25/07/2012 às 23:10

Moradoras de São Sebastião participam de oficina de saúde

Grupo de trabalho fomenta discussão, valorização e formação cidadã

Por Da Redação

A equipe da Secretaria da Mulher (SEM-DF) retornará ao acampamento Tiradentes, em São Sebastião, amanhã (26) para mais um encontro sobre saúde, emancipação e autonomia. A primeira visita, na semana passada, reuniu 32 trabalhadoras rurais e donas de casa que participaram da oficina “Mulher: autonomia no corpo e na vida”.

A secretária da Mulher, Olgamir Amancia, esclarece que ainda hoje, muitas vezes, as diferenças fisiológicas servem como justificativa para o tratamento desigual que as mulheres sofrem. “Mesmo nos dias atuais, em uma sociedade tão desenvolvida como a nossa, as próprias mulheres se enxergam como frágeis e a oficina mostra como somos fortes”, destaca.

O encontro fomenta a discussão do poder, a valorização e a formação cidadã da mulher por meio do conhecimento do próprio corpo. Elas recebem orientações sobre as diferenças fisiológicas do organismo do homem e da mulher e debatem como esse funcionamento influencia na construção social da condição feminina. “A reunião para debater a saúde mostra como é importante sermos consideradas na condição de seres integrais, com nossos sentimentos, nossa inteligência e nossos corpos, num funcionamento harmônico e equilibrado”, complementa a secretária.

Na prática
– A dinâmica é ilustrada com um esqueleto de tamanho natural. As mulheres se enxergam de forma orgânica, de dentro para fora, compreendendo a importância dos sistemas hormonal e reprodutivo, abrindo a visão para uma melhor percepção de como funcionam as emoções. “O simples fato de feminilizarmos um esqueleto, ou seja, chamarmos de ‘esqueleta’, já faz com que a mulher se enxergue de forma diferenciada e contribui para descontrair o encontro”, esclarece a fisioterapeuta Rita Polli Rebelo.

A dona de casa Eleci Oliveira, de 40 anos, acha que a esqueleta ajuda a entender como evitar Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a cuidar melhor da higiene pessoal. “Esta esqueleta mostra cada parte do corpo que a gente nem sabe direito como funciona e também as mudanças no corpo da mulher durante a gestação. Isso tudo é muito importante”, justifica.