29/07/2012 às 16:01

Samu avança com profissionais qualificados e equipamentos modernos

Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, o gerente do Samu, Rodrigo Caselli, detalha a evolução do serviço e os investimentos no atendimento

Por Evelin Campos, da Agência Brasília


. Foto: Lula Lopes

Com uma média de 4 mil chamadas por dia, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se consolida no Distrito Federal. Desde o início do governo de Agnelo Queiroz, a contratação de pessoal e a compra de equipamentos contribuíram para sua evolução.

É o que afirma o gerente do Samu, Rodrigo Caselli, que fez carreira no atendimento pré-hospitalar e assumiu o cargo em 2006, após atuar por um ano como médico de ambulância do serviço. Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, Caselli aponta os avanços e as novidades do serviço no Distrito Federal.

Quais foram as principais mudanças no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência desde o início do governo Agnelo Queiroz?

O diferencial é a regularização do nosso quadro de pessoal e o investimento em equipamentos. A convocação de 50 motoristas ajudou muito. Existe, ainda, a proposta de realizar concurso público para contratação de 106 médicos. Na área de compras, melhorias na gestão da Secretaria de Saúde, especialmente nos últimos quatro meses, facilitaram a aquisição de materiais.

Qual é a composição do quadro de pessoal do Samu?

Contamos com aproximadamente 800 servidores. Desses, temos cerca de 400 técnicos de enfermagem, 150 condutores, 100 enfermeiros e 100 médicos. Neste mês chegaram cinco médicos com contrato temporário.

Para integrar o serviço, o profissional é submetido a algum treinamento?

Todo servidor que ingressa no Samu recebe uma capacitação mínima em sua especialidade. Temos um Núcleo de Educação em Emergência que oferece os treinamentos e executa o programa de educação continuada. A natureza do trabalho pré-hospitalar exige pró-atividade e conhecimento técnico, porque nós somos o socorro na rua. O serviço tem motivação e espírito de equipe diferenciados.

O Samu está sempre inovando na melhoria do atendimento. O senhor destaca alguma iniciativa importante?

Nós lançamos uma iniciativa nova no DF, pioneira em todo o país, que foi a inserção do Samu no hospital. Desde fevereiro de 2011, assumimos as salas de emergência dos hospitais de Base e regionais do Guará e de Ceilândia. Trata-se de uma mudança no perfil do atendimento. Trabalhamos com os médicos do hospital, mas a equipe de enfermeiros é nossa. Um dos objetivos é organizar o fluxo de chegada de pacientes com a divisão de salas amarela e vermelha e a disponibilização permanente de leito para aqueles em estado grave. Isso melhorou muito o atendimento, inclusive na humanização do acolhimento ao paciente e aos familiares. A proposta é que isso seja feito em pelo menos oito hospitais. Por enquanto estamos organizando o serviço.

Como está sendo a preparação para os grandes eventos esportivos que Brasília sediará nos próximos anos?

Há investimento na compra de equipamentos e de materiais para atendimento em eventos de massa e em desastres. Estamos comprando veículos, além da central de regulação móvel (que realiza a triagem das demandas) que será usada nos eventos. Vamos oferecer, ainda, cursos de idiomas aos servidores. As melhorias serão um legado para o atendimento do sistema de emergência.

O Samu inaugurou, em 19 de julho, em Taguatinga, um Núcleo de Atendimento que também receberá demandas de Águas Claras, Arniqueira e Vicente Pires. Qual a importância de unidades como essa?

Sempre tivemos dificuldades com as bases descentralizadas. Atualmente, rodamos com 37 ambulâncias, sendo 30 unidades básicas e sete unidades de suporte avançado, as UTIs móveis. Hoje temos 20 bases descentralizadas, algumas com mais de um veículo. O ideal seria distribui-los em 30 pontos estratégicos do DF, com uma unidade de suporte avançado em cada uma. Estamos buscando parcerias com o GDF e com as administrações regionais para cessão de espaços para o Samu. Em Taguatinga, esse espaço vai facilitar o acesso às vias da cidade.

Outro atendimento importante é o desempenhado pelas motolâncias e bikelâncias. Como estão esses serviços?

As 14 motolâncias que temos estão devidamente equipadas e há possibilidade de ampliarmos esse número. O processo de compra de 30 novas motocicletas já está em andamento. As bikelâncias são testadas no parque da cidade. Duas bicicletas atendem das 7h às 22h. Queremos colocar unidades nos principais parques do DF e estamos elaborando o projeto de compra delas. Essas bicicletas carregam todo o equipamento necessário para reversão de uma parada cardíaca, por exemplo. Técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos fazem esse serviço, que também foi criado com o objetivo de proporcionar aos servidores a prática de exercícios físicos.

Quais são os próximos grandes investimentos do Samu?

A nova sede do Samu deve ser inaugurada no SIA, em agosto. É uma área de 2 mil m²  que terá uma central de regulação moderna e será integrada a todos os órgãos, como Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. O local que ocupamos hoje, também no SIA, será um centro de treinamento e capacitação de urgência das equipes.