Seja com vitória, derrota ou empate estes aficionados garantem que sempre serão ganhadores
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Seja com vitória, derrota ou empate estes aficionados garantem que sempre serão ganhadores
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14/06/2013 às 13:09, atualizado em 12/05/2016 às 18:14
Seja com vitória, derrota ou empate estes aficionados garantem que sempre serão ganhadores
BRASÍLIA (14/6/2013) – Japoneses residentes no DF há anos e seus descendentes dizem ser a única torcida que –por ter um “coração binacional”- ficará alegre com qualquer resultado, amanhã, no jogo de abertura da Copa das Confederações (Brasil x Japão), na capital federal.
“Somos muito gratos ao Brasil por ter acolhido a colônia japonesa, por isso, nossa torcida é para o time verde e amarelo em primeiro lugar, apesar de também ficarmos satisfeitos com a vitória do Japão”, destacou o presidente da Associação Rural Cultural Alexandre de Gusmão, em Brazlândia, Shoji Saiki.
Nascido em território nipônico em 1959, Saiki foi trazido com sua família ao nosso país quando tinha apenas um ano de idade, e fixou residência na capital em 1977 em uma das maiores colônias japonesas do DF: Brazlândia.
O treinador de um time de beisebol do Riacho Fundo, formado por descendentes de japoneses, Eduardo Ono, tem a mesma opinião de Saiki. “Somos brasileiros, por isso nossa expectativa é que o Brasil vença a partida, porém, o carinho pela cultura nipônica segue pelas próximas gerações”, afirmou.
Segundo Ono, natural de São Paulo e morador da capital há 30 anos, ele tentou comprar o ingresso para assistir ao jogo, mas como não conseguiu vai ficar em casa e curtir a partida com a família. “O empate seria uma boa forma de comemorarmos em dobro”, ressaltou bem humorado.
O brasiliense Kerley Horikawa, diretor de Esportes do Clube Nipo, garantiu sua presença no estádio logo no primeiro dia de venda de ingressos.
“Na nossa torcida têm pessoas que vão torcer pelo Brasil e outros para o Japão, mas tenho certeza que o ingresso (para assistir de perto o confronto) terá sido bem pago, qualquer que seja o vitorioso”, afirmou Horikawa.
EMBAIXADA OTIMISTA – Apesar de não arriscar um placar, o terceiro secretário da Embaixada do Japão, Shuichiro Arafune, aposta em um jogo disputado, pois a esquadra do país asiático tem melhorado a performance em campo nos últimos anos.
“A Seleção Japonesa está melhorando, por isso estamos esperando um ótimo resultado, comparando os jogos do passado, entre as duas seleções”, enfatizou.
Ele ressaltou que essa partida atrairá os olhos de seus compatriotas para nossa terra. “Essa ocasião contribui muito para que nossos países se conheçam melhor e se interessem ainda mais um pelo outro”, completou.
HISTÓRIA – Os imigrantes chegaram ao Planalto Central em 1958, 50 anos depois de os primeiros japoneses pisarem em terras brasileiras.
Esses candangos de olhos puxados atenderam ao convite do então diretor da Companhia Urbanizadora de Brasília (Novacap), Israel Pinheiro, conhecedor e apreciador das inovações agrícolas aplicadas pelos japoneses, logo após sua chegada, em estados onde se fixaram, como Paraná e São Paulo.
Cinco famílias aceitaram o desafio de enfrentar o cerrado e transformar a vegetação seca e retorcida da região em terra fértil e produtiva, e firmaram residência por aqui, primeiramente, na área conhecida hoje como Riacho Fundo.
Atualmente são deles as principais plantações de morango, fruta cuja produção cada vez mais projeta o do Distrito Federal no cenário do agronegócio nacional, e que anualmente leva à realização de um festival anual, prestigiado por turistas da região, de outros partes do Brasil e até do exterior.
Atualmente, as novas gerações da Terra do Sol Nascente (significado de Nippon, nome oficial do país), se dedicam em Brasília, em sua maioria, ao comércio e ao serviço público, mas são apontados também por haver inaugurado importantes floriculturas.