13/12/2012 às 21:31

Campanha combate exploração sexual de crianças e adolescentes

Objetivo é alertar os turistas, com o auxilio dos taxistas, sobre a necessidade de denunciar esse tipo crime

Por Marôa Pozzebom, da Secom


. Foto: Lula Lopes

O Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com a Secretaria de Estado de Transportes, Associação dos Taxistas de Brasília (ATB) e Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi), lançou nesta quinta-feira (13) campanha inédita contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. A partir de 2013, a frase “Não desvie o olhar. Denuncie” será exibida em adesivos e recibos emitidos por taxistas da capital federal. A campanha, com foco na Copa das Confederações e no Mundial de 2014, deverá ser realizada nas 12 cidades-sede.

Durante o lançamento da campanha, a primeira-dama do DF, Ilza Queiroz, ressaltou que ações ilícitas ocorrem com maior frequência durante a atividade turística. “A exploração sexual de crianças e adolescentes está ligada às atividades turísticas de lazer. Com o aumento desse fluxo de visitantes, a probabilidade de ocorrer crimes como esse aumenta. Principalmente no Brasil, que é conhecido no exterior como um país caloroso e receptivo”, disse.
 

A campanha pretende alcançar pessoas que vêm ao país para acompanhar os jogos da Copa das Confederações, em 2013, Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A iniciativa receberá recursos da União Europeia e terá apoio de entidades da sociedade civil e de empresas como a Air France e Carrefour. “Estão previstos eventos de mobilização, ações em redes sociais e na mídia e a sensibilização de profissionais do setor turístico para que não aceitem a prática do crime e o denunciem”, destacou o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli.
 

Para o secretário de Transportes do DF, José Walter Vazquez Filho, a campanha ataca um crime repugnante e inaceitável. “Turistas ou não, todos precisam ser conscientizados. A campanha pode contribuir inclusive para que cresça o número de denúncias contra quem explora ou, de alguma forma, facilita a exploração sexual”, ressaltou. Além dos adesivos que serão exibidos nos vidros do veículo e dos recibos emitidos pelo taxista, quem usar o serviço de táxi em Brasília também visualizará a mensagem contra a exploração sexual em brindes, como lixeiras para carro e canetas.
 

A campanha ocorrerá simultaneamente na Europa e na África. Essa ação é um esforço para sensibilizar turistas de 20 países de que a exploração sexual é crime no Brasil. No exterior a ação será coordenada pela ECPAT France (End Child Prostitution and Trafficking), coalizão de organizações que trabalham pelo fim do turismo sexual, prostituição e tráfico de crianças. A campanha também conta com apoio do Sesi e do GDF, principalmente para promover eventos de mobilização e ações em redes sociais e mídia e sensibilizar profissionais do setor turístico para que não aceitem a prática do crime e o denunciem.
 

Atendimento Especializado – O Brasil tem órgãos especializados para receber denúncias e atender crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Entre as principais ferramentas de combate a esse tipo de crime está o Disque Direitos Humanos, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Todas as denúncias são encaminhadas no prazo máximo de 24 horas às autoridades locais. As consideradas urgentes, de acordo com o critério do serviço, são transmitidas de imediato aos órgãos de defesa, priorizando sempre o Conselho Tutelar e o Ministério Público Estadual.
 

Disque-denúncia – Serviço 24 horas, inclusive durante os finais de semana e feriados, que recebe denúncias anônimas com garantia de sigilo. As denúncias podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100. A ligação do exterior é paga e deve ser feita pelo número 55 61 3212.8400. As denúncias também podem ser encaminhadas para o endereço de e-mail disquedenuncia@sedh.gov.br .