássicos como Você é Linda, Odara, Leãozinho e Alegria, Alegria. Apenas a voz e o violão de Caetano foram suficientes para garantir o acompanhamento de um coro de milhares de vozes por quase uma hora e meia de show.

O secretário de Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira, destacou a preocupação em imprimir uma marca cultural no aniversário de 52 anos da cidade. “Conseguimos realizar uma magnífica festa popular, além de contar com um público que circulou ao longo da última semana na Bienal – um evento que se converteu na marca forte do aniversário de Brasília, fazendo da cidade a capital do livro e da leitura”, destacou. “Importante ressaltar que nós fizemos um aniversário com artistas convidados e também de Brasília para que a gente diga permanentemente para o resto do país: Brasília não é apenas destinatária da cultura, mas também produtora”, comemorou o secretário.

Assim que entrou no Palco Brasília, depois dos shows de Dhy Ribeiro e Chico Cesar, Caetano confessou estar nervoso perante o público numeroso. Mas logo entrou no clima da festa da cidade. Ele cantou a música Flor do Cerrado, que fala de Brasília, e que ele não costuma incluir em seus shows: Todo fim de mundo é fim de nada é madrugada / E ninguém tem mesmo nada a perder / Eu quero ver, olho pra você, tudo vai nascer / Mas da próxima vez que eu for a Brasília / Eu trago uma flor do cerrado pra você.

O público aprovou o repertório. “Estou achando uma beleza a tranquilidade do show. Está todo mundo na cadência do violão do Caetano”, disse o ator Tulio Starling. “É uma boa forma de se comemorar o aniversário da cidade. Essa junção da Bienal com o aniversário foi muito bem pensado para que todos que moram em Brasília façam uma melhor leitura da nossa cidade”.

O músico Dudu Maia acompanhou todo o show de Caetano e disse que o considera um exemplo. “Com apenas o violão e a voz ele leva uma multidão dessa. É lindo”, afirmou. Para o músico, que faz parte da cena cultural de Brasília, o mais importante da Bienal foi a preocupação com as crianças, que tiveram uma programação intensa dedicada a elas durante os 10 dias do evento. “Se a proposta da Bienal é duradoura, o incentivo para as crianças é o mais valioso”, reforçou Dudu.

Paulo Pedreira, professor de línguas, curtiu a programação de domingo para o Palco Brasília e elogiou o papel democrático da Bienal, localizada próxima à Rodoviária do Plano Piloto e ao Conjunto Cultural da República. “O show da Dhy Ribeiro foi bem legal. O Chico Cesar foi maravilhoso, ele é surpreendente no palco. E o Caetano dá show só com a voz e o violão”, disse. “Vincular essas atrações com a Bienal ajuda a não transformar o aniversário só em uma festa, mas também em uma proposta que ajuda a criar a identidade de Brasília”.

O domingo contou ainda com shows no Palco Espaço Bienal, no Palco Multi-Ritmos, na Tenda Diversidade e no Palco da Juventude. A 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura termina nesta segunda-feira (23), com a cerimônia de homenagem ao cartunista Ziraldo, às 20h30, no auditório Nelson Rodrigues. Às 18h, no Espaço Bienal, haverá o lançamento do livro Música universal de Manassés, com show do cantor.