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01/11/2012 às 20:30
Ação Escola Green, promovida dentro do evento de sustentabilidade Green Move Festival, premiou projetos ecologicamente corretos de escolas públicas do Distrito Federal
Sustentabilidade em casa, reciclagem e hortas em pneus ou programadas para aproveitar água da chuva. Essas foram as ideias dos três projetos premiados pela Escola Green, uma ação de incentivo à educação sustentável promovida pelo Green Move Festival. Os alunos inventores receberam os prêmios nesta quinta-feira (1°), no palco principal do evento, montado na Esplanada dos Ministérios. No domingo, haverá uma extensa programação no local, que será encerrada com shows de bandas nacionais.
Os prêmios foram entregues pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Eduardo Brandão, pelo presidente do Instituto Brasília Ambiental, Nilton Reis, e pelo empresário da Upiano Entretenimento, produtora do festival, Marcelo Piano. Os primeiros colocados ganharam cheques no valor total de R$ 5 mil, além de 500 ingressos para a Área Consciente, um espaço em frente ao palco reservado para os engajados em ações conscientes.
Além das premiadas, seis escolas que apresentaram bons trabalhos sobre preservação ambiental foram convidadas para expor seus projetos no Green Move Festival. Cada uma delas ganhou 50 ingressos para a Área Consciente.
“O festival começou no domingo passado, com o projeto Tempo de Plantar, lançado pelo governador Agnelo Queiroz. Ele prevê o plantio de 1,6 milhão de mudas do Cerrado”, lembrou Eduardo Brandão. “Esse projeto de conscientização com os estudantes faz com que a sustentabilidade entre na cultura deles. Essa é a base da educação ambiental. Vamos fazer de Brasília uma grande capital sustentável”, completou.
O primeiro lugar ficou com o Centro de Ensino Fundamental 10 de Taguatinga, que desenvolveu o Condomínio Sustentável. Os alunos receberam R$ 2,5 mil e 50 ingressos. O projeto com reciclagem e horta com pneus, do Centro de Ensino Especial 01 de Brazlândia, ocupou a segunda posição e rendeu à escola R$ 1,5 mil e 50 ingressos. Em terceiro lugar ficou a Escola Classe 15 de Ceilândia, que expôs arte em reciclagem e horta com aproveitamento de água da chuva. A instituição ganhou R$ 1 mil e 50 ingressos.
Os vencedores foram selecionados entre os finalistas do 2º Circuito de Ciências das Escolas da rede pública de ensino do DF. Os trabalhos foram apresentados na Semana da Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia, entre 16 e 21 de outubro, no Pavilhão de Exposição do Parque da Cidade. As escolhas levaram em conta a contribuição de cada um para a sustentabilidade nas escolas e na sociedade.
Consciência ambiental – “Dá vontade de morar lá dentro”, brincou a estudante Letícia Oliveira, de 14 anos, sobre a maquete de 2 m² que construiu com 14 colegas e três professores. Batizado de Condomínio Sustentável, o projeto traz soluções ecologicamente corretas para conjuntos habitacionais, como sistemas de reciclagem do lixo e de aproveitamento da água e da energia solar.
A estrutura levou um mês para ser montada por alunos do 9º ano Centro de Ensino Fundamental 10 de Taguatinga. “Ajudamos a escolher o tema e pesquisamos muito. Isso nos fez criar hábitos novos em casa”, contou Kállita Costa, de 14 anos. Segundo os professores do projeto, a ideia é vender uma ideia sustentável para todo o país. Os estudantes revelaram que pretendem usar o prêmio de R$ 2,5 mil na formatura das seis turmas de 9º ano.
O Centro de Ensino Especial 01 de Brazlândia, onde estudam 334 alunos de zero a 45 anos de idade, apresentou projetos de reciclagem e de valorização da coleta seletiva. “Mostramos a riqueza do lixo, construindo objetos com garrafas PET, por exemplo. E os pais participam dos nossos projetos, que existem há quatro anos”, disse a diretora da escola, Ligia de Castro.
A Escola Classe 15 de Ceilândia chegou entre os primeiros colocados com projetos de reciclagem e da horta com pneus, que existem desde 2008. “Fazemos reciclagem e plantamos todo tipo de hortaliças, que abastecem 100% do almoço da escola”, afirmou, satisfeita, a vice-diretora Mariângela Cambraia. “E construímos as plantações em formas geométricas, o que estimula o aprendizado”, completou.
Leia mais sobre o Green Move Festival e a programação do evento.