Nem a chuva afastou o público da quadragésima edição da via-sacra mais tradicional do DF
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30/03/2013 às 03:02
Nem a chuva afastou o público da quadragésima edição da via-sacra mais tradicional do DF
A 40ª edição da Paixão de Cristo no Morro da Capelinha emocionou os cerca de 150 mil fiéis e manteve a tradição de uma das interpretações da morte e ressurreição de Jesus mais conhecidas da região. A maior via-sacra do Distrito Federal é encenada no Morro da Capelinha, em Planaltina, a cerca de 40 km de Brasília.
Entre atores, figurantes e voluntários de apoio, o elenco contou com 1,4 mil pessoas distribuídas ao longo de 15 estações em um percurso de 4,5 km. E nem mesmo a chuva impediu o público de subir os mil metros do Morro da Capelinha para acompanhar a apresentação dos últimos momentos vividos pelo filho de Deus.
O secretário de Cultura, Hamilton Pereira da Silva, destacou o esforço da comunidade da cidade em oferecer ao público um grande espetáculo religioso com comodidade e segurança. “Neste ano, percebe-se nitidamente um aprimoramento na estrutura e na melhoria dos acessos. A organização impressiona, especialmente o aparato de segurança. A população se empenha muito nesse evento e o governo corresponde”.
A Polícia Militar do Distrito Federal não relatou nenhum incidente até às 20h, e, do início da manhã ao término da dramatização. O Corpo de Bombeiros registrou poucas ocorrências, em sua maioria sem gravidade.
A realização da via-sacra também aquece a economia de Planaltina. Segundo o administrador da região, Nilvan de Vasconcellos, cerca de 120 ambulantes foram cadastrados para trabalhar durante a festa religiosa. “O comércio local é beneficiado com essas vendas. Além disso, recebemos aproximadamente 50 mil turistas, principalmente de Goiás e Minas Gerais”, ressaltou.
Fé – Para agradecer, pedir bênçãos ou apenas celebrar a ressurreição de Jesus, a movimentação de cristãos é foi intensa durante todo o dia. Mas, não foram apenas os devotos ao catolicismo que participaram da festa. Evangélicos também prestigiaram o evento, como os amigos João Batista Guimarães, 32, e Júlio César Ferreira, 25. “Por causa do convite do meu amigo decidir conhecer a representação. Somos de religiões diferentes, mas cremos no mesmo Deus. Além disso, existem mais coisas que nos unem do que as que nos separam”, contou João Batista.
A encenação no Morro da Capelinha começa com o julgamento de Jesus – primeiro por Anás e Caifás e depois, no palácio de Pôncio Pilatos. Ali, os atores interpretam a condenação de Cristo. Em seguida, todos sobem o morro e apresentam a Via-Crúcis por 15 estações.