05/11/2012 às 22:30

Ofensiva contra a criminalidade

Espalhadas por pontos estratégicos, 2 mil câmeras serão usadas para combater a criminalidade e monitorar o trânsito

Por Lúria Rezende, da Agência Brasília


. Foto: Brito

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP) vai instalar 2 mil câmeras em pontos estratégicos do DF. O objetivo da medida é fazer um controle preventivo, ostensivo e repressivo da ação de criminosos, além de monitorar o trânsito. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (5) pelo titular da pasta, Sandro Avelar. O projeto será encaminhado para a Procuradoria do DF e, depois, haverá a abertura de licitação para compra e instalação dos equipamentos.

O projeto está dividido em três etapas. Na primeira, avaliada em R$ 30 milhões, já aprovados para o orçamento de 2013, serão adquiridas 835 câmeras. “Elas serão colocadas em lugares onde há tecnologia de fibra ótica para transmissão de dados”, explica Sandro Avelar.  Entre os locais de acordo com esse critério estão o Plano Piloto, Taguatinga e Ceilândia.

Devido aos grandes eventos esportivos, a secretaria estima que 600 câmeras entrarão em funcionamento até a Copa das Confederações, em junho de 2013. “O foco será nas áreas de movimento intenso como aeroporto, Esplanada dos Ministérios e próximo ao Estádio Nacional”, revela o secretário.

A segunda fase do projeto contemplará áreas sem tecnologia de fibra ótica. Serão instalados 765 aparelhos com o apoio do governo federal. Na terceira etapa haverá a disposição de 400 câmeras. Elas poderão monitorar, por exemplo, locais de entrada e saída de veículos e pessoas.

Segundo o secretário Sandro Avelar, a iniciativa poderá inibir a ação dos criminosos. “Existe uma pesquisa que mostra que em lugares onde há monitoramento existe redução significativa no número de ocorrências. Nos Estados Unidos, por exemplo, foi detectada uma redução de 37% no Texas e na Luisiana”, assegura.

Tecnologia –Os aparelhos contarão com um zoom 35 vezes maior do que as câmeras convencionais, o que pode facilitar o reconhecimento facial e a identificação da placa do veículo furtado.

“As máquinas possuem um autoalerta. Ou seja, enviam sinal para um dos 10 centros instalados no primeiro momento. Qualquer movimentação suspeita, como uma multidão que estiver em pleno fluxo e de repente parar, ou quando houver qualquer furto, um alarme tocará na central”, explica o subsecretário de Modernização e Tecnologia, Celso Nenevê.

Outro benefício é que não será necessário direcionar contingente para o acompanhamento dos aparelhos. O secretário Sandro Avelar afirmou que, atualmente, um policial é responsável pelo monitoramento de oito câmeras; com o novo sistema, um militar poderá acompanhar 64 aparelhos.

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