Governador participa de homenagem às vítimas do genocídio nazista

Brasília realizou nesta quarta-feira (30), pela primeira vez, a cerimônia em homenagem ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, promovida pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). O governador Agnelo Queiroz participou do evento, que contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e de importantes autoridades e líderes da sociedade civil. Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife e Salvador já receberam a solenidade.
 

Além de resgatar a memória sobre o massacre nazista, responsável pela morte de mais de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, o evento de hoje também prestou homenagem especial a dois heróis brasileiros que, atuando no corpo diplomático, salvaram centenas de judeus. O então embaixador brasileiro na França, Luís Martins de Souza Dantas, e Aracy Guimarães Rosa, funcionária do consulado em Hamburgo, na Alemanha, contribuíram, mesmo correndo risco de morte, na emissão de vistos para o Brasil.
 

A presidenta Dilma Rousseff destacou a importância de lembrar da história e valorizar os esforços dos que sobreviveram ao genocídio. “O Brasil também passou por períodos difíceis em sua história, como a escravidão e a ditadura. Assim como o Holocausto, eles devem ser objeto de reflexão para impedir que se repitam”, declarou a presidenta.
 

Para homenagear as mais de 6 milhões de vítimas, seis velas foram acesas por vários representantes da comunidade judaica, incluindo seis sobreviventes, que vieram morar no Brasil. “A cerimônia representa não só um momento de análise sobre um dos capítulos mais nefastos da história, mas também a ideia de respeito às diferenças, para impedir qualquer tipo de discriminação”, afirmou o presidente da Conib, Claúdio Lottenberg.
 

“Esse dia também deve ser lembrado como a união de todos os povos, e como um compromisso de guardar essa memória para os que virão”, destacou o embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad.
 

Resolução – O dia 27 de janeiro – data estabelecida para a homenagem pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), há oito anos – ficou marcado pela libertação do campo de extermínio de Auschwitz (Polônia) pelas tropas soviéticas, em 1945. A resolução da ONU assinada pelo Brasil pede aos países-membros que elaborem programas de educação sobre o tema, além de ressaltar a importância da tragédia como fato histórico.