05/06/2012 às 00:02

GDF divulga dados semanais sobre crimes

O objetivo é transformar a nova política de transparência, com a apresentação de informações detalhadas sobre as ocorrências, em ferramenta de auxílio à redução da criminalidade no DF

Por Carlos Rezende, da Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal realizou hoje (4), a primeira reunião semanal com órgãos de imprensa para divulgação de dados referentes à criminalidade no DF. As apresentações, que acontecerão sempre às segundas-feiras, fazem parte da nova política de comunicação social da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP), lançada na última sexta-feira dentro do programa Ação pela Vida, e que contou com a participação do governador Agnelo Queiroz.

O objetivo é transformar a nova política de transparência, com a divulgação de dados detalhados sobre as ocorrências criminais, em um instrumento de auxílio na redução da criminalidade no DF. “A intenção é fazer com que a comunidade se apodere desses indicadores para nos ajudar neste combate”, afirmou o secretário-adjunto da SSP, o coronel Jooziel de Melo Freire, responsável pela divulgação, que ocorreu no auditório do edifício-sede da secretaria.

Os números do balanço preliminar da última semana – de sexta-feira (1º) a domingo (3) – demonstram que a criminalidade continua seguindo a tendência de forte queda do mês de maio, com redução de 11,5% nos crimes contra a pessoa – homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal – em relação a abril e os contra o patrimônio, 19,3%. “Estes últimos resultados relativos ao mês de maio e primeira semana do mês de junho são significativos se os compararmos com os meses anteriores”, afirmou Freire.

Números – Neste primeiro balanço foram registados nove homicídios e oito tentativas; dois latrocínios e duas tentativas; e três roubos de veículos com restrição de liberdade, que não foram considerados sequestros relâmpagos. Além disso, o Departamento de Trânsito (Detran-DF) autuou 11 motoristas por embriaguez e apreendeu 220 veículos. Os policiais apreenderam ainda 32 armas de fogo.

Um dos números que mais chamou a atenção dos técnicos da SSP é relativo aos assassinatos: dos nove homicídios registrados, oito vítimas tinham passagem pela polícia – seis delas estavam em liberdade provisória. Os crimes ocorreram em Planaltina, Ceilândia, Samambaia, São Sebastião, Recanto das Emas, Águas Claras e Riacho Fundo II.

“Há a necessidade de posicionarmos, dentro desses espaços, onde há conflitos de pessoas egressas do sistema prisional e comprometidas com o crime, viaturas de emergência para agilizar o socorro e evitar a morte delas”, destacou Freire.

Risp – Uma das novidades da nova política de divulgação de dados é que os números relativos às ocorrências serão, a partir de agora, distribuídos em Regiões Integradas de Segurança Pública (Risp). Antes, eram atribuídas ao Distrito Federal como um todo. “Estamos obedecendo e tratando das peculiaridades de cada Risp, que corresponde às regiões administrativas, para o enfrentamento de cada um dos crimes, da maneira que eles acontecem naquela região e se eles costumam ocorrer. Nós queremos buscar com isto uma maior eficácia no combate à criminalidade”, enfatizou o secretário-adjunto.

“Para isso, estamos agregando os conselhos de administração comunitários e as administrações regionais. Com esta forma integrada de enfrentamento jamais vamos permitir que a criminalidade cresça, se desenvolva e venha a comprometer a segurança da população”, avaliou Freire.

O programa Ação pela Vida – Integração e Cidadania foi lançado em 20 de abril pelo governador Agnelo Queiroz e tem o objetivo de intensificar o combate à violência no Distrito Federal por meio da integração das forças de Segurança Pública – polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Departamento de Trânsito (Detran).

Para garantir uma ação mais efetiva, a SSP adotou o modelo usado pela Polícia Militar, que divide o DF em quatro porções geográficas, as Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp): Leste, Oeste, Sul e Metropolitana. Cada Aisp tem um gestor de uma das forças de segurança. O Plano Ação pela Vida prevê a redução da criminalidade em 8% nos próximos três meses.