05/08/2012 às 12:59, atualizado em 17/05/2016 às 14:23

Seops avalia que ações superaram as expectativas

Em entrevista à AGÊNCIA BRASÍLIA, o secretário José Grijalma Farias Rodrigues fala sobre o balanço das operações realizadas pela Seops nesta gestão e os projetos para este ano

Por Kelly Crosara, da Agência Brasília


. Foto: Brito

A Secretaria de Ordem Pública e Social (Seops) trabalha em várias frentes para organizar e manter o planejamento urbanístico da cidade. As principais estão relacionadas ao combate à desordem pública e tratam de temas como a pirataria, comércio irregular, guardadores e lavadores de carros, poluição visual e sonora e invasão de área pública. O órgão avalia o balanço das ações desta gestão de forma muito positiva e já tem planos para agilizá-las ainda mais.

Para falar sobre o assunto, a AGÊNCIA BRASÍLIA conversou com o secretário da Secretaria de Ordem Pública do Distrito Federal (Seops), José Grijalma Farias Rodrigues. Durante a entrevista, ele explicou como funcionam os comitês, a quem credita o sucesso das ações.

Como o senhor avalia as ações da Seops realizadas nesta gestão?

Acredito que superamos as expectativas. O Distrito Federal passava por um momento turbulento na política, quando foi iniciada esta gestão, e a primeira determinação do governador Agnelo foi arrumar a casa. Montamos uma excelente equipe que vem demonstrando ao longo do tempo estar realmente engajada no trabalho de organização do Distrito Federal que nos propusemos a fazer. Sabemos que ainda há muito a ser feito, mas os resultados alcançados mostram que houve avanço e que estamos no caminho certo.

Existem outras ações já em andamento em relação às ocupações irregulares?

No que tange essa temática, pretendemos continuar o trabalho que está sendo feito e que tem alcançado excelentes resultados. Temos mostrado que a fiscalização está presente em todas as áreas do DF. Esta gestão está comprometida com a regularização do que atualmente está irregular, mas não vai tolerar novas invasões. O Governo do Distrito Federal tem um excelente programa habitacional em andamento, o Morar Bem, e tanto a ordem da lista quanto os critérios de pontuação devem ser respeitados. Só dessa forma poderemos garantir o crescimento ordenado no nosso Distrito Federal.

E quanto às demais desordens?

Pretendemos intensificar ainda mais as ações, que também têm alcançado excelentes resultados. Nossa fiscalização de guardadores e lavadores de carros ocorre até duas vezes por semana e temos controlado a atividade irregular dessa profissão no DF. A pirataria é crime e não podemos permitir o crescimento dessa ilegalidade. As grandes operações conjuntas começam a ser realizadas neste segundo semestre e devem dar um duro golpe no comércio de produtos falsificados no DF.

O comércio irregular é outro problema que estamos enfrentando. Este governo não é contra o vendedor ambulante, aquela pessoa que busca o seu sustento comercializando produtos. Essa atividade, no entanto, deve ocorrer de forma organizada, nos espaços destinados a esse fim, como feiras e shoppings populares. Quando não ocorre dessa forma, esses vendedores acabam competindo por espaço com os pedestres, no meio das calçadas. Isso não pode ocorrer em uma cidade tombada como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, como Brasília.

Foi criado recentemente o Comitê de Combate à Poluição Visual. Como a Seops está agindo sobre esse tema específico?

O governador Agnelo Queiroz criou, em abril deste ano, sob nossa coordenação, o Comitê de Combate à Poluição Visual. A ideia é que possamos agir em conjunto com outros órgãos para trabalhar não só na higienização da cidade, como também na punição educativa dos responsáveis. É preciso entender que antes de afixar faixas ou placas em via pública o interessado deve procurar autorização nas administrações regionais, novamente para que isso ocorra de forma ordenada.

Quais as próximas ações planejadas pela Seops?

Nosso objetivo é extirpar esta cultura de irregularidades que durante tanto tempo esteve presente no dia a dia dos brasilienses. Vamos mostrar à sociedade que não cabe mais invadir área pública para furar a fila dos programas habitacionais, nem comprar produtos falsificados porque eles são mais baratos. A fiscalização da Seops está presente nas ruas e esse trabalho será intensificado ao longo da gestão. Vamos aumentar o número de operações e trabalhar estrategicamente, em conjunto com os demais órgãos, para coibir essas irregularidades.

Quais foram as operações que superaram as expectativas? O sucesso se deve a alguma iniciativa específica?

Para ser breve, citarei apenas duas de grande relevância. Na questão das ocupações irregulares, consideramos que a operação na QNR 01 (Novo Pinheirinho), em Ceilândia, foi um sucesso. Havia ali um movimento social que reivindicava inscrição no programa habitacional e o GDF, habilmente, soube negociar a desocupação sem que houvesse qualquer resistência. Nessa operação alcançamos a marca de 1,4 mil edificações removidas.

Destaque também para a operação Compact Disc, realizada em agosto do ano passado na Feira dos Importados de Taguatinga, quando várias pessoas foram presas pela venda de material falsificado. A marca de 780 mil CDs e DVDs apreendidos foi impressionante e superou nossas expectativas. Conseguimos mostrar que estamos combatendo essa ilegalidade no Distrito Federal com toda a seriedade necessária.

E de maneira geral, como o senhor avalia as demais operações?

O nosso trabalho e o consequente resultado que alcançamos ocorre com o trabalho diário de nossos agentes. A imprensa e a população têm contribuído para isso. A primeira, com a divulgação de nosso trabalho e com o alerta dos riscos que incorrem sobre todos aqueles que apostam no que está irregular. A outra, com suas denúncias pelo telefone 156, que tem nos ajudado a coibir as desordens públicas no Distrito Federal. Somente com esse trabalho conjunto, entre governo e sociedade, conseguiremos alcançar a cidade organizada que almejamos.

A quem ou a quê o senhor credita o sucesso dessas ações da Seops?

Creditamos os resultados alcançados principalmente à criação dos comitês. O Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo reúne 18 órgãos que dialogam e trabalham juntos pelo mesmo propósito de não deixar crescerem as ocupações irregulares no DF. Com o Comitê de Combate à Pirataria, nós trabalhamos incessantemente pela legalização das feiras e do comércio de mercadorias no DF. Foi muito importante a criação desses colegiados porque dessa forma pudemos unir forças que somadas representaram o compromisso de todo o Governo do Distrito Federal na bandeira da organização dos espaços públicos e da consequente melhoria da qualidade de vida da população.