Ministro da Saúde destaca aumento do número de transplantes no DF

O Distrito Federal é um dos responsáveis pelo aumento do número de transplantes no Centro-Oeste, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta segunda-feira (30).  Ele enfatizou o desempenho do DF na área ao lançar a parceria entre o ministério e o Facebook para incentivar a doação de órgãos e apresentar os números do procedimento no país. No primeiro quadrimestre de 2012, foram realizados 7.993 transplantes, volume 37% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O Brasil fechou 2011 com 2.048 doadores e alcançou nos primeiros quatro meses deste ano a marca de 13,6 doadores por milhão de população (PMP). Segundo Padilha, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as que apresentaram maior crescimento, de 109% e 103%. “No caso do Centro-Oeste, o Distrito Federal é um dos maiores responsáveis”, disse.

O DF é o primeiro colocado no ranking nacional de transplantes de coração e o segundo de córneas, em números proporcionais, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Em alguns casos, como no transplante renal, houve aumento acima de 100%. No primeiro semestre do ano passado, foram realizadas 23 cirurgias renais, enquanto em 2012 já foram feitas 50. O número de cirurgias de córnea também registrou um grande crescimento: de 161 em 2011, pulou para 255 em 2012. (Ver quadro de transplantes no primeiro semestre de 2012)

O governador Agnelo Queiroz destacou os investimentos feitos na área, que estava abandonada até a sua posse. “Encontramos uma situação caótica. O transplante de rim tinha perdido o credenciamento no Ministério da Saúde. Não se fazia operações de fígado há quatros anos no DF”, disse. “Para mudar esse quadro, investimos na infraestrutura de captação, reestruturamos a central e aprovamos a criação das nossas Organizações de Procura de Órgãos (Opos) – uma no Hospital de Base e outra no Hospital de Santa Maria”, acrescentou.  As Opos passaram de 10, em 2010, para 60, em 2012.

Para o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, o bom resultado é fruto de dedicação. “O governo priorizou a área e criou uma estrutura totalmente diferenciada”, afirmou.

Rede social –  O Ministério da Saúde e o Facebook lançaram uma opção para incentivar os usuários a serem doadores de órgãos. A ideia é fazer com que a pessoa declare o seu desejo e, assim, aumentar o número de transplantes. “Precisamos fazer com que a causa seja multiplicada e alcance o maior número de pessoas”, declarou  o ministro Alexandre Padilha.

O usuário da rede social poderá expor a partir de hoje, na linha do tempo, a opção de ser um doador. “A funcionalidade não substitui os trâmites legais, de qualquer forma a família precisa autorizar a doação”, esclareceu o vice-presidente do Facebook na América Latina, Alexandre Hohagen.  O Facebook agrega aproximadamente 40 milhões de pessoas na rede.

Transplantes no DF