05/06/2013 às 19:37

Combate a invasões será intensificado após prisão de grileiros

Quadrilha detida hoje vendia lotes irregulares no Condomínio Mini Chácaras, no Lago Sul, e intimidava servidores do GDF

Por Helton Oliveira, da Agência Brasília


. Foto: Flávio Barbosa/SEOPS/07/03/2013


BRASILIA (5/6/13)
– O Comitê de Combate ao Uso Irregular do Solo do GDF intensificará a fiscalização contra ocupações irregulares de área pública após a prisão, hoje, de uma quadrilha de grileiros que atuava no Condomínio Mini Chácaras, no Lago Sul, e tentava barrar desocupações.

 

“Esse grupo intimidava servidores públicos, alguns agentes até do alto escalão da Agefis foram ameaçados. Todas as tentativas da Seops (Secretaria da Ordem Pública e Social) de derrubar guaritas ou realizar qualquer ação eram barradas”, detalhou o diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Luiz Xavier, após a prisão.
 

A investigação da Polícia Civil do DF (PCDF) durou cinco meses e prendeu 13 pessoas– uma continua foragida-, integrantes de um grupo que demarcou ilegalmente 400 terrenos numa área pública para servir de expansão ao condomínio Mini Chácaras e tentava vender cada lote entre R$80 mil e R$100 mil.
 

“Esperávamos esse desfecho para agir com mais rigor. Agora vamos organizar novas estratégias de fiscalização para barrar toda ocupação irregular no local”, garantiu o subsecretário de Defesa do Solo e da Água da Seops, Nonato Cavalcante, que integra o Comitê de Combate ao Irregular do Solo.
 

Quatro pessoas eram consideradas líderes do esquema, outros seis presos são corretores que vendiam os lotes irregulares e três pessoas atuavam como “laranjas” do grupo – cediam contas bancárias para lavagem do dinheiro.
 

BALANÇO – Com as prisões de hoje, sobe para 27 o número de presos por grilagem de terra neste ano, e outras 67 foram detidas desde janeiro por invasão de área pública.
 

No ano passado, foram 87 prisões por invasão e 31 por grilagem nas ações conjuntas da Seops e da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), da PCDF.