A combinação de um incêndio na vegetação com o forte calor e a baixa umidade relativa do ar foi a causa da falta de energia elétrica que atingiu o Distrito Federal no começo da tarde desta quinta-feira (4). O fogo, em um terreno perto da subestação Brasília Sul (Samambaia), chegou próximo à linha de transmissão e causou um curto-circuito, provocando o desligamento preventivo das demais subestações. A distribuição de energia começou a ser retomada 40 minutos após a suspensão.
O diretor-presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Rubem Fonseca, reforçou que o problema causado pelo incêndio e pelas condições climáticas foi resolvido pela equipe técnica da CEB. “O que ocorreu hoje foi um acidente e a sobrecarga no sistema provocou um desligamento em efeito cascata. Os fatores climáticos fogem ao nosso controle”, explicou.
A CEB está desenvolvendo um sistema paralelo de corredores alternativos para que, em situações como essa, a interrupção do fornecimento de energia seja apenas pontual. Desde o ano passado, a empresa realiza reformas na infraestrutura de geração e distribuição. “Vamos inaugurar nove subestações até maio de 2013”,anunciou Rubem Fonseca.
O diretor de Operações da CEB, Manoel Clementino, acrescentou que, somente para este ano, está previsto o investimento de R$ 155 milhões no orçamento da empresa. Entre 2011 e 2015, a companhia energética investirá R$ 543 milhões em melhorias estruturais.
Falta de luz – O desligamento ocorreu às 13h40, e o fornecimento começou a ser restabelecido às 14h. Pouco depois das 15h, já não faltava luz em mais nenhum ponto do DF. Das 850 mil unidades consumidoras, 560 mil foram desligadas – o correspondente a 65% dos usuários. As principais áreas atingidas foram a região central de Brasília, a Asa Norte, Sobradinho, Águas Claras, Taguatinga e Ceilândia.
Enquanto a CEB reestabelecia o fornecimento de eletricidade, o Governo do Distrito Federal tomou medidas preventivas para garantir tranquilidade aos trabalhadores na volta para casa. O Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) colocou ônibus extras fazendo o trajeto usado pelos passageiros do metrô. Já o Metrô-DF realizou a manutenção necessária e operou com normalidade, com 12 trens circulando regularmente e 21 no horário de pico.
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