21/06/2012 às 18:00, atualizado em 17/05/2016 às 14:27

Mobilidade urbana e qualidade de vida

Na série de entrevistas com administradores regionais, Marcio Palhares de Oliveira destacou à AGÊNCIA BRASÍLIA obras de mobilidade urbana no Gama que estão em andamento

Por Cinara Lima, da Agência Brasília


. Foto: Pedro Ventura

O administrador acredita que intervenções como o Expresso DF, modelo de transporte coletivo com veículos articulados que trafegarão em faixas exclusivas, e a construção de 24 km de ciclovia contribuirão bastante para a melhoria do trânsito na cidade e da qualidade de vida dos moradores.

1. Como estão as obras do Expresso DF?

Estão a pleno vapor desde o início do ano, com previsão de entrega do trecho até o Catetinho ainda em 2012. Esta obra, de custo estimado em R$ 500 milhões, ajudará muito na locomoção do Gama para Brasília, nos horários de fluxo mais intenso. É uma intervenção muito importante para a mobilidade urbana.

2. O senhor acredita que esta obra diminuirá o tráfego de veículos particulares nas vias do Gama?

Temos um volume muito grande de carros sendo utilizados na ida ao trabalho, à escola. Quando essa obra for concluída, a quantidade de automóveis circulando diminuirá. Com trânsito de melhor qualidade, de fluxo mais rápido, e transporte urbano coletivo qualificado, muitas pessoas deixarão de usá-los.

3. Ainda sobre mobilidade urbana, uma ciclovia também será construída na cidade. As obras estão adiantadas?

A ciclovia terá dois trechos, com extensão total de 24 km dentro da cidade. Estamos construindo o de número dois, orçado em R$ 2,2milhões. Ele tem 12 km e previsão de término em setembro. O outro trecho, que custará quase o mesmo valor do primeiro, está próximo de ser iniciado e deve ficar pronto em outubro. Esta obra é antiga reivindicação da comunidade. A expectativa é de que ao atender esse pleito também melhoremos o fluxo interno de veículos. Hoje, utilizamos bastante o carro porque não temos uma condição segura para nos locomover de bicicleta. 

4. Há outras obras programadas?

Temos inúmeras quadras esportivas que, com o uso por tempo prolongado, vão, naturalmente, se deteriorando. Algumas estão bem conservadas, outras, em pior situação. Já estamos em processo licitatório para reformar três delas. Este mesmo procedimento prevê a construção de quatro estacionamentos públicos. No total, serão investidos R$ 800 mil.

5. Há uma demanda muito grande no Orçamento Participativo por Pontos de Encontro Comunitário (PECs)?

Sim e, na medida do possível, buscamos atender todas as solicitações. Há duas semanas entregamos sete Pontos de Encontro Comunitários à população. Agora, temos 15 PECs e isso faz do Gama uma das cidades com maior quantidade desses equipamentos. Ainda assim, temos uma grande demanda. É um excelente instrumento de inclusão e de melhoramento do convívio entre os moradores da região.  

6. Em outubro, o Centro Olímpico completará um ano de funcionamento. O senhor percebe mudança na qualidade de vida dos jovens?

Eu nasci no Gama e nunca saí daqui. Sabemos que, se tivermos mecanismos de inclusão, e o esporte é um instrumento de altíssima inserção social, corremos menos risco de ter o jovem exposto à violência, à droga e a outros hábitos negativos. Se pudéssemos contar com mais locais que oferecessem opções de lazer e de prática esportiva,  consequentemente teríamos menos jovens vulneráveis.