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05/10/2012 às 11:43
GDF reforça apoio à produção de flores ornamentais. Feira propiciará comercialização e troca de experiências
O anúncio de mais um incentivo do GDF à produção de flores no Distrito Federal marcou a abertura, nesta quinta-feira (4), da 3ª edição da FestFlor Brasil – Feira Nacional de Flores, Decoração e Plantas Ornamentais, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. A Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural assinará convênio com a Cooperativa dos Produtores de Flores e Plantas Ornamentais do DF (Multiflor). O acordo permitirá o uso de um galpão no Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina, como nova sede da cooperativa. A medida foi anunciada pelo secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Lúcio Valadão, e pela primeira-dama do Distrito Federal, Ilza Queiroz.
A produção de flores ornamentais movimenta, anualmente, cerca de R$ 100 milhões no Distrito Federal. A expectativa é de que os mais de 200 estandes de exposição e comercialização de produtos resultem em R$ 3 milhões em futuros negócios. Atualmente, mais de 110 produtores cultivam flores e folhagens de corte, plantas ornamentais, gramas e flores em vasos em aproximadamente 545ha.
Lúcio Valadão também autorizou a cessão de uso de um caminhão, que será adquirido pela Secretaria de Agricultura com recursos do Ministério da Agricultura, para transporte da produção dos cooperados. “Fazemos isso porque acreditamos nesse trabalho. Nosso papel é fomentar a floricultura para o desenvolvimento das famílias do campo”, destacou.
A primeira-dama visitou os estandes da feira e se encantou com a beleza dos espaços. Ilza Queiroz conversou com produtores, paisagistas e com cooperadas da Multiflor, que possui 54 associados, dos quais 80% são mulheres. “O desenvolvimento da produção de flores no DF é importante para proporcionar maior rendimento às famílias produtoras. Espero que esse trabalho traga cada vez mais prazer e renda às mulheres da Multiflor”, ressaltou Ilza Queiroz.
O evento – A programação é direcionada a especialistas em decoração, arquitetos, paisagistas, fornecedores, empresas de cerimonial e produtores. O destaque deste ano fica por conta do Congresso de Paisagismo. Segundo o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), José Guilherme Leal, o espaço será propício ao debate técnico, troca de experiências, capacitação profissional, além de fomentar a realização de novos negócios.
“O foco do congresso são os grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014. Quanto mais eventos necessitarem de paisagismo, maior será a demanda por flores ornamentais. Isso beneficiará os produtores locais.”
A Mostra de Paisagismo, coordenada pela Sociedade Brasileira de Paisagismo, é uma atração à parte. Serão expostos 10 jardins temáticos feitos com projetos sustentáveis de área de lazer e plantas adaptáveis ao clima de Brasília.
A programação inclui palestras e oficinas, como aulas de arranjos tropicais, empreendedorismo sustentável, decorações e estilização de bonsais (árvores em miniatura). Essências florais, plantas medicinais, dicas sobre a utilização de flores na gastronomia, estão entre os temas das palestras.
Haverá ainda a exposição de trabalhos científicos, além do Roteiro Burle Marx – excursão aos jardins mais famosos de Brasília idealizados pelo renomado paisagista brasileiro, Roberto Burle Marx.
O congresso é coordenado pela Emater-DF, Escola de Paisagismo de Brasília, Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Referência – O DF é um dos centros urbanos com mais área verde por habitante no mundo e a maior concentração de jardins planejados do Brasil. A capital federal é o terceiro maior mercado consumidor de flores do país e quarto no consumo per capita. Contudo, somente 20% dessa demanda é atendida pela produção local e regional. O restante é importado.
“Nosso mercado é um dos maiores do país. Temos clima bom para o plantio de flores e rede de assistência técnica capacitada para orientar o aumento da produção. Também oferecemos linhas de crédito para serem utilizadas na floricultura”, explica o secretário de Agricultura e Desenvolvimento Rural do DF, Lúcio Valadão.