21/04/2013 às 22:52, atualizado em 17/05/2016 às 14:50

Esportes radicais tomam conta de Brasília no 53º aniversário

Campeonatos de skate, ciclismo com obstáculos e parkour garantiram a emoção na Praça Ibero-Americana da Juventude

Por Lucas Pordeus Leon, da Secom


. Foto:Mariana Raphael

BRASÍLIA (21/4/13) – O Complexo Cultural da República foi tomado neste domingo (21) por milhares de pessoas que foram aproveitar as emoções dos esportes radicais. As atrações da Praça Ibero-Americana da Juventude foram organizadas pelo Governo do Distrito Federal em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa-DF).

 

“Nós fizemos uma composição de tudo que já tem no Distrito Federal, tudo aquilo que a juventude já pratica”, explicou Max Maciel, coordenador da Cufa-DF . O resultado foi uma reunião incomum de esportes urbanos e da chamada cultura de rua para os jovens do DF.

 

Uma pista de skate e outra de BMX (ciclismo com obstáculos) abrigaram campeonatos ontem e hoje na praça. Na pista de parkour – modalidade em que o praticante usa somente o corpo para superar obstáculos urbanos ou naturais sem parar de correr – tiveram oficinais para ensinar a modalidade e apresentações do esporte, que ainda é novo para muitas pessoas.

 

O skatista guaraense Thiago Marques, 23, falou da importância de participar das competições, principalmente no aniversário da cidade, onde há grande circulação de público. “O campeonato dá visibilidade ao atleta. Você fica mais respeitado e chama atenção das marcas que podem nos patrocinar. Além de fazer o skate crescer na cidade.”

 

Mesmo contemplado em todas as comemorações de aniversários de Brasília, houve espaço para novidades no skate. “O diferencial deste aniversário é que conseguimos unir todas as associações de skatistas da cidade. Isso nunca tinha acontecido”, conta Ivanete Feitosa, 35, da Associação de Skate do DF (ASKTDF), que tem 680 skatistas associados.

 

Pista inédita – Uma das novidades na programação, o parkour ganhou uma pista inédita. O esporte teve origem na França e os praticantes usam o corpo para superar obstáculos de rua. Houve oficinas para ensinar a prática e apresentações de quem dá show.

 

“Descobri o parkour pela internet e comecei a praticar com os amigos. De brincadeira passou a ser uma coisa séria”, explica Vinícius Heidk , 19, parceiro da Cufa e presidente da Associação Hachi, de praticantes do esporte no DF.

 

Outras modalidades também tiveram espaços interativos com o público e divertiram quem esteve no local, como muro de escalada, slackline (equilíbrio sobre cordas) e bungee jumping.

 

A diversidade das comemorações foi reconhecida pelo público. “Nunca pensei em ver um aniversário de Brasília tão bom. Tem todos os ritmos, todas as tribos, sem preconceito, sem violência. Todo lugar que você chega você vê uma atração diferente”, observou Fagner Rodrigues do Rosário, 30 anos, morador de Taguatinga. Ele veio com o filho e duas amigas e se surpreendeu com a quantidade de atrações.