30/10/2012 às 18:43

Saúde oferece tratamento para obesidade infantil

 A doença pode ser causada por fatores biológicos, genéticos e até mesmo psicológicos

Por Da Redação, com a Secretaria de Saúde


. Foto: Pedro Ventura

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) tem dado atenção especial aos cuidados com a obesidade infantil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca 15% dos obesos são crianças.  No DF esse número chega a 30%. O tratamento para as crianças é oferecido nos hospitais regionais de Taguatinga, Ceilândia, da Asa Norte, Asa Sul e no Hospital da Criança.

O atendimento multidisciplinar é realizado por médicos qualificados que procuram indicar uma alimentação saudável e balanceada. “As crianças são as novas vítimas da obesidade. Elas fazem parte de uma geração tecnológica que passa horas e horas em frente à televisão ou ao computador, gasta cada vez menos energia e consome mais calorias”, aponta a coordenadora de endocrinologia da SES-DF, Lílian Assunção.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal trabalha com a prevenção e os cuidados da doença. Segundo a coordenadora, a obesidade pode ser causada por fatores biológicos, genéticos e até mesmo psicológicos. É uma doença como todas as outras e deve ser diagnosticada e tratada da forma correta.

A endocrinologista pediatra Norma Sueli Marino Muitas explica que os problemas podem começar quando os pais superalimentam os filhos, achando que criança saudável é aquela com sobrepeso. O ambiente também influencia: quando os pais se alimentam de maneira errada, certamente os filhos vão ter os mesmos hábitos. Quando um dos pais é obeso, a criança tem 40% de chances de se tornar obesa. “Ter uma alimentação saudável é o principal ponto para dar um basta à obesidade. Mudar os hábitos alimentares das pessoas é um dos nossos maiores desafios”, destaca.

A doença, se não tratada, pode gerar complicações como artrose, hipertensão arterial e predisposição ao diabetes. A obesidade pode afetar a parte emocional das crianças, que, por muitas vezes, sofrem discriminação e podem desenvolver problemas como timidez e isolamento. Isso pode acarretar o afastamento do convívio social, levando ao sedentarismo.

Norma Sueli explica que sair da rotina em ocasiões especiais ou aos fins de semana é extremamente normal, mas ter disciplina alimentar é muito importante. “Atividades físicas também devem fazer parte do dia a dia de uma criança saudável. É necessário ter paciência e determinação para acompanhar o tratamento. Os pais têm que exercer a função de motivadores”, completa.