09/11/2012 às 16:46

Secretaria estuda parceria com a Cufa-DF

Secretaria da Criança deverá firmar parceria com a central das favelas

Por Secretaria da Criança

A Secretaria da Criança vai firmar parceria com a Central Única das Favelas do Distrito Federal (Cufa-DF) para estabelecer projetos destinados à juventude da capital do país e também aos jovens do sistema socioeducativo. Esta semana, o coordenador geral da Cufa-DF, Max Maciel, apresentou à secretária Rejane Pitanga um projeto de pesquisa e propostas de ações lúdicas, formativas e capacitadoras, que deverão ser usadas nas unidades de medidas socioeducativas.

A parceria com a Cufa-DF é uma iniciativa da secretária Rejane Pitanga e deverá atender também as comunidades em que essa juventude vive. A proposta busca, portanto, construir projetos que apoiem os jovens do Distrito Federal, incluindo aí, os socioeducandos. “A discussão com a Cufa-DF faz parte da nossa proposta de estabelecer projetos de qualidade para os jovens e de ampliar os espectro de parcerias da Secretaria da Criança com a sociedade civil”, explicou a secretária.

O coordenador da Cufa-DF apresentou uma proposta de mapeamento de medidas socioeducativas e a pesquisa “Saúde ativa à comunidade”, que traça perfil da vida sexual e social dos jovens do Distrito Federal. A pesquisa ajud a secretária da Criança a conhecer esse aspecto do perfil da juventude brasiliense. A Cufa-DF lançou esse trabalho este ano, realizado em parceria com o governo federal, por meio do Ministério da Saúde.

“A secretária nos convidou para conhecer nosso trabalho e saber em que a gente pode contribuir tanto no sentido da prevenção como na linha de quem já está dentro do sistema socioeducativo”, informou o coordenador da central.

Futuramente, Rejane Pitanga vai visitar o trabalho da Cufa-DF desenvolvido em Ceilândia. Lá são oferecidas oficinas e terapia comunitária nas unidades de internação. O grupo atua no DF desde 2006 e, desde então, é convidado para apresentações pontuais em unidades de internação. “Nesses espaços há sempre uma apresentação, uma atividade como, por exemplo, basquete, bate-papo ou dinâmica de grupo. É a primeira vez que temos uma oportunidade de investirmos numa ação mais contínua dentro dessas instituições”.

Maciel disse que, para desenvolver esse projeto com a Secretaria da Criança, o grupo necessita aprofundar seus conhecimentos sobre a situação dos jovens internos. “A nossa preocupação é com a situação do jovem que sai do sistema socioeducativo”, disse.

E acrescenta: “No tempo em que está na internação, o jovem convive com uma realidade diferente da que ele vai encontrar quando voltar para casa. O problema é que quando ele sai do sistema, volta para a mesma rua, para o mesmo ambiente que, possivelmente, vai também trazer de volta o mesmo sentimento que o levou a entrar em conflito com a lei. Logo, a pesquisa é importante para mapear de região administrativa e fazer o georreferenciamento.”