DF registra menor taxa de desemprego em 20 anos

O Distrito Federal registrou a menor taxa de desemprego na série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) desde 1992, em parceria com a Secretaria do Trabalho e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Pela primeira vez em 20 anos de análise, os índices foram inferiores a 11%, passando de 11,4%, em outubro, para 10,9% em novembro deste ano. A criação de postos de trabalho em ritmo acelerado no Distrito Federal, superior ao crescimento da População Economicamente Ativa, foi a principal causa para a diminuição do número de desempregados.
 

Conforme os dados da Secretaria de Trabalho (Setrab), desde novembro do ano passado já foram gerados no Distrito Federal 58 mil postos de trabalho, totalizando 1,3 milhão de ocupados. “O que falta não é emprego, mas qualificação. Por isso o GDF, por meio da Secretaria de Trabalho, tem investido em programas de qualificação como o Qualificopa e o + Autonomia”, afirmou o secretário de Trabalho, Bispo Renato Andrade dos Santos.
 

“O mais importante é que a geração de emprego aqui cresce em ritmo muito maior do que no resto do país, onde a criação de postos de emprego desacelerou em relação a 2011”, destacou o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya.
 

De acordo com o estudo, a redução do desemprego está diretamente ligada ao crescimento do número de ocupados no setor de Serviços, na Indústria de Transformação e na Construção. Além disso, no setor privado houve aumento do assalariamento com carteira assinada (2%) e redução do assalariamento sem carteira assinada (-1,9%).

Prospera – Outro dado interessante lembrado pelo secretário de Trabalho é sobre o programa de crédito criado pelo GDF direcionado a empreendedores, o Prospera. Somente neste ano, cerca de R$ 5 milhões já foram aplicados com o objetivo de impulsionar novos empreendimentos. Com verba do Banco de Brasília (BRB), o programa oferece juros de 0,5%, podendo chegar a 0,4%.

“No momento em que estamos emprestando mais dinheiro, a pessoa está criando seu empreendimento e levando mais pessoas para o mercado de trabalho. É possível liberar até R$ 22 mil. Mas já enviamos um projeto de lei para a Câmara Legislativa dobrando esses valores e ampliando para o Entorno do DF, pois a maioria dos nossos empregados são de lá”, informou Bispo Renato.

Contramão do país – O DF está na contramão do país em questão de postos de trabalho. Enquanto a pesquisa do Ministério do Trabalho, divulgada ontem (19) partir dos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelou que o ritmo de criação de empregos formais desacelerou em novembro deste ano no Brasil, o DF mostra resultados promissores na redução do desemprego.