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16/09/2012 às 14:02
A partir desta segunda-feira (17), exibições, debates, oficinas, lançamento de livros e exposição marcam a 45ª edição de um dos maiores eventos cinematográficos do Brasil
Historicamente um dos mais importantes encontros do cinema nacional, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro entra na 45ª edição respirando nova atmosfera. Fora do Cine Brasília por causa da reforma, as disputas pelo Troféu Candango começam nesta segunda-feira (17) e seguem até o dia 24, no Teatro Nacional, que tem capacidade para 1.307 espectadores.
Além da Sala Villa-Lobos, as exibições dos filmes das mostras competitivas serão feitas simultaneamente nos teatros Paulo Autran (Sesc Taguatinga), Newton Rossi (Ceilândia), de Sobradinho e do Sesc (Gama). No dia seguinte, a programação poderá ser conferida no Cinema do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Mesmo com mudanças estruturais desde o ano passado e com o claro desejo de se renovar por um caminho mercadológico, o Festival de Brasília ainda mantém o espírito reflexivo, os debates e oficinas que abrem o espaço para encontro ou desencontro de ideias. “O festival se caracteriza pela resistência, mas se afastou do perfil de ‘cinema cabeça’ e agora é uma mistura de diversão com filme para pensar. É preciso refletir, mas também acolher o entretenimento”, considera o secretário de Cultura, Hamilton Pereira.
A sessão de abertura, às 20h30, na Sala Villa-Lobos, ficará a cargo de A última estação, de Márcio Curi, que aborda a imigração libanesa no Brasil. A história é baseada na trajetória do libanês Tarik. O thriller se passa em meados dos anos 50 e conta a saga do resgate da amizade entre o personagem principal, seu irmão e crianças sírias e árabes. Eles se conhecem no navio em que viajam para o Brasil e seguem caminhos distintos. Já em 2001, Tarik decide cumprir algumas promessas. Após ficar viúvo, o muçulmano, acompanhado pela filha, parte em busca dos amigos que fez a caminho ao Brasil.
O longa traz nomes como o libanês Mounir Maasri, a atriz/poeta Elisa Lucinda e um time de atores de Brasília, como Klarah Lobato, João Antônio, Chico Sant’Anna, Sérgio Fidalgo, Adriano Siri, Narciza Leão, além dos convidados: Edgard Navarro, Iberê Cavalcanti, José Charbel, entre outros.
Antes da exibição da película de estreia do festival, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro se apresentará sob regência do maestro Cláudio Cohen. Já no foyer da Sala Villa-Lobos, com entrada franca, a exposição Arte por toda parte – A visão de Ronaldo Fraga, Sílvio Botellho, Mauricio de Sousa e Angeli revela o olhar dos artistas sobre o cinema brasileiro. A mostra fica aberta para visitação até o dia 24.
Ao todo, 30 filmes participarão da mostra competitiva. Serão distribuídos R$ 635 mil, divididos em 42 prêmios. O melhor filme de longa metragem de ficção levará a maior premiação: R$ 250 mil. Pernambuco é o estado com mais filmes na mostra competitiva: sete, três deles na categoria principal do Festival de Brasília – a de longas de ficção. Outra novidade deste ano foi a inclusão da mostra competitiva de documentários (curtas e longas). “Vai ser uma verdadeira maratona de filmes”, celebra o coordenador-geral do festival, Sérgio Fidalgo.
Espaços adjacentes – Caberá à Sala Martins Penna, com seus 437 lugares, acolher os filmes da Mostra Brasília, nos dias 22 e 23 (sábado e domingo), com entrada franca, em duas sessões, às 14h e às 16h. Já na Sala Alberto Nepomuceno (95 poltronas), de 18 a 21 de setembro, serão apresentadas as mostras Brasília 5.2 – Cinema e Memória e A UnB e o Cinema, ambas com entrada franca.
Festivalzinho – Oferecido de graça às escolas, sempre a partir das 10h, os filmes do programa infantil também serão exibidos em centros de ensino de todas as regiões administrativas e no CCBB. Entre os curtas, O filho do vizinho, de Alex Vidigal; Uma estrela no quintal, de Danielle Divardin; e Josué e o pé de macaxeira, de Diogo Viegas.
Veja aqui a programação completa ( http://www.festbrasilia.com.br/programacao )