30/05/2012 às 17:30

GDF licita terrenos no Guará II

Governo do Distrito Federal vai colocar à venda  37 lotes nas QEs 50 e 52. Moradores de áreas próximas comemoram os benefícios que chegarão com o início das obras

Por Kelly Crosara, da Agência Brasília

 

A Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) licitará, nesta quinta-feira (31), 37 terrenos nas QEs 50 e 52 do Guará II, após dois anos de embate judicial. A demora na liberação da concorrência pública ocorreu devido à ação na Justiça movida por entidades habitacionais, alegando que a área seria de interesse social e deveria ser destinada à construção de moradia para a população de baixa renda. Em atendimento à reivindicação, o Governo do Distrito Federal destinou uma das quadras, ainda não definida, para atender os inscritos em associações e cooperativas habitacionais.

 

De acordo com a Terracap, a área será destinada à construção de casas para abrigar apenas uma família, os chamados residenciais unifamiliares. De acordo com o edital, os interessados em adquirir os imóveis poderão dar entrada equivalente a 5% do valor do imóvel. O restante pode ser parcelado em até 240 meses. O tamanho mínimo dos lotes é de 144 m², e o máximo chega a 488 m². Os preços variam entre R$ 216 mil e R$ 735 mil, dependendo do tamanho do terreno.

 

O administrador regional do Guará, Carlos Nogueira, aprova a concorrência pública e ressalta os aspectos positivos da ocupação do espaço. “A área, abandonada há muito tempo, estava servindo como ponto de uso de drogas e depósito de lixo a céu aberto. Além disso, provocava insegurança aos moradores das proximidades e deixava a cidade com aspecto ruim. Com a construção das moradias, esses problemas não vão mais existir”, afirma.

 

Os moradores também esperam ansiosos o início das obras. É o caso, por exemplo, da estudante Michelle Almeida, 26 anos, que já foi vítima de assalto no local. “Tenho que passar todos os dias por essa região quando volto da escola e, para me sentir mais segura, peço para um parente me aguardar na parada de ônibus e me acompanhar no trajeto”, conta. Segundo ela, depois das obras a localidade deverá ficar mais segura e melhor servida pelo transporte público.

 

Para o professor Fernando Augusto da Silva, 50 anos, que faz caminhada diariamente no espaço, as obras levarão muitos benefícios à região. “Moro no Setor de Mansões do Guará II e somos obrigados a falar por telefones via rádio por falta de cabeamento. Quando as casas começarem a ser construídas, a iluminação será finalizada e poderemos até desfrutar da Internet, hoje acessada apenas na modalidade 3G”, observa.